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Significado de João 3:31-36

João Batista diz a seus discípulos que Jesus havia vindo do Céu e ensinava das coisas do Céu, porque Ele tinha conhecimento em primeira mão do Céu e de Deus. Ele falava as palavras do próprio Deus. De fato, Jesus era Deus Filho, filho de Deus Pai. Quem vive uma vida de fé no Filho experimentará a plenitude da vida, mas quem desobedecer ao Filho experimentará o castigo de Deus.

Ao dizer que Jesus deveria crescer, João Batista faz uma declaração que soa muito parecida com o que Jesus disse a Nicodemos. João diz:

Aquele que vem do alto está acima de tudo, aquele que é da terra vem da terra e fala da terra.

Isso soa muito similar ao versículo 13, que diz: "Ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu: o Filho do Homem". João estava dizendo claramente que Jesus havia vindo do alto. Para enfatizar a questão, João repete: Aquele que vem do céu está acima de tudo. Jesus veio do alto, desceu do céu para a terra. Isso indicava que Ele era Deus. Porque era Deus, Jesus estava acima de tudo. João disse duas vezes que Jesus estava acima de tudo. Seus discípulos estavam preocupados que o ministério de Jesus estava começando a ultrapassar ao ministério de João em popularidade. João deixa claro que Jesus não estava apenas acima dele, mas estava acima de tudo.

Ao falar daquele que é da terra, João primeiro diz ser da terra. Isso contrasta com o Ser de cima, ou do céu. Aquele que é da terra fala naturalmente das coisas que são da terra. Sem instrução, alguém que é da terra não pode realmente falar das coisas do céu, não tendo estado lá. Talvez João tenha em mente o líder judeu que havia agitado a seus discípulos. A idéia pode ser a seguinte: "A quem vocês querem ouvir?" Podemos conhecer as coisas do céu ouvindo Aquele que vem de lá. Jesus vem do alto, vem do céu. Ele é a autoridade suprema, Ele está acima de tudo.

João parece estar preparando seu discípulo para entender que deveria ouvir e seguir ao próprio Jesus. Além disso, ele poderia estar instruindo seu discípulo a não ouvir aos governantes judeus. O judeu, com quem seus discípulos haviam falado e que parece tê-los irritado, era da terra. Ele não conhecia as coisas do céu, a menos que escutasse Àquele que veio do céu. No entanto, quando João diz que ninguém recebe Seu  testemunho, sua ênfase provavelmente estava nos governantes, que representavam a nação, os que não haviam recebido o testemunho de Jesus.

Jesus, vindo do alto, ou seja, do céu, viu e ouviu as coisas do céu. É daquelas coisas do alto, do céu, que Ele testificava. Isso incluía o testemunho de Jesus a Nicodemos de como nascer de novo pela fé de olhar para Jesus na cruz, esperando ser liberto do veneno do pecado (João 3:14-15). A palavra traduzida como “testificar” é "martyreo", a palavra grega da qual obtemos o termo "mártir". Significa "dar verdadeiro testemunho". Jesus dá um verdadeiro testemunho das coisas do céu porque havia descido do céu. Ele falava das coisas que viu e ouviu. Ele era uma testemunha ocular. Ele sabia dessas coisas em primeira mão, por isso Ele era a melhor testemunha possível e deveria ser ouvido.

No entanto, apesar de ser a única testemunha em primeira mão disponível, ninguém recebe Seu testemunho. A raiz da palavra “testemunho” é "martyria", que significa "dar verdadeiro testemunho". Jesus dava testemunho das verdadeiras coisas do céu. Ele estava "acima de tudo". Ele sabia do que falava. Porém, ninguém recebe Seu testemunho. Ao dizer “ninguém”, João provavelmente estava se concentrando nos governantes judeus, que representavam a nação. Se os governantes rejeitavam a Jesus, a nação O rejeitaria, mesmo que alguns cressem. Foi exatamente isso o que aconteceu.

João esclarece que as pessoas poderiam receber Seu testemunho, acrescentando: Aquele que recebeu Seu testemunho estabeleceu seu selo para isso, que Deus é verdadeiro. Mesmo que a nação, através dos governantes, estivesse rejeitando ao testemunho de Jesus, vindo do céu, qualquer indivíduo poderia crer no testemunho de Jesus. Se alguém recebia Seu testemunho crendo em Suas palavras, essa pessoa estabelecia o selo de que Deus era verdadeiro. O selo personalizado era uma impressão única feita em uma base de cera. Era como uma assinatura. Era um testemunho de concordância. Qualquer pessoa que recebesse ao testemunho de Jesus, crendo em Suas palavras, criava seu próprio testemunho, um testemunho de concordância com o testemunho de Jesus. Concordar com o testemunho de Jesus significava concordar que Deus era verdadeiro.

Esta é uma sequência bastante clara de lógica, apontando para um tema importante do Evangelho de João: Jesus não era apenas um enviado de Deus, mas era Deus. Ele veio "do alto", "do céu". Ele falava das coisas que viu no céu. Aqueles que concordam com Seu testemunho a respeito do que Ele diz (que Ele vem do céu) concorda que Deus é verdadeiro. Isso significa que Jesus é Deus. Isso cumpria um dos propósitos de João ao escrever seu Evangelho: que as pessoas cressem que Jesus era o "Filho de Deus".

João Batista continua falando com seus discípulos, que haviam expressado descontentamento com o fato de que seu ministério estava ficando para trás do ministério de Jesus. João diz: Pois Aquele que Deus enviou (Jesus) fala as palavras de Deus. É por isso que qualquer indivíduo que tenha recebido Seu testemunho dá testemunho e concorda que Deus é verdadeiro. Se concordamos com o mensageiro de Deus, concordamos com a verdade de Deus. Ao fazer isso, testificamos que Deus é verdadeiro.

João, então, acrescenta: Pois, Ele dá o Espírito sem medida. Esta frase está ligada à frase anterior: Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus. Podemos concluir que o Espírito de Deus é derramado sobre a humanidade através das palavras de Deus. O termo “sem medida” significa "sem limite". A Bíblia afirma que "a palavra de Deus" é a fonte e o suprimento de tudo o que mais desejamos. Ela é o caminho para os maiores tesouros da vida e a maior realização da vida. A lista a seguir reforça este ponto:

  • "Ele vos humilhou e vos deixou ter fome, e alimentou-vos com maná que não conheceis, nem vossos pais sabiam, para que vos fizesse compreender que o homem não vive só de pão, mas o homem vive de tudo o que sai da boca do Senhor" (Deuteronômio 8:3).
    • Jesus citou esse versículo ao resistir à tentação de Satanás (Mateus 4:4; Lucas 4:4).
  • "Por que gastais dinheiro com o que não é pão? E o teu salário com o que não satisfaz? Escutai-Me com atenção e comei o que é bom, e deleita-te em abundância" (Isaías 55:2).
  • "A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma" (Salmos 19:7).
  • "Aqueles que amo, repreendo e disciplina; Portanto, sede zelosos e arrependei-vos. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei com ele e cearei com ele, e ele comigo" (Apocalipse 3:19-20).
    • Este versículo está conectado com um versículo anterior onde Deus encoraja aqueles na igreja de Laodicéia a comprar todo o ouro que queriam e se tornarem verdadeiramente ricos. A maneira de fazer isso é ouvir à voz de Deus e receber Sua instrução, comungando com Ele, como se estivéssemso jantando com alguém.

João indica que, ao recebermos as palavras de Deus, recebemos ao Espírito de Deus. E o Espírito é dado sem limite, sem medida. Não é para "enquanto durarem os estoques", ou "serão dados apenas aos primeiros que chegarem". Podemos receber tudo o que estivermos dispostos a receber.

João deixa ainda mais claro que Deus é composto de três pessoas e Jesus era uma dessas pessoas - o que significava que Ele era o Filho de Deus. João testifica a seus discípulos que o Pai ama ao Filho e entregou todas as coisas em Suas mãos. João já havia dito que Jesus veio "do alto" e estava "acima de todas as coisas". Agora, João acrescenta que Jesus era o Filho.

Além disso,  o Pai ama o Filho. Se conectarmos isso com a passagem sobre Nicodemos, podemos perceber que o Pai ama ao Filho e o Pai também ama ao mundo; assim, Ele enviou Seu Filho para redimir o mundo (João 3:16). O Pai ama ao Filho, e o Filho obedece ao Pai ao assumir a carne humana e morrer por nossos pecados em uma cruz, sendo "levantado" como a serpente de bronze foi levantada. Por causa dessa obediência, o Pai entregou todas as coisas em Suas mãos.

Sabemos por passagens como Filipenses 2:5-11 que Jesus foi levantado e recebeu autoridade para governar sobre todas as coisas por ter aprendido obediência como ser humano, até a morte de cruz. Aqui, João fala desse acontecimento no pretérito, pela certeza de que seria cumprido. Este é um dispositivo profético comum.

João Batista termina seu discurso a seus discípulos, que parecem ter sido instigados por um governante judeu a expressar compaixão por seu mestre pelo fato de que o ministério de Jesus estava superando ao ministério de João em popularidade. João diz a seus discípulos que aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não obedece ao Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele. João estav dizendo isso a seus próprios discípulos, resumindo a seus seguidores como eles deveriam pensar sobre a vida dali para frente.

Primeiro, João faz a declaração incondicional de que todo aquele que crê no Filho tem a vida eterna. Isso se conecta diretamente com as palavras de Jesus a Nicodemos. Tudo o que é preciso para nascer de novo é ter fé para olhar para Jesus levantado na cruz, esperando ser liberto do veneno do pecado e da separação de Deus. Portanto, assim como os israelitas no deserto olharam para a serpente de bronze erguida em um poste, as pessoas serão libertas e nascerão de novo. Elas terão a vida eterna, uma vida dada pelo Espírito.

Isso não está condicionado a nenhuma obediência. Os filhos de Israel no deserto não passaram por teste algum. Suas vidas foram salvas das víboras venenosas unicamente através da fé, ao olharem para a serpente de bronze. No entanto, embora aquela geração de israelitas tenha recebido vida, eles não possuíram sua herança. Eles ainda tinham que seguir em obediência e entrar na Terra Prometida para possuir a herança que lhes havia sido concedida. Por sua desobediência, eles perderam a oportunidade de possuir o que Deus lhes concedera, ou seja, entrar e possuir a terra.

A expressão “vida eterna” é uma tradução das palavras gregas "aionios zoe". A palavra grega "aionios" significa "para as eras". O contexto determina que era, bem como o início ou o fim da era em questão. A palavra grega "zoe" refere-se à qualidade, ou realização da vida, mais do que uma mera presença. Refere-se ao homem espiritual.

À afirmação incondicional de que quem crê tem a vida eterna, João acrescenta uma provisão totalmente condicional: Aquele que não obedece ao Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele. Os israelitas que olharam para a serpente foram salvos da morte sem condições, assim como qualquer um que tenha fé para olhar para Jesus será salvo da morte e da separação de Deus sem condições. Aqueles que nascem de novo são recebidos na família de Deus por toda a eternidade. Não há nada que possa separar qualquer filho de Deus de Seu amor (Romanos 8:38-39). Deus é a herança incondicional de Seus filhos, independentemente de suas obras (Romanos 8:17a).

No entanto, ser filho de Deus vem com grande responsabilidade, uma responsabilidade real. Cada filho de Deus tem uma mordomia e um ministério designado para servir como Jesus serviu, seguindo Seu testemunho e exemplo. Cada um tem a oportunidade de adotar a mesma mentalidade que Jesus escolheu e humilhar-se, como João Batista se humilhou, servindo à missão de Jesus Cristo. A recompensa prometida por essa obediência é compartilhar das recompensas que o Pai deu a Seu Filho.

Aquele que crê, que demonstrou fé para olhar para Cristo, recebe o novo nascimento e tem a vida eterna ("aionios zoe"); aquele que não obedece ao Filho não verá a vida ("zoe"). Aquele que crê, nasce de novo; porém, se não anda em obediência, não experimentará uma vida realizada ("zoe"). Assim como Israel no deserto, eles terão o dom, mas não possuirão seus benefícios, por causa da desobediência. Nascer de novo é simples. Porém, para realmente experimentarmos os imensos benefícios desse novo nascimento é necessário que obedeçamos ao Filho. O caminho para vermos a vida ("zoe") e experimentarmos uma vida de abundância é através da obediência. Quando andamos em obediência, recompensas incríveis são prometidas. João não fala delas aqui, mas elas são dignas de nota em outras passagens, especialmente porque a alternativa para a desobediência é que a ira de Deus permanece sobre a pessoa.

  • O Apocalipse estabelece que aqueles que têm um testemunho fiel, não temendo a morte, a rejeição ou a perda, são "vencedores" como Jesus venceu. Eles compartilharão o reinado de Jesus. Jesus afirma:
    • "Aquele que vencer, eu lhe concederei que se sente comigo no meu trono, como eu também venci e me sentei com meu Pai no seu trono" (Apocalipse 3:21).
  • Filipenses estabelece que aqueles que adotarem a mesma mentalidade de Jesus serão exaltados como Jesus foi exaltado por Seu Pai (Filipenses 2:5-11). O apóstolo Paulo adotou essa mentalidade e concluiu: "Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro" (Filipenses 1:21).
  • Paulo afirma em suas cartas aos Coríntios que a principal coisa pela qual devemos viver é receber as recompensas positivas no Julgamento de Cristo, por termos servido e agradado a Ele:
    • "Ora, se alguém edificar (com suas obras) sobre o alicerce (Jesus) com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada homem se tornará evidente; pois o dia (do juízo) o mostrará porque deve ser revelado com fogo, e o próprio fogo testará a qualidade do trabalho de cada homem. Se a obra de qualquer homem que ele construiu sobre ela permanecer, ele receberá uma recompensa. Se a obra de alguém for queimada, sofrerá perda; mas ele mesmo será salvo, ainda assim pelo fogo" (1 Coríntios 3:12-15).
    • "Porque todos devemos comparecer diante do tribunal de Cristo, para que cada um seja recompensado por suas obras no corpo, de acordo com o que fez, seja bom ou mau" (2 Coríntios 5:10).
  • O livro de Hebreus deixa claro que todos seremos julgado e todas as coisas secretas nesta vida serão trazidas à luz no julgamento. O livro nos aconselha ainda a nos reunir e a recordar uns aos outros sobre essas coisas, na medida em que se aproxima o Dia do Juízo:
    • "Porque a palavra de Deus é viva, ativa e mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetrante até a divisão da alma e do espírito, das articulações e da medula, e capaz de julgar os pensamentos e as intenções do coração. E não há criatura escondida de seus olhos, mas todas as coisas estão abertas e expostas aos olhos daquele com quem temos que fazer" (Hebreus 4:12-13).
    • "Conservemos firme a confissão de nossa esperança sem vacilar, pois Aquele que prometeu é fiel (para recompensar Seu povo); e pensemos em como estimular uns aos outros ao amor e às boas ações, não abandonando a nossa própria reunião, como é hábito de alguns, mas encorajando-nos uns aos outros; e tanto mais quando vês o dia (do juízo) se aproximando" (Hebreus 10:23-25).
  • Tanto Pedro quanto Tiago observam que Deus exaltará àqueles que se humilharem seguindo a Seus caminhos, em vez de seguirem a seus próprios caminhos:
    • "Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará" (Tiago 4:10).
    • "Portanto, humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo oportuno" (1 Pedro 5:6).

A declaração de João a seu discípulo de que a ira de Deus permanece sobre aquele que anda em desobediência aplica-se àquele que creu em Jesus e tem a vida eterna. Aqueles que nascem de novo têm o Espírito e, com Ele, uma capacidade inesgotável para servir. No entanto, ainda é uma questão de escolha para cada pessoa andar em obediência ao Espírito de Deus, ou andar em seus próprios caminhos. Quando andamos em nossos próprios caminhos, recebemos a ira de Deus. A palavra “permanecer” está no tempo presente. A ênfase é que, quando escolhemos o pecado, colhemos consequências adversas que permanecem sobre nós no presente.

Paulo explica como isso funciona em sua carta aos romanos. Ele nos diz que quando as pessoas se afastam de Deus e seguem a seus próprios caminhos, a ira de Deus é revelada. Ele nos entrega aos nossos próprios desejos. Ele nos entrega às nossas concupiscências, que se tornam vícios e que nos levam a uma mente aviltante (Romanos 1:24,, 2628). A ira de Deus nos entrega à nossa própria carne. Tiago diz algo semelhante em sua epístola, indicando que toda tentação sai de dentro de nós mesmos, de nossas próprias "luxúrias". Quando nos entregamos à concupiscência da nossa carne, o pecado é concebido, gestado, nasce, cresce e se torna morte (Tiago 1:15).

Em Gálatas, Paulo aborda esse mesmo ponto, descrevendo a escolha básica que cada crente em Cristo tem a cada momento, ou seja, andar no Espírito ou na carne. Os frutos, ou resultados, do Espírito são as experiências de uma vida abundante ("zoe"). Podemos observar no nosso dia a dia os frutos do renascimento que nos são dados. Por outro lado, se semeamos na carne, colheremos corrupção (Gálatas 5:13-25; 6:8).

Esta é a mesma abordagem que Deus tinha com Israel. Ele escolheu Israel como Seu povo. Eles são e sempre serão Seu povo (Romanos 11:2, 26). Nada que eles façam os separará de Seu amor. Mesmo quando Deus os enviou ao exílio, entregando-os aos babilônicos, a intenção de Deus era totalmente benevolente (Jeremias 29:11). Assim como os crentes em Cristo, Deus enfatizou a Seu povo Israel a importância de suas escolhas.

Deus colocava diante de Israel as bênçãos pela obediência e as maldições pela desobediência. Assim como acontece com os crentes do Novo Testamento, a maioria das maldições são consequências naturais do pecado. Deus prometia imensos benefícios para Israel caso andassem em Seus caminhos, fazendo o que sabiam em seus corações ser certo. Moisés expõe isso claramente em Deuteronômio 30:11-20. Paulo usa esta mesma passagem como um exemplo de como é "a justiça que vem pela fé" em Romanos (Romanos 9:30; 10:6-8).

Ter fé para crer no Jesus da cruz, esperando por Sua cura, nos leva ao novo nascimento. Esta é uma grande dádiva que possuímos para sempre. Porém, o prêmio da vida eterna, a experiência da vida abundante ("zoe") depende da nossa obediência. Ao expor este princípio no capítulo 3, João indica sua justificativa para escrever seu Evangelho:

"...mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que crendo tenhais vida em Seu nome" (João 20:31).

“Estas coisas" são as coisas que João incluiu em seu Evangelho. Ele escolheu essas palavras para cumprir dois objetivos:

  1. Crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.
    • Para fazermos isso, precisamos ter fé para olhar para Jesus na cruz, esperando que Sua morte nos salve do pecado e da separação de Deus.
    • João deixa claro no capítulo 3 que a fé simples é tudo o que precisamos para adquirirmos o dom da vida eterna.
    • Este dom é incondicionalmente dado.
  2. "Ter a vida eterna em Seu nome" através de um estilo de vida de "fé".
    • João introduz o conceito de que o grande prêmio da vida vem da obediência. João Batista instrui seus discípulos dessa maneira.
    • Experimentar a "vida eterna em Seu nome" é algo condicional. Depende de andarmos em obediência. Jesus nos diz no versículo 21 que "aquele que pratica a verdade vem à Luz, para que suas obras se manifestem como tendo sido realizadas em Deus".
    • Aqueles que renascem em Cristo têm uma escolha: andar em fé, crendo que as palavras de Deus são verdadeiras e recebendo a promessa de experimentar a "vida eterna em Seu nome" - ou não.

Com este capítulo, João fornece um resumo sucinto da proposição básica de seu Evangelho. Ele deixa claro que há um dom da vida eterna a ser recebido pela fé e um grande prêmio de experimentar a "vida eterna em Seu nome" através da obediência que vem da fé. João nos apresenta isso através do testemunho de Jesus a um governante judeu e através da explicação de João Batista a seu discípulo descontente.

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