AaSelect font sizeSet to dark mode
AaSelect font sizeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.
Significado de Deuteronômio 32:36-38
Moisés continua a apresentar o Cântico de Moisés a ser cantado por Israel, visando se lembrar de sua aliança com Deus. Isso ocorre pouco antes do momento em que Moisés morreria e Josué conduziria o povo através do Jordão para a Terra Prometida.
Na última seção, Deus deixa claro que "no devido tempo" Israel cairia e começaria a desobedecer às disposições do tratado/aliança que haviam firmado com Ele. Agora, Moisés retoma a narrativa e comenta as palavras de Deus (Deuteronômio 32:34-35), dizendo a Israel que, embora Deus os discipline quando quebrassem a aliança, o SENHOR vindicaria Seu povo e teria compaixão de Seus servos (v. 36). Isso também está de acordo com o tratado/aliança que Deus havia firmado com Israel, no qual Ele promete que quando Israel retornasse a Ele depois de ser disciplinado, Ele os restauraria do exílio (Deuteronômio 30:1-3).
“Vindicar” (hebraico "dîn") significa defender a própria causa ou livrar alguém de uma culpa. Deus intercederia por Israel. “Demonstrar compaixão” (hebraico "nāḥam") também pode significar "entristecer-se", ser movido a ter pena de alguém. No meio de Seu julgamento, o SENHOR teria compaixão de Seu povo. Seu desejo é totalmente benevolente e sempre busca o melhor interesse de Israel. No entanto, Israel terá que aprender algumas lições difíceis caso se recusem a seguir os caminhos de Deus. Ou eles confiam em Deus e alcançam grandes benefícios, ou seguem a seu próprio caminho e aprendem a lição da maneira mais difícil. Em ambos os casos, a intenção de Deus é para sua plena restauração e benefício. O mesmo pode ser dito para a raça humana como um todo (2 Pedro 3:9).
Assim, o Deus Susserano interviria em favor de Israel quando estivessem em desespero. Isso aconteceria justamente no momento mais crítico da vida de Israel, quando Deus veria que sua força se foi, e não havia mais ninguém, vínculo ou liberdade. Isso parece indicar um tempo futuro em que todo Israel seria exilado, sem que ninguém dentro de Israel tivesse alguma força. Isso pode indicar que chegaria um momento em que todo o Israel estaria sob o domínio de governantes estrangeiros. É o que de fato iria ocorrer.
No futuro, o império assírio dominaria a Terra, invadindo Israel/Samaria em 722 a.C. Eles seriam, depois, conquistados pelos babilônios. Então, os babilônios invadiriam o reino meridional de Judá em 586 a.C. Além de um breve período sob os Macabeus, os governantes estrangeiros continuariam a dominar Israel a partir dessas datas até a era moderna.
Há um princípio bíblico de que o julgamento vem primeiro para o povo de Deus, depois para o resto das nações (1 Pedro 4:17). Isso se aplica ao julgamento de Deus às ovelhas antes dos bodes na parábola das ovelhas e bodes (Mateus 25:31-36). Este Cântico de Moisés prevê que Deus julgaria a Israel, mas certamente julgaria às nações também.
Quando os israelitas chegassem ao ponto de total desamparo, o Deus Susserano (Governante) se levantaria para libertá-los de seus inimigos, porque Ele era sua Rocha. Por fim, Jesus voltará e lutará por Israel, livrando-os de todos os seus inimigos (Zacarias 14:4; Apocalipse 19:11-16).
A vindicação de Deus será derramada sobre Seus inimigos. Eles serão destruídos. O Senhor, então, perguntará a Israel a respeito de seus inimigos: Onde estão seus deuses, a rocha na qual eles buscaram refúgio? (v. 37). A resposta óbvia é: "Em lugar nenhum!" Os deuses pagãos das nações não são reais e não os protegerão contra o julgamento do Senhor. Nisso, Israel pode se consolar. Isso também pode aplicar-se ao julgamento de Deus quanto às forças espirituais que governam as nações, retirando-as do poder (Isaías 24:21; Daniel 10:13, 20).
Os inimigos de Deus perderiam seu forte alicerce e, assim, cairiam. Às vezes, pode parecer que eles são invulneráveis, mas sua queda é inevitável. Conforme mencionado acima, o império assírio acabaria por dominar a Terra por um tempo, invadindo Israel/Samaria em 722 a.C., depois caindo diante dos babilônios em 609 a.C. Os babilônios invadiriam o reino meridional de Judá em 586 a.C. e cairiam nas mãos dos medos e persas em 539 a.C. A Pérsia, mais tarde, cairia diante de Alexandre, o Grande. Logo a seguir, seu império se despedaçaria e seria assimilado pelo império romano (ver comentário sobre Daniel 2:36-43).
A destruição recairia sobre os adversários de Israel porque eles acreditavam em sua própria força, exploravam e maltratavam os outros. Como resultado de sua exploração, eles seriam julgados. O julgamento final sobre os inimigos de Israel ocorreria no futuro (Apocalipse 19:11-16).
As nações estrangeiras tentaram buscar refúgio em seus deuses pagãos. Deus os provoca, pedindo a Israel que agora lhe diga onde estava a rocha em que eles buscaram refúgio? A resposta esperada é "esmagada". Os inimigos de Israel serão derrotados, e Deus está pedindo que tomem nota e digam a Ele: "Onde estão seus deuses agora?" Acontece que os deuses que deveriam ser uma rocha eram, em vez disso, uma pedra de areia.
As nações confiariam em seu próprio poder e em seus falsos deuses, acabando esmagadas. A expressão “buscar refúgio” significa basicamente "fugir em busca de proteção". Quando o julgamento de Deus vier sobre as nações pagãs, não haverá onde se esconder. Uma imagem disso é mostrada em Apocalipse:
"Então os reis da terra, os grandes homens, os comandantes, os ricos, os fortes, todos os escravos e homens livres se esconderam nas cavernas e entre as rochas das montanhas; e disseram aos montes e às rochas: Caia sobre nós e esconda-nos da presença daquele que está sentado no trono, e da ira do Cordeiro; porque chegou o grande dia da sua ira, e quem é capaz de resistir?'" (Apocalipse 6:15-17).
Moisés provoca ainda mais as nações estrangeiras, perguntando a Israel: Quem comeu a gordura de seus sacrifícios e bebeu o vinho de sua oferta de bebida que as nações haviam feito a seus falsos deuses (v. 38)? A resposta implícita é "ninguém", porque os deuses pagãos não existiam. A palavra traduzida como “comer” deve ser entendida como "consumir". A gordura dos sacrifícios era geralmente queimada como sacrifício à divindade e a carne era consumida pelos adoradores e sacerdotes (Levítico 3:16). Então, a idéia é: "Quem recebeu a oferta de gordura do altar?" A resposta esperada é: "Ninguém, porque seus deuses são falsos". Também o vinho de sua oferta de bebida, derramado ou consumido pelo falso sacerdote, não surtiu efeito, porque seus deuses não eram reais.
Portanto, o SENHOR diz zombeteiramente: Que eles se levantem e vos ajudem, que sejam o vosso esconderijo. Deus parece provocar as nações derrotadas. Deus se dirige a Israel e pergunta: Onde estão seus deuses? Parece que Deus está zombando das nações em nome de Israel, a fim de amplificar o fato de que elas serão totalmente derrotadas.
Neste Cântico de Moisés, o SENHOR estava deixando claro a Seu povo de que aqueles supostos deuses eram impotentes e inúteis.
Israel sofreria consequências adversas caso negligenciasse a Javé, seu Deus do pacto e abandonasse Seus mandamentos de amar e servir ao próximo. Se, em vez disso, Israel se voltasse aos modos pagãos de exploração, eles seriam entregues aos pagãos para serem explorados por eles. No entanto, Deus é justo e também julgaria aos exploradores pagãos, libertando a Seu povo no tempo oportuno. Cada geração que cantasse este Cântico de Moisés teria a oportunidade de prestar atenção a esta advertência e evitar ser a geração que quebraria o tratado/aliança e incorreria no julgamento especificado no tratado.