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Significado de Deuteronômio 28:64-68

Moisés, então, descreve como seria a vida no exílio, onde eles serviriam a outros deuses, viveriam em constante medo por suas vidas e seriam vendidos como escravos.

Moisés continua fornecendo o roteiro a Israel da cerimônia que deveriam realizar após cruzar à Terra Prometida. O roteiro contém bênçãos pela obediência e maldições pela desobediência à aliança. Isso seguia à antiga forma dos tratados susserania-vassalagem.

Esta seção dá contuidade às maldições proclamadas pelas seis tribos que estariam em pé no monte Ebal assim que Israel entrasse na terra de Canaã (Deuteronômio 27:13). Moisés, aqui, continua o roteiro da cerimônia, como parte de suas instruções a Israel pouco antes de entrarem na terra (Deuteronômio 27:1-13).

A seção anterior terminou com o SENHOR afirmando que os israelitas seriam arrancados da terra (ver v. 63) como resultado de sua desobediência. Nesta seção, Moisés descreve que tipo de vida eles deveriam esperar durante seu exílio. Primeiro, Moisés diz a eles: O SENHOR os dispersará entre todos os povos, de uma extremidade da terra até a outra extremidade da terra (v. 64). O exílio de Israel seria total. Esse princípio, dado à geração que saíra do Egito (Levítico 26:33), também se aplicava à geração que estava entrando na Terra Prometida.

Nessas terras estrangeiras, eles serviriam a outros deuses, provavelmente tanto pela força quanto por escolha pessoal. Talvez até recebessem a permissão de adorar ao seu SENHOR, mas não poderiam se reunir para adorar em Sua presença. Em vez disso, eles adorariam a deuses insignificantes e impotentes feitos de madeira e pedra, que eles ou seus pais não conheceram. Eles perderiam sua fé no SENHOR, porque Ele lhes causou tanto sofrimento. Eles pensariam que Deus era incapaz de protegê-los e restaurá-los à Terra Prometida. Anteriormente, em Deuteronômio, Moisés havia dito a Israel que os deuses eram obras das mãos dos homens, de madeira e pedra, que não veem, não ouvem, não comem e não cheiram (Deuteronômio 4:28). Porém, esses deuses seriam incapazes de ajudar Israel nos momentos de dificuldade.

Moisés também diz a Israel: Entre aquelas nações não encontrareis descanso (v. 65). Este “descanso” estava relacionado à posse da Terra Prometida (Deuteronômio 3:20) e à segurança contra seus inimigos (Deuteronômio 25:19). Não ter esse descanso resultaria em um estilo de vida de medo e incerteza constantes.

Além disso, enquanto estivessem no exílio, não haveria um lugar de descanso para a planta dos seus pés. A expressão "planta dos seus pés" é mais uma referência à Terra Prometida; perdê-la significava viver em constante turbulência. Israel não encontraria paz ou segurança porque seria afastado da Terra Prometida, o lugar de descanso que o Deus Soberano havia dado ao seu povo da aliança (Deuteronômio 12:9).

O Deus Susserano também faria com que Israel tivesse um coração trêmulo, fraqueza nos olhos e desespero na alma. Em outras palavras, os israelitas sofreriam tanto de doenças físicas quanto de profunda depressão, diminuindo ainda mais sua qualidade de vida durante o exílio. Em Deuteronômio 2:25, o SENHOR Soberano havia prometido fazer todas as nações do mundo tremerem diante de Israel. Agora, Israel tremeria, porque, como vassalos, recusavam-se a dar lealdade incondicional ao seu Deus Soberano. Seus olhos falhariam (possivelmente devido à velhice decorrente de um longo exílio) enquanto ansiariam ardentemente pelo momento em que Deus os restauraria à sua antiga vida próspera em Canaã (Jeremias 14:6). Eles se desesperariam.

Consequentemente, a vida de Israel estaria em constante dúvida diante deles (v. 66). Eles sempre se perguntariam se viveriam para ver o próximo dia. Estariam em constante temor, dia e noite, o que significa que não haveria alívio para o medo e que não teriam garantia de vida. Em outras palavras, a vida dos israelitas estaria sempre cheia de estresse, pois eles não saberiam o que poderia lhes acontecer no dia seguinte.

Essa situação intensamente estressante levaria Israel a desejar que o tempo passasse rapidamente. Seria algo tão ruim que Moisés declara: De manhã dirás: Oxalá que fosse a tarde; e à tarde dirás: Oxalá que fosse a manhã. (v. 67). Esse ritual diário ocorreria pelo temor do teu coração que sentirás e pelo que verás com os teus olhos. Os israelitas estariam cheios de medo e ansiedade, sem esperança de retornar à vida normal ao verem as terríveis condições às quais seriam submetidos. Eles realmente desejariam que o dia ou a noite acabassem logo.

Nesta última maldição, Moisés adverte ao povo que o SENHOR os levaria de volta ao Egito em navios (v. 68). Isso mostra até que ponto as bênçãos da aliança seriam revertidas caso Israel desobedecesse às leis do seu Deus Soberano (Êxodo 14:13; Deuteronômio 17:16). Eles jamais veriam o Egito novamente se vivessem em obediência ao seu Deus Susserano (Êxodo 14:13Deuteronômio 17:16).

Ele faria Israel retornar ao Egito, não usando a rota do êxodo, mas surpreendentemente, em navios. A libertação de Israel do Egito fora um ato miraculoso e gracioso de Deus, que durante quarenta anos os protegeu e os sustentou, até que alcançassem a Terra Prometida. No entanto, nesta maldição, o retorno de Israel ao Egito seria feito em navios, o que significa que eles voltariam ao Egito em questão de dias.

A situação seria tão terrível que eles se ofereceriam para venda como escravos, tanto homens como mulheres, aos seus inimigos, mas não haveria comprador. Os israelitas tentariam se vender, mas não encontrariam interessados. Em vez disso, Israel sofreria grandemente nas mãos de outros povos quando o SENHOR os enviasse de volta ao Egito.

Ao serem deportados como escravos, os israelitas perderiam seu valor e não seriam vendidos por preço algum. Os egípcios teriam tão pouca estima por Israel que não desejariam comprá-los nem mesmo como escravos. Portanto, eles teriam que trabalhar de graça. Assim, eles experimentariam o pior tipo de escravidão que já haviam conhecido em sua existência.

Tudo isso foi estabelecido na cerimônia a ser realizada por toda a nação, para que entendessem a gravidade de suas escolhas de seguir ou não aos caminhos da aliança na qual haviam entrado com seu Deus Susserano. Nada disso afetou a escolha de Deus de Israel como Seu povo. Ele havia escolhido a Israel por causa de Seu amor (Deuteronômio 4:37; 7:7-8). No entanto, isso estava relacionado às suas bênçãos. Para receber as bênçãos de Deus, eles deveriam andar em Seus caminhos.

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