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Significado de Hebreus 9:1-7

A Antiga Aliança trazia regulamentos para o culto e o escritor da carta fala sobre alguns deles aqui. Ele, então, passa a demonstrar como tais regulamentos apontavam para Jesus.

Lembremo-nos, mais uma vez, de que esta carta foi escrita para um público judeu, que tinha grande familiaridade com toda a história de Israel saindo desde a saída da escravidão no Egito e sua peregrinação no deserto. Foi no deserto que Moisés foi instruído por Deus a construir o tabernáculo ao qual Deus traia Sua presença tangível entre eles (Êxodo 25:9).

O apóstolo lembra a seus leitores de que o tabernáculo tinha duas salas: a sala exterior, chamada de lugar santo, e a sala interior, chamada de Santo dos Santos. Na área externa do tabernáculo estava o candelabro (Êxodo 25:31-40), que servia como um lembrete aos israelitas de que eles deveriam ser a luz do mundo e apontar as pessoas para Deus que, em última análise, é a Luz do mundo (João 8:12). Em Mateus 5:13, Jesus aplica essa ideia ao dizer a todos os crentes que eles agora deveriam servir como luz para o mundo.

O pão sagrado também era guardado na sala externa. Eram 12 pães (Levítico 24:5), simbolizando as doze tribos de Israel. Em João 6:35, Jesus fala de si mesmo como o Pão da Vida. Os pães representavam o poder sustentador de Deus aos israelitas. Jesus é o poder sustentador de todos os crentes.

Depois da primeira sala, havia o Santo dos Santos, dividido por uma cortina, ou segundo véu (Êxodo 26:33). Dentro dessa sala interna, chamada Santo dos Santos, estava a arca da aliança, que continha um jarro dourado com maná, a vara de Arão que havia brotado e as tábuas da aliança com os dez mandamentos. O altar dourado de incenso criava um odor doce no tabernáculo. Todas as manhãs o incenso deveria ser oferecido para se criar um aroma perpétuo, agradável a Deus (Êxodo 30:7-8). Efésios 5:2 invoca esta imagem para dizer que, quando os crentes andam em amor, eles criam um aroma doce que agrada a Deus.

O propiciatório ficava no topo da arca da aliança, com os dois querubins (anjos) de glória sobre ela. Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos e aspergia sangue no propiciatório para expiar os pecados do povo cometidos em sua ignorância. Todos os sacerdotes ofereciam sacrifícios diários pelos pecados do povo, mas não pelos pecados cometidos na ignorância. Estes só eram expiados uma vez por ano pelo sumo sacerdote, que oferecia sacrifícios por si mesmo e pelos pecados do povo.

O escritor mostra que o santuário terreno da Antiga Aliança e os regulamentos para a adoração eram sombra da Nova Aliança maior. O Santo dos Santos era muito restrito. Apenas uma vez por ano o sumo sacerdote podia entrar para oferecer o sangue sacrificial. Cristo estava qualificado para entrar no lugar mais sagrado do verdadeiro Tabernáculo no Céu, uma vez que Ele é nosso Sumo Sacerdote. Ele entrou no Tabernáculo celestial uma vez por todas e ofereceu Seu sangue sacrificial em nosso favor.

Paulo argumenta que as práticas religiosas não deveriam substituir a verdadeira fé do coração. O verdadeiro serviço de fé do crente não se encontra nas práticas religiosas, mas em um coração purificado pela fé, resultando no culto da obediência em nossa caminhada diária.

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