Significado de 2 Coríntios 1:23-24

Paulo continua a explicar-se: “Mas eu tomo a Deus por testemunha sobre a minha alma, de que, para vos poupar, é que não fui mais a Corinto” (v. 23). Conforme observado anteriormente no capítulo 1, uma das acusações contra Paulo edra a de que ele estava sendo "leviano" (v. 17) ao retornar a Corinto, mas não o ter feito. “Mas eu tomo a Deus por testemunha sobre a minha alma”. A palavra “alma” aqui é "psychen", vezes traduzida como "vida".

Paulo indica que sua alma dera o seu eu consciente da responsabilidade para com Deus. Conforme vimos até agora nesta carta, a autoridade, o caráter e a integridade de Paulo como apóstolo estavam sendo questionados ou desafiados. Assim, o apóstolo chama a Deus como sua testemunha. Sua razão para não retornar a Corinto não havia sido uma decisão tomada por capricho, mas era algo que estava no coração de seu chamado como apóstolo à igreja em Corinto: “Para vos poupar é que não fui mais a Corinto”. Paulo desejava retornar, mas não o fez por causa de seu amor e preocupação com os irmãos e irmãs em Corinto.

Ele afirma: “Não porque temos domínio sobre a vossa fé” (v. 24). Talvez também existisse uma alegação de que Paulo abusasse de sua autoridade como apóstolo; assim, ele é claro ao reconhecer que os crentes em Corinto eram seus colegas no ministério do Evangelho: “somos cooperadores do vosso gozo”. O ministério não pertencia apenas a Paulo, Timóteo e Silvano, que receberiam crédito ou notoriedade na igreja em Corinto. O gozo pertencia aos apóstolos e aos irmãos. “...pela fé estais firmes”. Paulo não tinha necessidade de dominá-los, pois reconhecia que eles estavam firmes por conta própria.