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Jó 38:25-30 explicação

Jó 38:25-30 mostra que somente Deus governa os elementos da criação. Deus é ativo e atento no cuidado que dedica ao mundo que criou. Ele envia a chuva, faz crescer a relva no deserto. Ele envia a geada e congela os corpos de água. É somente Deus quem equilibra as forças da natureza.

Em Jó 38:25-30, Deus continua Sua resposta ao pedido de Jó por uma audiência (Jó 23:3-7), destacando Seu domínio sobre a natureza. Ele proclama: "Quem abriu veredas para o aguaceiro ou caminho, para o relâmpago do trovão, para fazer cair a chuva numa terra onde não há homem, no deserto em que não há gente; para fartar a terra deserta e assolada, e fazer brotar a tenra relva?" (vv. 25-27).

A expressão "abriu veredas para o aguaceiro" refere—se ao poder da água da chuva, esse poder imenso é impressionante de se contemplar. Cria vales em curtos períodos de tempo erode e desloca. Da mesma forma, um raio é uma descarga de energia massiva nos tempos modernos, conseguimos desenvolver uma semelhança com esse poder, mas não na escala que Deus demonstra rotineiramente na natureza.

Deus destaca que Ele cuida de áreas desabitadas. Ele traz chuva para uma terra não há homem. Como um proprietário rega a grama, Deus faz com que as sementes germinem no deserto. Essas áreas tão inóspitas que as pessoas não conseguem sobreviver são como um jardim para Deus. Isso demonstra, mais uma vez, a vasta superioridade de Deus. Deus continua a enfatizar para Jó que Ele sabe muito mais do que Jó pode sequer conceber. Portanto, Deus não precisa ouvir a perspectiva de Jó para saber o que é bom e certo. Em particular, Deus não precisa da opinião de Jó para saber o que é melhor para ele. Deus está buscando o melhor para Jó, inclusive dando—lhe uma instrução particular sobre a natureza e as realidades do próprio conhecimento.

O Senhor amplia ainda mais a imagem: Acaso, tem a chuva pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho? Do ventre de quem saiu o gelo? E quem deu à luz a geada do céu? (vv. 28-29).

Esses versículos contêm pares de causa e efeito, ou fonte e resultado, utilizando uma relação pai—filho. Os dois primeiros pares são pai—filho e os dois últimos, mãe—filho:

  • Quem é o pai da chuva?
  • Que progenitor gerou o orvalho?
  • Que útero gerou o gelo?
  • Que mãe deu à luz a geada do céu?

A resposta implícita para tudo isso é "Deus, não Jó". Os seres humanos podem vivenciar e descrever essas coisas. Mas eles não são os criadores nem os responsáveis por mantê—las.

Finalmente, Deus aponta para o poder formidável por trás das águas congeladas: As águas se endurecem a modo de pedra, e a superfície do abismo se congela. (v. 30).

Quando a superfície de um corpo d' água congela completamente (fica dura como pedra), a vida fica aprisionada abaixo dela (as profundezas ficam congeladas), ilustrando como Deus molda o reino do inverno. Um grande milagre da criação é que a água em estado sólido (gelo) é menos densa que a água líquida e, portanto, flutua. Se a água sólida seguisse o padrão usual e fosse mais pesada que a água líquida, o gelo afundaria até o fundo dos lagos e oceanos, interrompendo muitos dos processos que tornam a Terra ideal para a vida. Será que Jó pensou nisso? Será que Jó sequer compreendeu isso?

Deus fez isso e o Seu projeto observado para o universo deveria deixar claro para nós que somos criaturas feitas por um Criador (Romanos 1:20). Diante disso, devemos aprender essa lição que Deus deu a Jó e buscar compreender a perspectiva de Deus, em vez de acreditar que Deus precisa saber mais sobre a nossa perspectiva.

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