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Significado de Deuteronômio 19:1-3

O Senhor, por meio de Moisés, ordena aos israelitas que separem três cidades na Terra Prometida para fornecer abrigo para homicídios não intencionais.

Moisés instrui os israelitas a reservar três cidades em Canaã para fornecer abrigo aos assassinatos não intencionais. Recorde-se que, depois de derrotar aos dois reis dos amorreus (Deuteronômio 3:8-17), "os israelitas já haviam separado três cidades do outro lado do Jordão, a leste, para que ali fugisse um matador de homens, que sem querer matou seu vizinho sem ter inimizade com ele no passado" (Deuteronômio 4:41-43). As três cidades mencionadas aqui eram Bezer, Ramote e Golã. Em Deuteronômio 19, Moisés ordena aos israelitas que estabeleçam três cidades na Terra Prometida que ficarão no lado oeste do rio Jordão. O livro de Deuteronômio é o discurso proferido por Moisés em preparação para a travessia do rio Jordão e a posse da Terra Prometida. Isso significa que eles deveriam adicionar mais três cidades no lado oeste do Jordão, resultando em seis cidades de refúgio no total.

Esta lei deveria ser implementada quando o SENHOR, seu Deus, cortar as nações, cuja terra o SENHOR, seu Deus, lhe dá. Moisés abre esta seção com a conjunção “quando” (hebraico "ki") olhando para as circunstâncias futuras dos israelitas na Terra Prometida. Ao fazê-lo, ele os tranquiliza de que o SENHOR iria cortar as nações diante deles. Isso se referia à travessia do rio Jordão e à tomada da terra.

O verbo “cortar” (hebraico "kārath") significa destruir ou eliminar algo ou alguém. Moisés diz ao povo que o Deus Sussernao era Aquele que destruiria aos cananeus para abrir espaço para Seus vassalos (Israel). Isso permitiria que os israelitas desapropriassem (hebraico "yārash") aos cananeus e se estabelecessem em suas cidades e em suas casas. Deus já havia declarado que Sua justificativa para isso era eliminar a corrupção dos cananeus, que exploravam uns aos outros e realizavam sacrifícios de crianças. O SENHOR deixa claro que Israel sofreria o mesmo destino caso adotasse as práticas cananéias (Deuteronômio 9:4-5, 13-14).

Uma vez que os cananeus fossem removidos, Moisés ordena aos israelitas que reservem três cidades para si no meio da terra, que o Senhor lhes daria para possuir. Isso enfatiza que a Terra Prometida era um presente de Deus para Israel, uma declaração feita inúmeras vezes em Deuteronômio (Deuteronômio 5:16, 31; 11:9; 15:4). Deus havia concedido a terra a Abraão e seus descendentes como recompensa por seu  serviço fiel, mas deixou claro que a terra só seria possuída quatrocentos anos mais tarde (Gênesis 15). A terra foi concedida, mas o Senhor exigia a obediência do povo antes de entrar e possuir Sua promessa. Este é um princípio repetido em todas as Escrituras. Deus concede dons, mas a obediência é necessária para experimentarmos o benefício do dom. Isso vale para o nascimento espiritual. Deus faz de Seu povo uma nova criação baseada na fé para olhar para Jesus (João 3:14-16). Porém, para experimentarmos os grandes benefícios dessa nova identidade, devemos permanecer em Cristo e andar no Espírito (Gálatas 5:13-16).

Além disso, o líder de Israel ordena ao povo que preparasse as estradas para si, e dividisse em três partes o território que o Senhor, seu Deus, lhe dará como posse. A “preparação das estradas” foi projetada para que as pessoas pudessem ter acesso imediato ao chegar às cidades. Dividir em três partes o território da terra significava garantir que as cidades serviriam corretamente às regiões às quais seriam alocadas. Assim, os israelitas foram instruídos a fornecer acesso razoável a essas cidades para que qualquer matador pudesse fugir para lá. Por conta do acesso razoável, aquele que fugisse seria capaz de chegar à cidade antes de ser alcançado por alguém que buscasse vingança contra ele.

O matador é definido como alguém que cometia o ato acidental de matar a alguém. Este crime é comumente chamado de homicídio culposo. O Deus Susserano (Governante) fez provisões para a morte acidental e permitiu que o matador fugisse para uma das seis cidades de refúgio a fim de que pudesse viver (Números 35:13-15). Ele deveria permanecer lá até a morte do sumo sacerdote. Uma vez que o sumo sacerdote morresse, o matador poderia voltar para casa em segurança (Números 35:26-28).

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