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Significado de Deuteronômio 32:39-42

Moisés cita o Deus Susserano e diz que somente Ele é Deus e que não há outros deuses além Dele. Por causa disso, Ele vingará a Israel infligindo castigo às nações pagãs.

Moisés continua a apresentar o Cântico de Moisés a ser cantado por Israel, visando se lembrar de sua aliança com Deus. Isso ocorre pouco antes do momento em que Moisés morreria e Josué conduziria o povo através do Jordão para a Terra Prometida.

Embora o Deus Susserano (Governante) tivesse ameaçado destruir a Seu povo da aliança por causa de sua rebelião, Ele decidiu limitar sua punição. Ele mostraria compaixão por Israel e vingaria Seu povo punindo as nações estrangeiras, para que não se vangloriassem de suas realizações (v. 26-35). Nesta seção - a conclusão do Cântico de Moisés - o SENHOR se descreve como um guerreiro vingador que luta contra Seus inimigos em nome de Israel.

Esta parte final do cântico de Moisés é aparentemente uma citação direta do Senhor. Ele convida as pessoas em toda a parte a prestarem muita atenção à Sua mensagem. A frase “Vede agora” é projetada para chamar e manter a atenção do ouvinte, porque o que se segue é muito importante. O cantor se debruça sobre o julgamento implacável que Deus havia proferido por causa da violação dos termos da aliança, bem como a certeza de que Deus julgaria aos inimigos de Israel.

O que os ouvintes de Moisés precisavam ouvir era o SENHOR declarando-lhes que Eu, Eu sou Deus! (v. 39). Isso deveria ter recordado aos ouvintes do que Ele havia dito a Moisés muitos anos antes - EU SOU O QUE SOU (Êxodo 3:14). A palavra Eu (hebraico "'ănî") ocorre quatro vezes neste versículo. O SENHOR estava enfatizando o fato de que não havia nenhum deus além Dele. O SENHOR é incomparável.

A incomparabilidade do SENHOR pode ser claramente vista quando Ele mesmo declara: Eu tiro a vida e Eu dou a vida. Ele demonstra ser o soberano SENHOR sobre a vida e a morte na sétima praga no Egito (Êxodo 12:12, 29-30). O Deus de Israel tem o poder de infligir a morte e restaurar a vida, porque Ele é o Criador de todas as coisas, incluindo a vida humana (Gênesis 1:26).

A segunda declaração de incomparabilidade também pode ser vista na frase do SENHOR: Eu firo e Eu curo. O verbo “curar” é comumente usado por médicos que tratam de doenças ou lesões de pacientes. O SENHOR é soberano sobre a saúde e a doença, como visto na praga dos tumores (Êxodo 9:8-12). O Deus Susserano tinha o poder de ferir as pessoas e depois curá-las (Jeremias 30:17). Em outras palavras, Ele é, ao mesmo tempo, o doador e o sustentador da vida.

O SENHOR resume esse pensamento dizendo: E não há ninguém que possa libertar da Minha mão. O termo “mão” é usado figurativamente para evocar a imagem de poder e força (Gênesis 3:22). O verbo traduzido como “libertar” significa "resgatar" ou "arrebatar". Ou seja, quando o Deus Susserano decide punir a uma pessoa desobediente, nenhum deus pode detê-lo.

Este soberano Deus-Criador presta um juramento, dizendo: De fato, eu levanto a minha mão para o céu, e digo, como vivo para sempre (v. 40). Era uma prática comum das pessoas no mundo antigo levantar as mãos ao fazer um juramento de cumprir uma obrigação prometida. Esse juramento geralmente envolvia a invocação do nome de uma divindade. Nesta canção, no entanto, o Deus Susserano jura por Sua própria existência de que Ele era o Guerreiro divino que derrotaria a Seus inimigos.

Depois de fazer o juramento, o SENHOR fornece detalhes sobre como se prepararia para a batalha e o que faria com Seus adversários. Primeiro, Ele diz: Se eu afiar Minha espada (v. 41). O verbo “afiar” (hebraico "shānan") significa "chiar" e é usado metaforicamente para indicar como o Deus Susserano prepararia Sua espada para a batalha. O termo “piscar” (como um relâmpago) descreve o poder de Sua espada usada como Seu instrumento de julgamento.

A linha seguinte, que está em paralelo com a linha anterior, afirma que a mão do Senhor se apodera da justiça. A palavra “justiça” (hebraico "mishpāṭ") indica que Ele puniria aos que ignorassem Sua aliança. O resultado seria o de que Deus tomaria o julgamento como se fosse uma arma para se vingar de Seus adversários. Ele puniria os inimigos de acordo com o que merecessem. Ele faria isso para retribuir àqueles que O odeiam e Seu povo do pacto, Israel. O uso da palavra “ódio” aqui, como em outros lugares do Antigo Testamento, significa "rejeição" (Romanos 1:13, referindo-se a Malaquias 1:2).

Finalmente, o SENHOR descreve os efeitos devastadores de Seu julgamento como sendo tão severos que Ele fará Minhas flechas embriagadas de sangue, e Minha espada devorará carne (v.42). Os termos “sangue” e “carne” significam que vidas físicas seriam perdidas, a ponto de o inimigo ser levado a uma derrota sangrenta.

A extensão do julgamento seria tão grande que ninguém escaparia dele - o sangue dos mortos e dos cativos,  bem como o sangue dos líderes de cabelos compridos do inimigo. A expressão “líderes de cabelos compridos” é uma expressão figurativa que descreve aos fortes guerreiros. Sansão foi um exemplo disso (Juízes 16:17). No entanto, apesar da extraordinária força do inimigo, o Deus Susserano (Governante) os derrotaria porque somente Ele é todo-poderoso. Todos seriam obrigados a curvar-se diante do Senhor.

O Deus Susserano é único porque todo o conhecimento, sabedoria e poder pertencem a Ele. Nenhum outro deus possuía todo o conhecimento e por isso aqueles falsos deuses eram considerados mais como super-humanos do que divindades soberanas. Somente o Deus de Israel é o verdadeiro Deus e Ele é incomparável.

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