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Significado de Deuteronômio 25:4
Tendo providenciado o castigo adequado a ser aplicado a um culpado (vv.1-3), Moisés volta-se ao tratamento adequado dos animais. O povo não deveria amordaçar o boi enquanto ele está debulhando (v.4). O boi era um animal grande e domesticado, ideal para trabalhos agrícolas, como o arado (Deuteronômio 14:4; 22:10) e a debulha dos grãos - processo de retirada do grão do caule da planta. Ou seja, o povo de Deus era proibido de colocar qualquer tipo de objeto sobre a boca do boi para impedi-lo de comer o grão enquanto trabalhava. O boi deveria ter o direito de comer o grão que quisesse enquanto estivesse trabalhando para debulhar os grãos.
Este versículo pode parecer surpreendente neste contexto da justiça aos seres humanos. Moisés pode ter acrescentado essa lei aqui (depois da lei relativa ao tratamento justo de criminosos culpados) para enfatizar o conceito de que, se um animal era digno de tratamento compassivo, um ser humano, criado à imagem de Deus, era digno de muito mais. A passagem anterior colocava um limite à punição com a vara, não mais que quarenta açoites.
O apóstolo Paulo deixa claro que a aplicação primária deste versículo serve também aos seres humanos. Depois de citar a proibição de Deuteronômio 25:4 sobre amordaçar o boi, Paulo diz: "Deus não está preocupado com os bois, não é? Ou Ele está falando completamente por nós? Sim, por nossa causa foi escrito" (1 Coríntios 9:9b-10a).
No Novo Testamento, o apóstolo Paulo cita esse versículo em dois lugares para aplicar o princípio relacionado aos que ministram à igreja, que devem ser apoiados materialmente (1 Timóteo 5:18; 1 Coríntios 9:9-14). Paulo diz a seus leitores que o "Senhor orientou aqueles que proclamam o evangelho a tirarem o seu sustento do evangelho" (1 Coríntios 9:14). Pode ser também que Moisés tenha colocado este versículo proibindo o amordaçamento do boi aqui para promover o princípio de que os juízes deveriam ser pagos por seu trabalho na administração da justiça em Israel.