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Significado de Habacuque 3:8-15
Na seção anterior, Habacuque descreve os grandes milagres que o Senhor havia realizado (vv. 3-7). Na presente seção, ele se dirige diretamente a Deus por meio de algumas perguntas. Ele começa se dirigindo a Deus na terceira pessoa, depois muda para a segunda pessoa. Ao fazê-lo, ele se envolve em uma conversa pessoal com Deus buscando encontrar uma explicação dos fenômenos divinos do passado.
O Senhor se enfureceu contra os rios, ou foi a tua ira contra os rios, ou foi a tua ira contra o mar, que montaste em teus cavalos, em tuas carruagens de salvação? Seu arco foi desnudado, as varas de castigo foram juradas.
O profeta faz três perguntas retóricas:
Em cada caso, a pergunta está ligada à ação de Deus que estava montado em Seus cavalos, em Suas carruagens de salvação?
Para determinar a qual salvação Habacuque estava se referindo, ou quem estava sendo liberto do quê, podemos olhar para a última linha deste versículo: Seu arco foi desnudado, as varas de castigo foram juradas.
Assim, o contexto dessa estrofe, versículos 8 a 9a, tem a ver com varas de castigo. Varas de castigo fala da disciplina divina de Deus sobre o mal. Nos capítulos anteriores, tanto Judá quanto Babilônia receberam a mensagem de que sofreriam o castigo de Deus por suas más ações. No caso de Judá, seu castigo e exílio na Babilônia proveria a salvação de suas práticas malignas, fazndo-os retornar a Deus (Jeremias 29:11). No caso da queda da Babilônia, isso traria o retorno de Judá do exílio, sob o rei persa Ciro (Esdras 1:1-4). Desta forma, Judá obteve a salvação do exílio.
Não está claro se as perguntas retóricas do profeta quanto à ira de Deus contra os rios e o mar demandavam uma resposta afirmativa ou negativa. Se a resposta for negativa, pode ser que o texto indique que a destruição física da terra seria apenas um dano colateral dentro de uma causa muito maior - a disciplina divina de Deus, as varas do castigo.
Se a resposta for afirmativa, pode ser que a referência aos rios e ao mar aluda às divindades pagãs. Neste caso, as varas de castigo de Deus podem se referir ao mal adotado por Judá e perpetrado pela Babilônia. Ambos seriam julgados severamente.
A expressão “Deus montou em Seus cavalos” pode se referir aos agentes humanos que Deus designaria para cumprir Sua ordem. No caso das varas de castigo sobre Judá, Deus usou os cavalos dos exércitos da Babilônia. No caso das varas de castigo sobre a Babilônia, Deus usou os cavalos dos exércitos dos medos e persas (Daniel 5:30-31).
Habacuque sai dos termos gerais e se foca em Deus (Eloá no versículo 3), Javé, o nome da aliança/tratado de Deus. A mudança destaca o relacionamento de Deus com o povo de Judá. Além disso, lembra a santidade, a eternidade e as promessas fiéis de Deus feitas a Abraão, antepassado de Judá (Gênesis 12:1-3).
Conforme mencionado, a ira de Deus aqui pode estar sendo expressa contra as divindades cananéias. A frase “contra o mar” traduz a palavra hebraica "Yam", que era o nome de uma divindade cananéia. Os cananeus divinizavam os corpos d'água. Assim, isso pode expressar que Deus derrubaria as forças espirituais locais que ainda estivessem sendo adoradas. Se este for o caso, a pergunta retórica demandaria uma resposta afirmativa.
A palavra “salvação” é "Jeshue" em hebraico. O nome hebraico "Josué" é derivado desta palavra (Jesus é a versão grega de Josué). Às vezes, referia-se a um livramento eterno e espiritual (Atos 16:30-31). Neste caso, fala de libertação da separação de Deus (Romanos 5:9; 1 Tessalonicenses 5:9).
Porém, na maioria das vezes, o substantivo “salvação” significa libertação de outra coisa, como um perigo ou sofrimento, tanto no hebraico quanto no grego (Filipenses 1:19). Na verdade, o verbo grego "sozo", mais frequentemente traduzido como "salvo", às vezes é traduzido como "curado" quando o contexto se refere a alguém sendo libertado de uma enfermidade (ver Marcos 5:23, onde "sozo" é traduzido como "ficar bem").
Na tradução grega de Habacuque traz a palavra "salvação" no versículo 13. O significado pretendido aqui provavelmente enfatiza o tipo de libertação que Deus havia disponibilizado a Israel ao saírem do Egito. Assim, esta passagem aguarda ansiosamente o momento em que Deus derrotaria aos inimigos de Israel, a Babilônia em particular. No entanto, também poderia se aplicar ao exílio de Judá, o que os salvaria de afundarem ainda mais na injustiça (Habacuque 1:2-4).
Habacuque fala da libertação do povo de Judá de seus inimigos. O SENHOR montaria em Suas carruagens para resgatar ao Seu povo. Isso previa que Deus restauraria ao povo do exílio. Isso também faz parte da promessa da aliança de Deus, de que quando o povo quebrasse o pacto/tratado e merecesse as provisões de maldição da aliança, ou seja, as varas de castigo, Deus ainda se lembraria deles e os restauraria, por causa de Seu amor por eles (Deuteronômio 32:43).
As carruagens eram carroças de duas rodas puxadas por dois cavalos e usadas em guerras e corridas antigas. Elas eram uma plataforma móvel que permitia aos soldados disparar saraivadas de flechas para atingir aos seus inimigos (Naum 2:4). Junto com os cavalos, as carruagens simbolizavam o poder e a força de Deus para atacar a Seus adversários e libertar ao Seu povo da aliança.
Habacuque continua a descrever as atividades do Senhor com a imagem de um guerreiro armado. No versículo 9, ele afirma: Seu arco foi desnudado. O arco era um instrumento primário na guerra. Ele é usado de forma figurativa aqui para simbolizar poder, guerra e soberania. O Deus Todo-poderoso removeu ou desnudou Seu arco da capa protetora ou bainha, em preparação para começar a lançar Suas flechas. Esta imagem mostra que Deus estava pronto para iniciar a batalha contra Seus adversários, os adversários de Seu povo. Este quadro era de esperança para Judá/Israel. Embora a Babilônia logo entrasse em cena para levar ao povo de Judá como cativo, Deus seria fiel e honraria Sua promessa de redimir ao Seu povo após eles terem sido castigados pelos termos de Sua aliança com eles (Deuteronômio 32:36).
As varas de castigo foram juradas. Judá certamente iria para o exílio, seu castigo por ter quebrado suas obrigações sob a aliança com a qual haviam concordado (Êxodo 19:8; Deuteronômio 28:25). Porém, Deus havia prometido lutar por Seu povo e dar-lhes vitória sobre seus inimigos no devido tempo, castigand-os por sua malignidade contra Seu povo (Habacuque 2:7-8; Deuteronômio 32:39-43). Assim como o exílio era certo, também a restauração de Israel por Deus era certa. Isso mostra que Deus já estava pronto para cumprir Suas palavras, mesmo antes da iminente queda de Judá diante da Babilônia.
O termo “selá” ocorre novamente no meio do versículo (Habacuque 3:3). Como um termo musical, selá chamava os cantores ou músicos que executavam a canção para parar e refletir sobre a promessa do SENHOR de tomar Seu arco para se vingar do sangue de Seu povo (Deuteronômio 32:43). Depois da palavra selá, Habacuque retoma seu discurso e diz a Deus: Tu dividiste a terra com rios. Isso significava que o poder e a força do SENHOR faziam com que os rios dividissem a terra ao aparecerem (Salmo 77:16). Se Deus controlava os rios, ntão Ele certamente cumpriria Suas promessas.
Habacuque vai mais longe e diz: As montanhas te viram e tremeram. O verbo traduzido como “tremer” ("chîl" em hebraico) significava estar em trabalho de parto ou com dor, como quando uma mulher está prestes a dar à luz a um filho (Isaías 13:8; 26:17; Jeremias 4:31). Em Habacuque, o sujeito do verbo são as montanhas.
Embora as montanhas simbolizassem estabilidade e imobilidade, elas não poderiam resistir ao poder do Senhor. Quando os montes O viram, tremeram (Naum 1:5). Na seção anterior, "as montanhas foram destruídas" (v. 6). Agora, na presença do Senhor, elas se contorciam como uma mulher no parto.
Talvez o texto de Habacuque buscasse lembrar ao leitor do relato do Êxodo, quando o Monte Sinai tremeu diante do Senhor: "Ora, o Monte Sinai estava todo em fumaça, porque o Senhor desceu sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e toda a montanha tremeu violentamente" (Êxodo 19:18). Se as montanhas tremem na presença de Deus, Ele tinha o poder de trazer a restauração de Israel depois de ser demolido pela Babilônia.
Além do movimento das montanhas, a enxurrada de águas varreu, fazendo com que a inundação sobrecarregasse a superfície da terra. Além disso, o profundo pronunciou sua voz. O termo “profundo” é "tehom" no texto hebraico. Refere-se aos oceanos e/ou águas sob a terra. O termo ocorre em Gênesis 1, descrevendo os elementos que caracterizam o estado do mundo antes da criação: "E as trevas estavam sobre a superfície das profundezas" (Gênesis 1:2).
Aqui em Habacuque, o profundo faz um som ruidoso. Ergueu as mãos. As mãos das profundezas remetem às suas ondas. Isso significa que suas ondas se moviam violentamente, mas em vão, porque o SENHOR as venceria (Salmo 77:16-17). Se o Senhor tinha tal poder sobre a natureza, Ele certamente poderia levantar Judá novamente após sua conquista pela Babilônia. Habacuque 3:9b-10 e voca ao leitor uma imagem do dilúvio de Noé, que destruiu a terra naquela época (2 Pedro 3:6). Deus julgou o mundo com um dilúvio porque ele havia se enchido de violência (Gênesis 6:13). É certo que Deus também julgará às nações que haviam trazido violência a Seu povo.
Não apenas o poder do SENHOR afetava a natureza, mas também afetava aos corpos celestes. De fato, o sol e a lua estavam em seus lugares. Eles interromperam sua órbita constante, como haviam feito nos dias de Josué (Josué 10:12-14). Isso pode invocar a imagem do dia em que Deus lutara por Israel, fazendo com que o sol e a lua ficassem parados. Assim, Deus lutaria por Seu povo contra Seus inimigos no futuro.
Então, eles foram embora à luz de Suas flechas, ao brilho de Sua lança reluzente. O termo hebraico traduzido como “ir embora” indica movimento. Isso provavelmente signifique que eles retomariam seu trabalho por ordem do Senhor, à luz de Suas flechas e ao brilho de Sua lança reluzente. As flechas e as lanças de Deus, armas comumente usadas na antiga guerra do Oriente Próximo, fariam com que o sol e a lua retomassem seu curso. Se Deus tinha o poder de fazer com que os corpos celestiais parassem e retomassem seu curso, Ele certamente tinha o poder de restaurar Judá após sua quda diante do caldeus. Habacuque fica compreensivelmente angustiado ao saber que Judá seria destruída pelos babilônicos. Agora, no entanto, ele exalta ao SENHOR diante da promessa de redenção: Judá ressuscitaria das cinzas.
O poder do SENHOR é irresistível. Em última análise, Ele derrotaria às nações estrangeiras, embora no curto prazo essas nações derrotassem e subjugassem ao povo de Judá. O profeta explica: Indignado, marchaste pela terra; com raiva atropelaste as nações. Essas nações que perturbariam a Judá, por sua vez, seriam perturbadas por Deus. É notável aqui que o texto se refira à “nações”, ao invés de apenas se referir à Babilônia. Isso prevê que outras nações se juntariam à perseguição aos judeus; todas essas nações seriam responsabilizadas.
O verbo traduzido como “pisotear” significava "debulhar". Por exemplo, o livro de Deuteronômio proibia os israelitas de amordaçar o boi enquanto debulhava os grãos, para que pudesse consumi-lo sem impedimentos e ter ampla energia para fazer seu trabalho (Deuteronômio 25:4). Aqui em Habacuque, Javé pisoteia as nações estrangeiras em sua ira, como um boi pisoteava o trigo. Porém, qual era o propósito dessa intervenção divina?
A ira de Deus sacudiu os rios e o mar, porque Deus estava descontente com as nações estrangeiras. Isso previa que Deus usaria a natureza em Seu julgamento das nações (Apocalipse 6:12-14).
No versículo 13, Habacuque muda o foco da natureza para as pessoas e diz: Saíste para a salvação do Teu povo, para a salvação do Teu ungido. O povo de Deus é chamado de Seu ungido. O termo “ungido” refere-se a algúem escolhido por Deus para um propósito especial. O Antigo Testamento descreve os seguintes reis como sendo "ungidos": Saul (1 Samuel 9:16), Davi (1 Samuel 16:3), Absalão (2 Samuel 19:11), Salomão (1 Reis 1:34; 1 Crônicas 29:22), Jeú (1 Reis 19:16), Joás (2 Reis 11:12), Jeoacaz (2 Reis 23:30) e Hazael de Damasco (1 Reis 19:15).
O termo “salvação do seu ungido” pode estar ligado a Yeshua Mashiah, traduzido como "Jesus, o Messias". Assim, além de uma expectativa profética da restauração física de Judá/Israel, isso também estava prevendo a restauração espiritual de Israel por meio de Jesus, o Cristo, ou seja, "Jesus, o Ungido". A salvação das nações também estaria embutida, em cumprimento da promessa de Deus de que Nele todas as nações seriam abençoadas (Gênesis 12:3; João 3:16).
Aqui em Habacuque, o povo de Judá e Israel eram os ungidos. Deus os havia escolhido para serem Sua propriedade. Eles deveriam ser para Ele um "reino de sacerdotes e uma nação santa" (Êxodo 19:5). Assim, Deus sairia para salvar a Seus escolhidos, destruindo a seus adversários.
O fato de Habacuque descrever um evento no futuro no pretérito mostrava a certeza de sua previsão: Indignado, marchaste pela terra; com raiva atropelaste as nações. O evento futuro era tão certo que o profeta fala como se já tivesse ocorrido. Essa certeza de restauração é de grande importância, dada a natureza terrível da previsão de Habacuque sobre a iminente queda de Judá diante da Babilônia (Habacuque 1:6).
Habacuque continua a falar de eventos no futuros no pretérito, dizendo: Atingiste a cabeça da casa do mal. A expressão “cabeça da casa” refere-se ao líder das nações. Como o líder inimigo havia se levantado contra Deus e Seu povo escolhido, Deus bateu sua cabeça para abri-lo da coxa ao pescoço. Essa é uma imagem gráfica que deixava claro que Deus derrubaria ao(s) líder(es) da(s) nação(ões) perversa(s) e o(s) destruiria. Falar de eventos no futuros no pretérito demonstrava a certeza de que o que Deus havia falado certamente aconteceria.
Algumas tradições judaicas dizem que esse líder chefe da casa era o rei da Assíria, um tipo de anticristo. Existem muitos tipos do anticristo e eles são frequentemente retratados como sendo mortos por um ferimento na cabeça. Isso incluiria o Messias que esmagaria a cabeça da serpente em Gênesis 3:15 e o assassinato de Golias (1 Samuel 17:49). Além disso, a Besta do Apocalipse parece ressuscitar de um ferimento na cabeça, para depois ser jogada diretamente no Lago de Fogo (Apocalipse 13:3, 19:20). Miquéias 5:5 parece prever que esta Besta do Apocalipse seria um assírio, o que se relacionaria com a tradição judaica.
Pela terceira vez, Habacuque insere a palavra “selá”, talvez convidando os cantores ou músicos que interpretavam a canção a fazer uma pausa para refletir sobre a grandeza do Senhor que havia atingido a nação inimiga e resgatado a Seu povo da aliança. Após o termo “selá”, Habacuque continua a descrever a eventual derrota dos adversários de Deus, enquanto se dirigia diretamente a Deus, dizendo: Perfuraste com suas próprias lanças a cabeça de sua multidão. Isso fala da destruição de Deus sobre o cabeça da casa, uma possível imagem do anticristo que governaria as nações nos últimos dias.
O verbo traduzido como “perfurar” significa fazer um buraco, geralmente com um objeto pontiagudo. Por exemplo: "Joiada o sacerdote pegou um baú e furou um buraco em sua tampa e o colocou ao lado do altar, do lado direito quando se entra na casa do Senhor; e os sacerdotes que guardavam o umbral puseram nele todo o dinheiro que foi trazido para a casa do Senhor" (2 Reis 12:9). Em Habacuque, Javé realiza essa ação. Ele perfurou a cabeça de sua multidão com suas próprias lanças. Esta é outra maneira de dizer que Deus usaria as próprias armas do inimigo para atacá-lo e derrotá-lo. Esta imagem de uma lança penetrando um crânio é outra ilustração gráfica mostrando que a derrota completa dos inimigos de Israel era certa.
Ainda falando de eventos no futuros no pretérito, Habacuque observa que o adversário tramara o mal contra o SENHOR e Seu povo. O profeta Habacuque diz: Eles invadiram para nos dispersar. Ou seja, os soldados inimigos vieram como uma tempestade para lançar o povo de Deus em várias direções aleatórias,visando torná-los fracos e impotentes. Isso poderia descrever a iminente invasão babilônica revelada por Deus a Habacuque (Habacuque 1:5).
Dado que o versículo 12 fala de uma pluralidade de nações, isso poderia incluir outros futuros opressores de Israel também. Poderia se referir às nações que se reunirão no Vale de Megido (Armagedom) para o último assalto a Jerusalém antes de serem destruídas (Apocalipse 16:14-16; Zacarias 14:2; Zacarias 14:3-7).
A exultação do inimigo era como aqueles que devoram os oprimidos em segredo. A idéia aqui parece indicar que o inimigo do povo de Deus é como alguém que oprime em segredo, alimentando sua ânsia de exploração, mantendo exteriormente uma fachada de respeitabilidade.
A palavra “oprimido” na frase “aqueles que devoram aos oprimidos em segredo” fala da injustiça feita aos necessitados. Os menos afortunados na sociedade são muitas vezes os que sofrem de injustiça social e maus-tratos (Amós 4:1; 8:4). Em nossa passagem, os soldados inimigos se alegravam com os abusos perpetrados contra o povo de Deus como aqueles que secretamente devoram aos pobres, fingindo externamente fazer-lhes o bem enquanto, na verdade, os exploram. Eles esperavam a vitória, mas o Senhor viraria a mesa e os derrotaria a todos. Sua punição seria comparável a seu crime.
Habacuque encerra esta seção retornando ao tema da natureza iniciado no versículo 9 e interrompido no versículo 13. Ele declara: Pisoteaste no mar seus cavalos, na onda de muitas águas. Este versículo pode aludir à travessia do Mar Vermelho na grande libertação do povo de Israel (Êxodo 14:21-29; 15:10). Deus marchou triunfante sobre as águas revoltas do grande mar. Seu propósito era o de libertar a Seu povo oprimido. Só Deus é vitorioso. Ele é o grande guerreiro, Aquele que nunca perde um batalha. A libertação futura prevista, falada no futuro do pretérito, era tão certa quanto a libertação passada de Israel do Egito por Deus.
O termo “muitas águas” também pode retratar as nações cobrindo a terra, como as águas do dilúvio de Noé cobriram a terra e a encheram de violência (Gênesis 6:11). Assim como a arca de Noé livrou a todos os que creram, Jesus resgata do dilúvio do pecado a todos os que crêem (Colossenses 2:14). Assim como a arca descansou no Monte Ararate e a terra foi renovada, Jesus virá descansar no Monte das Oliveiras e renovar a terra (Zacarias 14:4).