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Significado de Atos 5:7-11
Após ser morto por Deus por mentir, Ananias é sepultado. Sua esposa Safira não sabia que ele já estava morto. Transcorreu um intervalo de cerca de três horas e sua esposa entrou onde os apóstolos estavam. Uma das casas em Jerusalém talvez estivesse servindo de quartel-general para os apóstolos. Talvez fosse o mesmo cenáculo onde haviam lançado sortes para decidir qual discípulo substituiria a Judas Iscariotes (Atos 1:13-26). Safira, sem saber o que havia acontecido, poderia estar à procura do marido, já que ele tinha ido levar dinheiro à igreja três horas antes. Pedro lhe dá a oportunidade de dizer a verdade: Diga-me, vendeste a terra por tal e tal preço? Lucas, o autor de Atos, não informa a soma exata da venda, usando tal e tal para se referir ao valor, pois o valor não era importante. A questão era o engano planejado contra a igreja de Deus por Ananias e Safira.
Safira mente, assim como seu marido: Sim, este foi o preço.
Pedro já sabe o que vai acontecer: Por que concordaram juntos em colocar o Espírito do Senhor à prova? Eis que os pés daqueles que sepultaram seu marido estão à porta e eles também a levarão.
Este foi o pecado: eles concordaram juntos em colocar o Espírito do Senhor à prova, para ver se conseguiam ganhar algum favor dentro da igreja fingindo dar todo o produto da venda, enquanto secretamente haviam guardado uma porção para si. Pedro ouve os passos dos rapazes que haviam acabado de enterrar Ananias e lhe informa a respeito de seu julgamento: Eles a levarão também.
Imediatamente, Safira caiu a seus pés e deu seu último suspiro, assim como Ananias. Os rapazes entraram, a encontraram morta, a carregaram e a enterraram ao lado de seu marido.
Foram duas pessoas que desejavam manter uma aparência de generosidade e obediência a Deus, sem fazê-lo. Com base no contexto em torno desse evento, no final do capítulo 4, quando Barnabé traz a venda de propriedades aos apóstolos, Safira e Ananias possivelmente tiveram inveja do favor que ele havia recebido dos apóstolos (e provavelmente do resto dos crentes) (Atos 4:36-37).
Há um elemento de conspiração em seu pecado. Não bastasse Ananias ter feito ele mesmo essa manobra perversa, ele agiu com todo o conhecimento da esposa. De fato, a mentira dela não era passiva, era muito ativa. O confronto de Pedro a Safira acaba fazendo com que ela traísse o acordo feito entre ela e Ananias para tentar enganar os crentes, assim como ao próprio Deus. Estava implícito que eles não estavam realmente preocupados com os pobres e necessitados entre eles. Eles só queriam aumentar sua posição social. Eles desejavam conquistar a estima da igreja por meios falsos.
Neste caso, no início da existência da igreja, Deus lida com o pecado muito rapidamente. Ele provavelmente faz isso porque a falsidade arruinaria a comunhão e a unidade. Era a partir da unidade dos crentes que muitos foram eram levados a ajudar uns aos outros (Atos 4:32). Deus não desejava que tal engano criasse raízes e prejudicasse a pureza da comunhão dos crentes. Isso poderia ser parte da resposta à oração da igreja, protegendo sua comunhão, para que pudessem ser testemunhas fiéis por meio das quais Deus pudesse fazer obras poderosas (Atos 4:29-30).
O incidente com Ananias e Safira também serviu para estabelecer a autoridade dos apóstolos na igreja. Os pecadores haviam caído mortos aos pés de Pedro. Isso mostrava que Deus estava trabalhando por meio dos apóstolos na igreja primitiva. E essa verdade deveria ser levada a sério. O resultado foi que um grande temor tomou conta de toda a igreja e de todos os que ouviram falar dessas coisas. Isso fez com que muitos pensassem duas vezes sobre suas motivações, como lidar honestamente uns com os outros e com Deus, porque não havia como enganar a Deus ou ao Espírito Santo por Ele enviado. Deus era o Juiz das intenções dos corações deles (Hebreus 4:12). Isso foi considerada uma lição explícita para a igreja neste ponto, o que mostraria a importância de aprenderem e aplicarem essa lição a cada crente (2 Coríntios 5:10).
Jesus havia advertido aos apóstolos de que os crentes cairiam no mundanismo em Sua parábola sobre as sementes e o solo: "E aquele sobre quem a semente foi semeada entre os espinhos, este é o homem que ouve a palavra, e a preocupação do mundo e o engano da riqueza sufocam a palavra, e ela se torna infrutífera" (Mateus 13:22). Isso deixava claro que os crentes sofreriam as consequências pelo pecado nesta vida, bem como na próxima (1 Coríntios 11:30; 2 Coríntios 5:10).