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Significado de Ageu 1:12-15

O povo de Judá responde positivamente à exortação de Ageu para reconstruir o templo. Então, o SENHOR agita seu espírito, dando-lhes o impulso necessário para completarem o projeto.

O SENHOR, por meio de Ageu, exorta o povo de Judá a reconstruir o templo, ao qual eles haviam negligenciado por dezesseis anos enquanto construíam casas para si mesmos. Durante esses anos, o povo experimentou todo tipo de calamidade. Eles trabalhavam duro para cultivar a terra, mas colhiam pouco na época das colheitas. O que eles colhiam não durava muito (Ageu 1:9-11).

O SENHOR os confronta com a sua negligência e prioridades deslocadas, explicando a razão do fracasso de suas colheitas. Então, Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote, com todo o remanescente do povo, obedeceram à voz do SENHOR, seu Deus (v. 12).

Zorobabel era descendente de Davi e neto do rei Joaquim (1 Crônicas 3:17-19; 2 Reis 24). Ele serviu como governador de Judá sob o rei Dario da Pérsia. Ele liderou um grupo de exilados de volta a Judá (Esdras 2:2; Neemias 7:7).

Quanto a Josué, seu pai Jeozadaque era o sumo sacerdote que foi levado à Babilônia quando o Deus Susserano (Governante) enviou os judeus para o exílio (1 Crônicas 6:15). Esses dois homens — Zorobabel e Josué — foram a força de liderança positiva por trás da reconstrução da "casa de Deus" em Jerusalém (Esdras 5:2).

Zorobabel e Josué encorajaram aos remanescentes do povo — todos os exilados da Judéia que haviam retornado à sua terra natal em Jerusalém — a reconstruir o templo. O povo respondeu positivamente às palavras do profeta Ageu, como o SENHOR, seu Deus, o enviara. O povo obedeceu à voz do SENHOR (v. 12) através de Ageu.

O termo “profeta” ("nābî" em hebraico) significa "proclamador" ou "contador". Descreve alguém que recebia um chamado para ser porta-voz de Deus, como um embaixador a um presidente em nossa sociedade de hoje. O profeta era um mensageiro de Deus. Isso significava que ele não falava a partir de sua própria autoridade, mas era capacitado a falar a verdade de Deus aos outros.

O povo de Judá reconheceu as palavras de Ageu como revelação de Deus. Eles ouviram atentamente à mensagem e mostraram reverência ao Senhor (v. 12). A expressão “mostrar reverência” significa, literalmente, "temer" em hebraico. Temer a Deus ou demonstrar reverência a Ele é demonstrar uma atitude de respeito e admiração. É também se importar mais com o que Ele pensa e diz, e se Ele aprova nossos comportamentos (Deuteronômio 5:29; 6:2, 13; 10:12).

Em outras palavras, demonstrar reverência ao SENHOR é falar e agir de maneira que O agrade. Esta é a essência de se guardar a aliança de Deus. É a esta atitude e ação que Deus promete abençoar. Os exilados de Judá que retornaram aprenderam a confiar em Deus nas dificuldades. Eles restauraram o templo e enfrentaram seus oponentes. Embora houvesse alguma oposição, os judeus retomaram o projeto de construção, como o Senhor, seu Deus, havia ordenado.

Cerca de dezesseis anos antes, a "obra na casa de Deus em Jerusalém cessou" por ordem do rei persa Artaxerxes (Esdras 4:23-24). Agora, por ordem de Deus, o povo de Judá desafia a ordem e começa a reconstruir (Esdras 5:1-2). Isso produziu um recurso de apelação e o consequente restabelecimento do decreto original de Ciro.

O SENHOR aprecia a resposta positiva do povo e envia uma mensagem a Ageu. O mensageiro do SENHOR falou ao povo (v. 13). Anteriormente, o texto descrevera Ageu como um profeta enviado por Deus (v. 12). Aqui, ele recebe um título adicional: o mensageiro do SENHOR,  porque a mensagem de Ageu se originava no SENHOR. Ele era o agente encarregado da palavra de revelação da parte de Deus (Isaías 6:8).

Quando Ageu se dirige ao povo, ele falou por encomenda do Senhor. Ele não fala em seu próprio nome. Ele havia sido comissionado por Deus. Isso significava que ele lhes relataria o que o SENHOR lhe dizia. Neste versículo, o SENHOR lhe instrui a dizer ao povo: Eu estou convosco (v. 13).

O Deus Susserano (Governante) assegura a Seu povo do pacto que Sua presença protetora estaria com eles. Tal promessa servia para incentivar a população a retomar o projeto de construção e concluí-lo. Eles não precisavam ter medo de seus inimigos, porque o SENHOR, seu Deus era o Todo-poderoso Senhor dos Exércitos e ficaria a lado deles quando seguissem aos Seus caminhos. Sua presença faria o projeto se concretizar. Após afirmar a presença de Deus com Seu povo, o profeta Ageu acrescenta a fórmula divina “Declara o SENHOR” para dar mais peso à sua mensagem.

Após tranquilizar o povo quanto à Sua presença, o SENHOR despertou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito de todo o remanescente do povo (v. 14).

O verbo “despertar” significa "acordar". É o mesmo verbo usado em 2 Crônicas para descrever como o SENHOR movera o coração do rei Ciro da Pérsia vários anos antes para que ele emitisse um decreto permitindo que os exilados da Judéia retornassem à sua terra natal e reconstruíssem o templo (2 Crônicas 36:22-23).

Deus recompensou a obediência dos exilados que retornavam. Os exilados são chamados de remanescentes do povo por haver tão poucos em comparação com o número de mortos durante a invasão babilônica; ou talvez Deus os estivesse comparando aos que haviam permanecido no exílio. Após a resposta positiva do povo, Deus interveio sobrenaturalmente e moveu seus corações ainda mais. Então eles vieram e trabalharam na casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus (v. 14).

Deus deu a Judá um impulso, capacitando-os a realizar a tarefa de reconstrução do templo (v. 14). Porém, Ele o fez depois que eles obedeceram à Sua voz e confiaram Nele. Assim, os exilados que retornavam à sua terra retomaram o trabalho no vigésimo quarto dia do sexto mês do segundo ano de Dario, o rei (v. 15). A data aqui se localiza por volta de 21 de setembro de 520 a.C., três semanas e meia depois que Ageu trouxe a primeira profecia. Parece ter havido alguma hesitação, mas as pessoas responderam bem. E quando o fizeram, Deus os abençoou com zelo adicional.

A construção foi notada pelos inimigos de Judá, que os advertiram a cessar a obra e questionaram sua autorização para fazê-la (Esdras 5:3-17). Eles enviaram uma carta a Dario, que vasculhou os arquivos e encontrou a autorização original de Ciro que permitia que a construção do templo continuasse (Esdras 6:1-7). Isso derrubou a ordem do rei Artaxerxes. É interessante notar que Deus primeiro mexeu com o coração das pessoas para agir, depois liberou o caminho legal para que elas continuassem. Esta foi uma manifestação tangível da promessa de Deus a Judá: Estou convosco (v. 13).

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