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Significado de Deuteronômio 24:10-13
O próximo tópico apresentado por Moisés envolve uma situação em que alguém faria de um empréstimo de qualquer tipo (v.10). O tema sobre pertinente aos empréstimos a um irmão israelita necessitado fora abordado anteriormente no livro (Deuteronômio 23:19-20; 24:6). Os israelitas não deviam tirar vantagem dos pobres, mas tratá-los com dignidade, como desejariam ser tratados caso estivessem em posição semelhante.
Moisés diz ao credor que ele não tinha permissão para entrar na casa do devedor para forçar o pagamento da dívida. O devedor deveria poder escolher o que estava disposto a fornecer como garantia para o empréstimo.
Em vez de entrar na casa, o credor deveria permanecer do lado de fora e o homem a quem se fizesse o empréstimo lhe traria o penhor (v.11). Com o credor fora da casa, o devedor teria a liberdade de escolher o item que desejava dar como garantia e não seria oprimido por ter tomado o empréstimo.
Porém, às vezes, o devedor poderia ser pobre (v.12). Neste caso, o credor não deveria forçar a cobrança. Isso inferia que o pobre teria apenas as roupas do corpo, quando oferecesse seu próprio manto como garantia. Isso significaria que, à noite, ele passaria frio, não tendo nada para cobri-lo. Assim, o credor deveria devolver o manto todas as noites, para que o pobre pudesse dormir confortavelmente.
Portanto, quando o sol se puser, certamente lhe devolvereis o penhor (v.13). O credor deveria fazer isso para que ele (o devedor) pudesse dormir como seu manto e abençoá-lo (o credor). A palavra “manto” (hebraico "salmāh") pode referir-se a roupas em geral (Deuteronômio 29:4; Josué 9:5, 13). Aqui, provavelmente se refira a uma roupa externa que as pessoas enrolavam em torno de si para se aquecer enquanto dormiam.
Assim, tomar o manto de alguém em penhor e mantê-lo durante o período do empréstimo era fazer com que a pessoa ficasse exposta ao frio, resultando em desconforto, perda de sono e uma redução geral em sua qualidade de vida. Tal comportamento contra um companheiro israelita era proibido sob os termos da Aliança Mosaica (Êxodo 22:25).
Em resumo, o credor era obrigado a reter o item durante o dia e devolvê-lo ao anoitecer, até que o empréstimo fosse pago. Tal ação justa produziria dois resultados positivos. Primeiro, faria com que o devedor abençoasse ao credor. Ou seja, o devedor agradeceria ao credor e pediria a Deus que o abençoasse. Em segundo lugar, isso seria imputado como justiça para o credor diante do Senhor Deus. Tal justiça estava em harmonia com a aliança feita com o Deus Susserano e seria considerada um ato de amor fraterno e um ato de respeito do credor para com o devedor.
Nesta seção, Moisés fornece orientações sobre como o pagamento de um empréstimo deveria ser tratado. Esta lei buscava proteger tanto os direitos humanitários quanto a dignidade pessoal do devedor, ao mesmo tempo em que protegia o credor de perder seu dinheiro. Esta relação mutuamente benéfica é uma ilustração do amor ao próximo.