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Significado de Deuteronômio 8:7-10
Depois de refletir sobre as dificuldades que os israelitas experimentaram e as lições que lhes foram ensinadas durante suas andanças pelo deserto (vv.1-6), Moisés ordena ao povo que se lembre de louvar a Deus quando vivessem a vida próspera disponibilizada na terra de Canaã, porque Deus estava prestes a dar-lhes uma boa terra. Sua gratidão levaria à prosperidade material. Porém, isso traria uma nova provação, a prova da prosperidade.
Moisés diz ao povo de Deus que a terra de Canaã era boa porque era uma terra de riachos de água, de fontes e nascentes, fluindo em vales e colinas. No deserto, Israel não tinha acesso natural à água potável (Êxodo 17). No entanto, a terra de Canaã tem fontes de água. Além de fontes e nascentes de água, a terra de Canaã também era caracterizada pela boa agricultura. Era uma terra de trigo e cevada, de vinhas e figueiras e romãs, uma terra de azeite e mel.
O trigo e a cevada eram os principais grãos de Canaã. As vinhas eram a fonte das uvas e do vinho. O figo era uma fruta que podia ser consumida fresca ou seca. Alguns a transformavam em bolo. A romã era outra fruta que podia ser consumida fresca ou seca. O azeite, uma necessidade em climas quentes e secos, era frequentemente usado na culinária, alimentação e cura, bem como combustível para lâmpadas. O mel era usado como adoçante. Todos esses produtos estavam prontamente disponíveis para Israel na Terra Prometida.
Canaã era uma terra onde comerão alimentos sem escassez, na qual nada lhes faltará. Em vez de terminar cada dia com zero comida e ter que se levantar todas as manhãs para receber uma nova porção diária de maná, Israel agora comeria comida sem escassez. Além de alimentos, eles teriam amplo material para construir e produzir. Canaã era uma terra cujas pedras eram de ferro. As rochas da Terra Prometida não eram calcárias, mas duras e excelentes como material de construção. As colinas de Canaã eram uma fonte de minas, onde Israel poderia cavar e encontrar o cobre. Eles poderiam usar o cobre para fazer espadas de bronze, ferramentas ou jóias.
A Terra Prometida era rica em alimentos, água e minerais. Não faltariam mais recursos naturais aos israelitas. A boa terra estava em nítido contraste com o deserto, um "lugar miserável", sem "grãos, figos, videiras ou romãs, e água para beber" (Números 20:5).
O Deus Susserano (Governante), que havia redimodo a Seus vassalos (Israel) da escravidão no Egito, prometeu abençoá-los sem medida na terra de Canaã. No entanto, os vassalos (Israel) foram instruídos a bendizer ao Senhor como expressão de sua gratidão. Como diz Moisés: Quando comerdes e estiverdes satisfeitos, abençoareis o Senhor, vosso Deus, pela boa terra que Ele vos deu. Israel deveria evitar o materialismo, o estado perpetuamente infeliz de buscar "mais" para obter felicidade. Eles deveriam ser gratos, contar suas bênçãos. As modernas pesquisas mostram que a gratidão é uma chave crucial para a felicidade.
O verbo "abençoar" [“barak”, em hebraico] aparece frequentemente em contextos onde Deus abençoa Seus filhos (Gênesis 12:2; Gênesis 25; Gênesis 35; 2 Samuel 7 e tc.). Assim, alguém abençoado por Deus é alcançado por um favor divino para um propósito específico. Esse favor geralmente se refere a bênçãos terrenas (saúde física, finanças, terra, etc.).
O termo "abençoar" também aparece com frequência em contextos onde os humanos abençoam a Deus (Gênesis 9:26; 14:20; Êxodo 18:10; Salmos 103:1). Nesses casos, é sinônimo da palavra "elogio". Os seres humanos abençoam a Deus expressando ações de graças e gratidão. Este é o significado pretendido por Moisés aqui em Deuteronômio 8. Os israelitas deviam louvar a Deus pela boa terra que Ele lhes deu. As dádivas e provisões de Deus não devem ser dadas como certas. Ele dá a Seus filhos o que eles precisam. Ao reconhecer a provisão de Deus, Israel continuaria a manter sua gratidão e seu contentamento.