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Por favor, escolha uma passagem em 1 Coríntios 1

Este versículo lembra aos leitores que o chamado de Deus tem um propósito e é comunitário, com líderes e crentes trabalhando juntos para espalhar a mensagem do evangelho.


1 Coríntios 1 apresenta o envolvimento pastoral de Paulo com uma igreja profundamente dividida e imatura, estabelecendo o fundamento teológico para tudo o que se segue. A carta como um todo aborda falhas morais, confusão doutrinária e orgulho espiritual, e o capítulo 1 começa confrontando a raiz de muitos desses problemas — vangloriar—se da sabedoria e posição humanas em vez de Cristo crucificado. O apelo de Paulo pela unidade não é meramente ético; fundamenta—se na identidade compartilhada dos coríntios como aqueles "santificados em Cristo Jesus" (1 Coríntios 1:2). Essa ênfase no chamado, na graça e na comunhão antecipa os argumentos posteriores de Paulo, nos capítulos 12 a 14, sobre a unidade e a diversidade do corpo de Cristo, e ressalta o papel central da cruz na formação da identidade e da comunidade cristãs.

Corinto era uma colônia romana imersa em competição por status, filosofia e elitismo retórico. Os primeiros crentes ali, embora convertidos pela própria pregação de Paulo (Atos 18), ainda eram fortemente influenciados pela cultura circundante. Paulo escreve deliberadamente de uma forma que expõe a incompatibilidade entre a sabedoria mundana e a sabedoria de Deus. Esse contraste não é novo na narrativa bíblica — ecoa o padrão de longa data de Deus de escolher os fracos e humildes para realizar Seus propósitos. Da escolha de Abraão por Deus (Gênesis 12), passando por Davi (1 Samuel 16), até os profetas, a história bíblica destaca consistentemente a tendência de Deus de subverter as expectativas humanas. Paulo desenvolverá essa tensão teológica ao longo da epístola ao abordar a fixação dos coríntios por poder, status e aparência.

1 Coríntios, capítulo 1, também prepara o cenário para a doutrina da cruz de Paulo, que está no cerne do evangelho cristão e da unidade da igreja. Sua declaração de que a palavra da cruz é loucura para os que perecem” (1 Coríntios 1:18) captura uma verdade fundamental do Novo Testamento: o plano redentor de Deus centra—se em um Messias crucificado, algo ofensivo às expectativas judaicas e absurdo ao pensamento grego. Esse tema atinge seu clímax mais adiante, em 1 Coríntios 15, quando Paulo expõe a ressurreição de Cristo como a vindicação da cruz. Dessa forma, o capítulo 1 se alinha com a narrativa bíblica mais ampla ao declarar que a salvação é inteiramente de Deus — por Seu chamado, por Seu poder e para Sua glória — para que “ninguém se glorie diante de Deus” (1 Coríntios 1:29).

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