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Significado de Deuteronômio 16:21-22
Depois de instruir aos juízes e oficiais israelitas que administrassem a justiça social com equidade na terra de Canaã, Moisés ordena que não criassem para si um Aserá de qualquer tipo de árvore ao lado do altar do Senhor, seu Deus (v.21).
O termo Aserá pode se referir a uma "árvore sagrada", um bosque de árvores, ou mesmo a um poste de madeira colocado nos locais de adoração (Deuteronômio 7:5). Era também o nome da deusa cananéia da fertilidade.
Plantar uma árvore/poste para Aserá ao lado do altar do SENHOR significava que ela seria usada no culto ao SENHOR junto ao altar. Isso equivaleria a associar símbolos pagãos de fertilidade à adoração do único e verdadeiro Senhor. Isso era estritamente proibido e se os líderes espirituais não conseguissem impedir esse tipo de sincretismo (mistura de religiões), os juízes e oficiais eram encarregados de fazer cumprir-se a lei.
Os israelitas não apenas não deveriam adorar à deusa feminina Aserá, como também não tinham permissão para criar para si mesmos um poste sagrado (v.22). O poste sagrado refere-se a pedras (cortadas ou não) que representavam a divindade masculina Baal (2 Reis 3:2; Deuteronômio 7:5). Baal era a principal divindade cananéia e o deus da fertilidade e da reprodução. De acordo com o mito cananeu, ele tinha muitos consortes e era conhecido como o deus das tempestades, aquele que trazia chuva para regar as plantações.
Colocar esses dois objetos pagãos perto do santuário central do SENHOR os associaria à adoração do SENHOR, bem como validaria sua adoração. Isso era totalmente inaceitável porque tanto a Aserá quanto o pilar sagrado eram objetos aos quais o SENHOR abominava.
O povo foi proibido de instalar esses objetos pagãos em qualquer lugar na Terra Prometida ou associá-los à adoração ao Senhor. Os sacerdotes deveriam impor essa restrição, mas caso falhassem, caberia aos juízes e oficiais mencionados nos vv.18-10 fazê-lo.
Ao inserir esta provisão neste local, Moisés parece sublinhar a incompatibilidade fundamental entre o paganismo e o sistema de autogoverno de Deus. Isso provavelmente se deve ao objetivo subjacente de cada sistema. O paganismo girava fundamentalmente em torno de cada pessoa buscando ter seus apetites e desejos realizados às custas de outra. O propósito das divindades pagãs era o de fornecer autoridade moral aos humanos. Por exemplo, a exploração sexual extrema listada em Levítico 18 e ra, em muitos casos, parte integrante do culto pagão. O mesmo acontecia com os sacrifícios humanos. Se queimar crianças pudesse ser considerado algo santo, então qualquer exploração pode ser justificada. O caminho de Deus era o de proibir estritamente qualquer coisa assim.
O caminho de Deus é completamente incompatível com os sistemas de exploração do mundo. O Deus de Israel exige exatamente o contrário. A lei de Deus exigia que cada israelita servisse e amasse uns aos outros. A exploração de crianças e mulheres era estritamente proibida. A exploração dos pobres e dos oprimidos também era proibida. Cada israelita era valioso aos olhos de Deus e deveria receber a mesma justiça que a pessoa mais estimada da terra. Qualquer mistura de adoração pagã corroeria o sistema de Deus e não deve ser tolerada. Deus fez menção especial a isso para que os juízes tivessem consciência disso. Eles teriam uma posição de autoridade a partir da qual seria possível explorar os outros; mas, ao invés disso, deveriam proibir estritamente a inclusão de qualquer culto pagão e os sistemas de exploração que os acompanham.