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Significado de Mateus 23:4

Jesus ensina que a Má Religião pisa nas pessoas usando de jogos morais. Ele expõe como os fariseus impõem regras pesadas às pessoas para vê-las sofrer e se deleitam em sua própria superioridade moral, sem mostrarem um pingo de piedade.

O relato paralelo deste ensinamento é encontrado em Lucas 11:46.

Jesus, então, nos dá exemplos da Má Religião dos escribas e fariseus.

O primeiro exemplo é que eles amarram fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los nem com um dedo.

Jesus usou o termo fardos pesados como uma metáfora para "regras rígidas". Um fardo é algo que é carregado, normalmente nos ombros. Para suportá-lo, a pessoa necessita de energia extra. Os fardos, muitas vezes, restringem ou limitam o que uma pessoa é capaz de realizar. As regras dos fariseus não traziam vida. Elas não proporcionavam proteção. Não eram princípios que levavam à vida. Em vez disso, elas eram fardos que esmagavam a alma. Suas regras não promoviam a harmonia com Deus e com os outros. Elas não tinham a intenção de levar ao autogoverno e à comunidades de amor e serviço. Elas não levavam as pessoas a amar seus vizinhos. Em vez disso, as regras haviam sido projetadas para dar poder aos governantes, para que os governantes pudessem explorar aqueles abaixo deles. Eram instrumentos de autojustificação para autoridades exploradoras.

Qualquer um que não guardasse as regras dos fariseus era envergonhado. Essas pessoas poderiam ser expulsas das sinagogas e da comunidade religiosa caso não estivessem à altura e fossem aprovadas pelos líderes (João 9:22). Seus padrões eram impossíveis de serem alcançados e seu conjunto legalista de regras era vazio de misericórdia. Os fariseus impiedosos, que colocavam os fardos sobre os ombros dos homens, não estavam dispostos a movê-los nem com um dedo. Eles impunham as regras, mas eles mesmos não as cumpriam. Isso significa que eles estavam praticando exatamente o oposto do segundo maior mandamento, que era o de amar aos outros como a si mesmos. Ao desobedecerem ao segundo maior mandamento, eles violavam o primeiro (Mateus 22:37-40). Pode ser que Mateus tenha colocado esse discurso de Jesus aqui a fim de fornecer um exemplo sobre "o que não fazer" após a proclamação de Jesus dos maiores mandamentos no capítulo anterior.

Sua religião era má. Era um jogo de quem seguiria melhor as regras morais - com os escribas e os fariseus fazendo e alterando as regras para manter seu controle. Eles se colocavam como árbitros morais e, ao mesmo tempo, como competidores. Eles mudavam as regras (ou sua interpretação delas) sempre que cometiam um erro para que nunca perdessem a competição. Porém, quando alguém cometia um erro, eles não estavam dispostos a movê-las nem com um dedo.

Para vencer sua disputa moral, os fariseus e escribas colocavam todos os outros para baixo e exaltavam sua própria superioridade moral. Eles quebravam suas próprias regras o tempo todo e violavam ao mandamento real que fingiam defender. Este foi o primeiro exemplo da Má Religião.

Muitas das pessoas abaixo deles desejavam agradar a Deus com suas vidas, mas estavam sendo esmagadas por seus líderes espirituais. Essas pessoas espiritualmente oprimidas estavam cansadas e sobrecarregadas. E suas únicas opções aparentes eram continuar pressionadas sob aquele peso insuportável ou aceitar sua rejeição e viver como párias sociais entre os pecadores e gentios.

No início de Seu ministério, Jesus contrastou a Si mesmo com a prática da Má Religião pelas autoridades religiosas dominantes, ao declarar: "Todos os que estavam cansados e sobrecarregados, vinde a Mim... e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, pois Eu sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mateus 11:28-30).

O exemplo de Jesus foi a Boa Religião. A boa religião é vivificante. Ela leva à sabedoria, que é a habilidade para viver bem e prosperar, independentemente das circunstâncias. A Má Religião é opressiva e esmaga a alma. A Boa Religião é libertadora e vivificante.

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