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Deuteronômio 23:17,18 significado
Moisés, agora, trata da questão da prostituição cultual pagã, determinando que nenhuma das filhas de Israel deveria ser prostitutas cultuais, nem nenhum dos filhos de Israel ser prostitutos cultuais (v.17). A expressão “prostituta cultual” (hebraico "qādēsh" significa "ser separada", "ser santa") refere-se a homens e mulheres dedicados como prostitutas no culto aos deuses e deusas pagãs da fertilidade.
A prostituição cultual pagã era composta de ritos sexuais que consistiam em relações sexuais realizadas no contexto do culto religioso. Esta prática era comum no mundo antigo, especialmente entre os grupos de povos da Síria e Canaã e no culto a Baal. As prostitutas do templo mantinham relações sexuais com os adoradores, a fim de lisonjear aos deuses para que eles tornassem seus campos e rebanhos férteis. Sem nenhuma surpresa, isso gerava uma cultura de perversão sexual generalizada. Levítico 18 lista vários comportamentos comuns no Egito e em Canaã, incluindo uma vasta gama de incesto, exploração e sacrifício de crianças. Taais práticas produziam uma cultura em que os fortes exploravam aos fracos.
Devido a seu uso generalizado, seria tentador incluir a tal prática no culto ao Senhor. Porém, como é o caso em grande parte da legislação do Antigo Testamento, o culto ao Senhor deveria permanecer puro, não contaminado por práticas e atitudes de outras religiões. A adoração ao Senhor deveria levar as pessoas a amar umas às outras, não a explorá-las. Isso era de vital importância, já que o povo de Deus estava prestes a entrar e possuir Canaã, a Terra Prometida, onde tais práticas eram a norma.
Além disso, Moisés proíbe Israel de trazer o aluguel de uma meretriz ou o pagamento de um cão para a casa do Senhor em qualquer oferta votiva (v.18). A palavra “meretriz” (hebraico "zānā") refere-se a uma prostituta secular (ou seja, não-cultual). A palavra “cão” (hebraico "keleb") é uma referência a um prostituto secular masculino. O termo cão é provavelmente usado aqui em um sentido depreciativo, uma vez que o cão era considerado um animal impuro.
O dinheiro ganho pela prostituição não podia em circunstância alguma ser trazido para a casa do Senhor e usado para qualquer oferta votiva, incluindo quaisquer ofertas feitas como pagamento de um voto. Não haveria desculpa de "está tudo bem, estamos dando o dinheiro para a caridade". Se o pagamento fosse ganho por meios impuros, o próprio dinheiro era impuro e, assim, o Deus Susserano (Governante) não aceitaria oferta alguma que não atendesse a Seu padrão de santidade (Números 30:3, 4; Deuteronômio 12:11).
Em suma, praticar a prostituição cultual pagã ou trazer pagamentos de prostituição secular como oferendas ao Deus Susserano (Governante) seria cometer um ato detestável aos olhos de Deus, pois ambas as atividades eram uma abominação ao Senhor Deus. Mais uma vez, esta lei proíbe qualquer aspecto do paganismo no culto ao santo Senhor de Israel.