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Significado de Habacuque 2:18–20

O SENHOR condena aos que faziam ídolos e os adoravam como deuses.

Deus completa Sua resposta à pergunta de Habacuque: como pode um Deus justo julgar a iniquidade de Judá através dos babilônicos/caldeus, que eram ainda mais perversos do que Judá (Habacuque 1:12-15)? Em Habacuque 2:6-20, Deus deixa claro que julgaria aos caldeus no devido tempo.

O último infortúnio no oráculo de Habacuque 2:6-20 fala contra a prática da idolatria na Caldéia/Babilônia. Ele começa com uma pergunta retórica cuja resposta era negativa: Que proveito tem o ídolo quando seu criador o esculpiu ou uma imagem, um mestre de falsidade? A resposta era: "Absolutamente nenhum". Não há proveito algum nos ídolos.

O termo “ídolo” refere-se à imagens gravadas, geralmente esculpidas em pedra ou madeira; o termo “imagem” refere-se à imagens derretidas feitas de metal (Deuteronômio 27:15; Naum 1:14). O SENHOR usa os termos juntos nesta passagem para se referir a todos os tipos de imagens. Os caldeus confiavam em seus ídolos e os adoravam como seus deuses. Porém, tais objetos eram impotentes e sem vida porque eram "obra das mãos do homem" (Salmo 115:4). Não tinham valor nenhum. Em suma, os ídolos são completamente inúteis.

O salmista, contrastando o Deus verdadeiro com esses falsos deuses, corajosamente afirma: "Eles têm boca, mas não podem falar. Eles têm olhos, mas não conseguem ver. Eles têm ouvidos, mas não podem ouvir; têm nariz, mas não podem cheirar" (Salmos 115:5-6). Em suma, não há proveito algum nos ídolos. Eles são mestres da falsidade, ou seja, ensinam mentiras. Quem confia em um ídolo será enganado por ele. Pois seu criador confia em sua própria obra quando forma ídolos sem palavras.

Um ídolo não pode dizer a alguém o que fazer, nem pode protegê-lo do perigo. Os ídolos aos quais os caldeus adoravam não podiam fazer nada por eles. Eles não podiam proteger o povo da ira de Deus. Assim, os caldeus enganavam-se, reconhecendo as imagens esculpidas como seus deuses e rejeitando ao Deus verdadeiro e vivo. Como resultado, eles estavam à beira da morte. Esses ídolos apenas serviam para fornecer-lhes falsa autoridade moral para a exploração das pessoas. Fazia parte do orgulho deles.

O SENHOR denuncia a prática caldeia da idolatria e diz: Ai daquele que diz a um pedaço de madeira: 'Desperta!' Para uma pedra muda, 'Levanta-te!' Era um absurdo um homem estar diante de um pedaço de madeira ou de uma pedra muda e dizer: Despertai! É esse o seu mestre? Um ídolo não pode revelar nada a seu adorador, pois é apenas um pedaço de madeira ou uma pedra muda. Tal objeto não tem vida ou poder em si mesmo. É, portanto, uma perda de tempo alguém procurar aconselhamento diante de um ídolo. É uma forma de racionalização. A Babilônia havia explorado aos outros, apontando para seus deuses como forma de racionalizar a seus próprios comportamentos malignos.

O SENHOR conclui o capítulo com um contraste poderoso: Mas o SENHOR está em Seu templo sagrado. O termo SENHOR é "Javé" em hebraico. Enfatiza a auto existência e a eternidade de Deus. Além disso, o termo “templo” refere-se ao trono do SENHOR no céu (Salmo 11:4). Seu templo é santo porque Ele é santo, separado para Si mesmo (Levítico 19:2). De Seu templo, Ele reina e governa o mundo inteiro. Na Nova Terra, não haverá templo, pois Deus reinará na Terra com Seu povo (Apocalipse 21:3).

Em contraste com os ídolos impotentes e sem vida dos caldeus, o SENHOR era o Todo-poderoso: "Ele está revestido de majestade. O SENHOR revestiu-se e cingiu-se com força" (Salmo 93:1). Portanto, que toda a terra se cale diante dEle! Em outras palavras, como o SENHOR era o Todo-poderoso, a terra e seus habitantes deveriam se submeter à Sua vontade. Toda a terra deveria ficar admirada e adorar ao verdadeiro Deus, em vez de clamar aos falsos deuses que não têm vida em si mesmos. Deus demonstraria Seu poder levando as nações a se curvar diante de Sua vontade. A Babilônia castigaria a Judá por sua maldade e, por sua vez, seria julgada, caindo nas mãos dos medos e persas.

A revelação fornecida por Deus a Habacuque servia para consolá-lo e fortalecer sua fé. Isso lembra ao profeta de que Ele estava no controle. O destino de Judá estava em Suas mãos e Ele interviria no momento apropriado para julgar aos iníquos caldeus e restaurar a honra e a dignidade de Judá.

Esta mensagem também pode confortar aos crentes de hoje. Deus castiga àqueles a quem ama. Como lemos em Hebreus:

"E vocês se esqueceram da exortação que vos é dirigida como filhos: 'MEU FILHO, NÃO CONSIDERES LEVIANAMENTE A DISCIPLINA DO SENHOR, NEM
 DESMAIEIS QUANDO SOIS REPROVADOS POR ELE; PORQUE AQUELES A QUEM O SENHOR AMA ELE DISCIPLINA, E AÇOITA TODO FILHO QUE RECEBE.'É PELA DISCIPLINA QUE SUPORTAS; Deus trata convosco como com filhos; porque que filho há que o seu pai não disciplina?
" (Hebreus 12:5-7).

Além disso, lemos em Apocalipse:

"Aqueles que amo, repreendo e disciplina; portanto, sede zelosos e arrependei-vos" (Apocalipse 3:19).

Devemos sempre saber que todas as dificuldades que encontramos são oportunidades de aprender, crescer e ser transformados. Também devemos saber que, às vezes, Deus nos castiga e nos dá a oportunidade de nos arrependermos, o que é parte essencial do nosso processo de transformação (Romanos 12:1-2). Os crentes do Novo Testamento podem descansar na promessa de que Deus opera todas as coisas para nosso benefício, visando nos conformar à imagem de Cristo (Romanos 8:28-29).

Também é encorajador saber que nosso Deus ouve às nossas orações. Mesmo que Habacuque estivesse desanimado, Deus ouviu à sua oração. Deus sempre ouve às nossas orações. Porém, Deus responde em Seu tempo, para o nosso bem.

Embora não possamos responder a todas as perguntas da vida, há alguns passos que podemos tomar para lançar nossos cuidados sobre Deus, sabendo que Ele cuida de nós (1 Pedro 5:7):

  • Levar nossos fardos a Deus em oração.
  • Ter certeza de que Ele nos ouve quando oramos.
  • Entender que o tempo de Deus não é nosso.
  • Servir a Deus fielmente enquanto esperamos por Sua libertação.
  • Agradecer antecipadamente por Sua provisão e libertação.
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