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Jó 38:1-7 explicação

Jó 38:1-7 inicia um diálogo grandioso e misterioso entre Deus e Jó. Deus fala com Jó de um redemoinho. Ele o convida a se preparar para essa conversa. Deus começa uma série de perguntas incisivas que enfatizam a perspectiva limitada da humanidade e demonstram a Sua glória. Deus formula Suas perguntas retoricamente, como se Jó pudesse lhe dizer coisas que Jó não sabe, coisas que somente Deus sabe. Isso mostra a Jó que ele não pode acrescentar nada ao conhecimento de Deus, não pode apresentar seu caso a Deus como se Deus não fosse onisciente.

Jó 38:8-11 explicação

Jó 38:8-11 aponta para o plano perfeito de Deus para a criação, mostrando que Ele estabeleceu ordem onde a natureza, de outra forma, estaria fora de controle. Ele definiu limites e fronteiras para que o mar não inunde a terra.

Jó 38:12-15 explicação

Jó 38:12-15 destaca que somente Aquele que comanda a aurora pode verdadeiramente governar a ordem moral e física. Deus é o doador da luz, o Juiz justo.

Jó 38:16-18 explicação

Jó 38:16-18 continua a enfatizar o conhecimento limitado da humanidade e o conhecimento incomparável que Deus tem da criação. Deus pergunta a Jó se ele já foi ao fundo do oceano, se já viu os portões da morte, se conhece a extensão do mundo. Jó não foi e não conhece. Mas Deus, ironicamente, pede a Jó que lhe conte tudo isso.

Jó 38:19-24 explicação

Jó 38:19-24 continua o interrogatório de Deus a Jó. Esses mistérios afirmam Sua suprema soberania e chamam a humanidade a depositar sua fé Nele. Deus descreve coisas além da nossa observação e conhecimento, questões sobre onde a luz reside, onde as trevas se escondem, onde a neve é armazenada. Deus, de forma lúdica, humilha Jó ao dizer—lhe que ele deve saber essas coisas incognoscíveis, visto que Jó certamente era muito velho e presenciou todos os fenômenos naturais quando foram criados. Mas, é claro, Jó não estava presente no início da criação. Ele não tem conhecimento do poder criativo ilimitado de Deus. Ele não sabe como Deus controla e ordena o clima a Seu bel—prazer.

Jó 38:25-30 explicação

Jó 38:25-30 mostra que somente Deus governa os elementos da criação. Deus é ativo e atento no cuidado que dedica ao mundo que criou. Ele envia a chuva, faz crescer a relva no deserto. Ele envia a geada e congela os corpos de água. É somente Deus quem equilibra as forças da natureza.

Jó 38:31-33 explicação

Jó 38:31-33 registra as constantes perguntas que Deus faz a Jó. O Criador pergunta à criação se ele pode influenciar a posição das estrelas. Pode Jó mover as constelações nos céus? Claro que não. Somente Deus é a fonte e o sustentador de Suas obras criadas.

Jó 38:34-38 explicação

Jó 38:34-38 contém a pergunta de Deus a Jó sobre se ele poderia fazer chover e fazer cair raios do céu. Jó não podia. Deus pergunta a Jó: "Quem colocou sabedoria na mente humana? Por que existe lógica e ordem no universo que os humanos conseguem compreender?". "Porque Deus assim o quis. Deus criou todas as coisas."

Jó 38:39-41 explicação

Jó 38:39-41 registra a mudança de foco de Deus para o reino animal. Ele pergunta a Jó se ele é forte o suficiente para cuidar de leões. Será que Jó consegue suportar a fome de animais selvagens e ferozes? Quem ordenou a natureza para que os corvos encontrem alimento para seus filhotes? Deus providenciou todos os recursos para as necessidades de Suas criaturas. Jó não teve participação alguma nisso, nem é capaz de fazê—lo.


Jó 38:1-42:6 representa uma virada dramática no Livro de Jó, pois a narrativa muda da discussão entre Jó e seus amigos para um tribunal entre Deus e Jó. De Jó 3:1 a Jó 31, Jó discute com Elifaz e seus dois amigos que vieram consolá—lo. Eles ficaram sentados por sete dias sem falar, e então se envolveram em um debate vigoroso depois que Jó quebrou o silêncio com um lamento.

Ao longo desses vinte e nove capítulos de diálogo, Elifaz e seus dois amigos argumentam basicamente que os problemas de Jó decorrem de um comportamento inadequado, inferindo que Deus é transacional e pode ser manipulado por ações humanas. Em Jó 42:7, Deus afirma a Elifaz e seus dois amigos: “Vocês não falaram de Mim o que é reto, como falou o Meu servo Jó”. Jó recusou—se a arrepender—se, afirmando que confessar algo que não fez para apaziguar a Deus seria uma quebra de integridade.

Embora Jó fosse justo, como o próprio Deus testemunhou em Jó 1:8, 2:3, ele não tinha uma perspectiva adequada de Deus; sua perspectiva era muito limitada. Em Jó 23:3-7, Jó afirmou que, se pudesse apresentar seu caso a Deus, Deus obteria uma perspectiva mais ampla e, tendo aprendido o que não sabia, se compadeceria de Jó. É claro que Deus ouve e vê tudo, e ouviu o apelo de Jó. Agora, em Jó 38, Deus responde ao pedido de Jó, mas inverte os papéis e demonstra a ele que, em vez de Deus precisar de uma perspectiva mais ampla sobre Jó, é Jó quem precisa de uma perspectiva mais ampla sobre Deus.

Este julgamento culminará com Jó dizendo: “Portanto, declarei o que não entendia, coisas maravilhosas demais para mim, que eu não conhecia” (Jó 42:3). Este parece ser o objetivo principal de Deus; então, tendo esse objetivo sido alcançado, Deus procede a dobrar a bênção de Jó, provavelmente para deixar claro ao mundo observador que os caminhos de Deus são superiores aos nossos.

Será paradoxal que, depois de deixar abundantemente claro que Jó precisa mais da perspectiva de Deus, e não o contrário, ao final deste episódio, Deus dirá a Elifaz e seus dois amigos que o julgamento deles está nas mãos de Jó. Deus diz aos amigos que, se Jó orar por eles, Deus os perdoará por terem falado mal Dele (Jó 42:8).

Isso deixa claro que a visão elevada de Deus sobre Jó não mudou entre Jó 1:8 e Jó 42:8. Também nos mostra que o melhor de Deus para Jó incluía que ele viesse a conhecer a Deus durante esta vida, enquanto ainda podia andar pela fé. Tiago 1:2-3, 12 afirma a mesma lição: Deus usa as provações da vida para aprimorar nossa fé, o que nos permite obter o máximo benefício da vida. Efésios 3:10 nos diz que os anjos estudam a igreja (os crentes na Terra) para compreender a “multiforme sabedoria de Deus”.

Além da declaração de Jó em Jó 42:3, de que agora ele percebe que Deus está além da compreensão, ele diz em Jó 40:4: “Eis que sou insignificante; que posso responder—te?”. Através dessa interação em Jó 38-42, Jó passa de “Se eu pudesse apresentar meu caso a Deus, Ele estaria do meu lado” em Jó 23:3-7 para “Não devo dizer nada, porque Tu és muito superior a mim”. Podemos lembrar que Jó 1:3 nos diz que Jó era “o maior de todos os homens do Oriente”. Em comparação aos homens, Jó era o maior. Mas em comparação a Deus, ele se via como “insignificante”. Após esse episódio de autodescoberta, o fato de Deus abençoar Jó e colocar em suas mãos o destino de Elifaz e seus dois amigos mostra que, embora Deus deseje que seu povo veja a realidade como ela é, Ele também os ama e deseja que sejam parte integrante da execução de seu plano e da realização de sua obra neste mundo (veja o comentário sobre Hebreus 2:9 e 2:10-13).

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