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Significado de Atos 5:12-16

Os apóstolos continuam a curar o povo no pátio do templo, pregando que Jesus era o Cristo. As multidões se reuniam, vindas até mesmo dos subúrbios de Jerusalém. Pessoas doentes e aflitas chegavam diariamente, experimentando muitas curas. Muitos se arrependiam e criam, juntando-se à igreja em crescimento.

Lucas relata sobre o ministério contínuo dos apóstolos. Eles operavam milagres entre o povo de Jerusalém, direcionando corações e mentes a Deus e à mensagem do Evangelho de arrependimento e fé em Jesus. Pedro e João haviam chamado a atenção da cidade ao curar um coxo no pórtico de Salomão (Atos 3:6-9). O pórtico de Salomão era uma grande parte exterior no terreno do templo, embelezada com grandes colunas (na barra lateral você pode ver a ilustração do Templo na seção Mapas e Gráficos). Era um bom lugar para as pessoas se reunirem: Pelas mãos dos apóstolos, muitos sinais e maravilhas aconteciam entre o povo e todos eles estavam em comum acordo no pórtico de Salomão. As pessoas reunidas no Monte do Templo estavam em completa harmonia umas com as outras, como uma orquestra de alto desempenho.

Esta área do terreno do templo tornou-se um lugar estratégico e bem-sucedido para atrair o público. Os sinais e maravilhas realizados pelos discípulos aproximavam as pessoas, como, por exemplo, a cura do homem coxo, e os apóstolos ensinavam sobre a ressurreição de Jesus, proporcionando algo ainda melhor que a cura física: o renascimento espiritual por meio da fé em Cristo (João 3:14-16; Atos 3:16-20).

Durante o ministério de Jesus, Seus milagres serviram para mostrar que Ele era o Messias enviado por Deus:

"Mas muitos da multidão criam Nele; e diziam: 'Quando o Cristo vier, não realizará mais sinais do que este?'" (João 7:31).

O povo judeu sabia, em geral, que milagres, sinais e maravilhas eram possíveis apenas através de Deus. Pedro sempre atribuía um ato de cura a Jesus e ao poder de Deus (Atos 3:12-16). O cego curado por Jesus durante Seu ministério fez a mesma coisa diante dos fariseus que o questionavam, porque estavam tentando coagi-lo a declarar que Jesus era mau. Porém, o homem com a visão restaurada argumentou de forma muito simples e justa: "Se este homem não fosse de Deus, Ele não poderia fazer nada" (João 9:33). Até mesmo o fariseu Nicodemos sabia que Jesus vinha de Deus por causa de Seus milagres (João 3:2).

O objetivo desses milagres era o de revelar o poder de Deus e validar que aqueles que os realizavam vinham de Deus, para que as pessoas que vissem os milagres ouvissem o que eles tinham a dizer (João 10:25).

Houve quem se mantivesse afastado da cura e dos ensinamentos dos apóstolos, temendo aos sacerdotes e rabinos: Mas nenhum dos demais ousou associar-se a eles. No entanto, essa era uma minoria do povo, já que a maioria das pessoas em Jerusalém os tinha em alta estima. Houve um crescente reconhecimento da obra de Deus por parte da maioria do povo judeu. Por que não teriam os apóstolos em alta estima? Esses homens curavam aos enfermos, algo que só Deus poderia fazer. Assim, eles obviamente vinham de Deus. Eles pregavam a ressurreição dos mortos por meio de Jesus Cristo, chamada de Evangelho, ou "boas novas", e muitos do povo judeu que ouviam isso viram as boas novas com seus próprios olhos.

Pedro e os apóstolos provavelmente estavam pregando algo parecido com o que Pedro pregou depois de curar o homem coxo, explicando que Jesus era o Messias de Deus, e que Ele estava vivo, apontando para cada nova cura como originada Nele: "E com base na fé em Seu nome, é o nome de Jesus que fortaleceu este homem que vocês veem e conhecem; e a fé que vem por meio d'Ele deu-lhe esta saúde perfeita na presença de todos vós" (At 3,16).

Muitas pessoas criam: E mais crentes no Senhor, multidões de homens e mulheres, eram constantemente acrescentadas ao seu número. A igreja primitiva estava crescendo rapidamente. 3.000 creram após o sermão de Pedro nas ruas de Jerusalém (Atos 2:41). Mais tarde, este número cresceu para 5.000 após o sermão de Pedro no templo (Atos 4:4). Agora cresce ainda mais, embora Lucas não forneça um número. Ele diz apenas que multidões de homens e mulheres eram constantemente adicionadas ao número de crentes no Senhor.

A popularidade das curas e sermões no pórtico de Salomão crescia a tal ponto que as pessoas levavam os doentes para as ruas e os colocavam em macas e paletes, para que, quando Pedro chegasse, pelo menos sua sombra pudesse recair sobre eles. Parece que o consenso geral era o de que Pedro e os apóstolos eram instrumentos de Deus e as pessoas não queriam perder as bênçãos que fluíam deles. A notícia se espalhou e as pessoas da área circundante começaram a vir a Jerusalém também:

Também as pessoas das cidades nas proximidades de Jerusalém estavam se reunindo, trazendo pessoas que estavam doentes ou aflitas com espíritos imundos, e todos estavam sendo curados.

A notoriedade dessas curas se espalhou para além de Jerusalém às cidades da vizinhança, como Betânia, Belém e Emaús. Compreensivelmente, qualquer um que estivesse doente ou afligido com espíritos impuros (possuídos por demônios) era levado a ser curado por esses milagreiros. Pelo poder de Jesus Cristo, todos estavam sendo curados. É notável que este versículo diga que todos estavam sendo curados. Deus estava trabalhando em favor de todos os que vinham para serem curados.

Ironicamente, isso estava acontecendo em um dos pátios que levavam ao templo, que estava sob o controle dos saduceus, exatamente os que se sentiam ameaçados pelo ministério dos apóstolos. Os saduceus já haviam prendido Pedro e João por curar e pregar pouco tempo antes, deixando-os com o aviso de não trazerem mais nenhum ensinamento sobre Jesus. Agora, Pedro, João e os outros 10 apóstolos estão diariamente visitando o mesmo lugar, curando pessoas, trazendo multidões de toda a cidade, de fora da cidade e curando a todos eles, tudo à porta daqueles que os haviam ameaçado de castigo. Os apóstolos são ousados e este era o empoderamento dado a eles pelo Espírito Santo. Tal ousadia lhes é dada por Deus após sua oração pedindo coragem no capítulo anterior (Atos 4:29-31).

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