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Significado de Deuteronômio 28:45-48
Moisés continua dando o roteiro a Israel da cerimônia que deveriam realizar assim que entrassem na Terra Prometida. O roteiro contém bênçãos para a obediência e maldições para a desobediência ao pacto. Isso seguia à antiga forma dos tratados de susserania-vassalagem.
Esta seção dá continuidade às maldições declaradas pelas seis tribos em pé no Monte Ebal após Israel entrar na terra de Canaã (Deuteronômio 27:13). Moisés, aqui, continua o roteiro da cerimônia, como parte de suas instruções a Israel logo antes de entrarem na terra (Deuteronômio 27:1-13).
Moisés, agora, lembra ao seu povo da aliança: Todas essas maldições virão sobre vocês, vos perseguirão e vos alcançarão até que sejam destruídos (v. 45). As maldições mencionadas aqui são aquelas descritas nos versículos 15-44, bem como aquelas que seguem esta seção. Essas maldições são mencionadas como agentes que Deus usaria para executar Seu plano divino de julgamento contra aqueles que violassem à aliança. Esses agentes seriam liberados para punir a Israel por não obedecerem ao Senhor seu Deus, não guardando aos mandamentos e estatutos que Ele ordenou (veja v. 15). Essas maldições eram as provisões da aliança (ou contrato) que delineavam as consequências específicas pela violação do acordo no qual Israel havia entrado (Deuteronômio 26:17).
A falha em obedecer aos Seus mandamentos e estatutos resultaria em maldições que se tornariam um sinal e um prodígio naquela geração de israelitas e em seus descendentes para sempre (v. 46). Os termos “sinal” e “prodígio” formam um par de palavras (uma figura de linguagem chamada endíade - duas palavras que enfatizam uma idéia). Pode ser traduzido como um "sinal maravilhoso". Essa endíade é frequentemente usada nas Escrituras para descrever a poderosa intervenção do Senhor para libertar Seu povo de calamidades e aflições, como as observadas no Egito (Deuteronômio 4:34; 6:22). Neste trecho, porém, este par de palavras é usado para descrever as calamidades que sobreviriam sobre Israel. A miséria e o baixo status de Israel levariam as pessoas a investigar o assunto, buscando entender qual poderia ter sido a razão para tais calamidades.
Todas essas maldições viriam sobre Israel pelo fato de não servirem ao Senhor seu Deus com alegria e coração alegre, apesar da abundância de todas as coisas (v. 47). Já que os israelitas não serviam ao Senhor ao desfrutarem de bênçãos tão abundantes, eles cairiam em extrema pobreza. A ingratidão de Israel seria a causa de sua derrota.
Por escolherem não servir ao SENHOR Soberano, nem obedecer a Ele, Israel serviria a seus inimigos, a quem o Senhor enviaria contra eles (v. 48). Isso resultaria na emergência desesperada dos elementos básicos da vida - fome, sede, nudez e falta de todas as coisas. A pobreza absoluta, portanto, recairia sobre Israel por causa da desobediência aos preceitos da aliança de Deus.
Israel não apenas experimentaria a miséria, mas também a humilhação. O Deus Susserano colocaria um jugo de ferro em seus pescoços até que Ele os destruísse. O jugo era uma barra de madeira que unia a dois ou mais animais de tração para que pudessem arar efetivamente (Números 19:2; 1 Reis 19:19). No antigo Oriente Próximo, o jugo simbolizava servidão a reis e deuses. Assim como o boi iria apenas para onde lhe era ordenado, por causa do jugo, Israel também faria o que lhes fosse ordenado. Eles se tornariam servos de outras nações. Portanto, Moisés diz aos israelitas que eles seriam submetidos a uma servidão pesada que os levaria à sua completa destruição.
Tudo isso foi estabelecido na cerimônia a ser realizada por toda a nação, para que compreendessem a gravidade de suas escolhas, seja de seguir ou não aos caminhos da aliança na qual haviam entrado com seu Deus Susserano.