AaSelect font sizeSet to dark mode
AaSelect font sizeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.
Significado de Mateus 23:5
Um relato paralelo deste ensinamento é encontrado em em Marcos 12:38.
O primeiro exemplo que Jesus deu sobre as más práticas religiosas dos escribas e fariseus foi: "Eles amarram pesados fardos e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto quanto um dedo" (Mateus 23:4). A religião para eles era uma disputa moral de quem poderia seguir as regras melhor - e havia vencedores e perdedores. Os escribas e fariseus faziam as regras e as mudavam para manipular a disputa a seu favor, ao mesmo tempo em que não estavam dispostos a levantar um dedo em favor do povo que, para eles, eram seus oponentes. O resultado foi que os fariseus se gabavam de sua superioridade moral ao esmagarem o povo ao qual deveriam servir.
O segundo exemplo que Jesus deu sobre as más práticas religiosas dos escribas e fariseus foi que eles fazem todas as suas ações para serem notados pelos homens.
Eles não tinham a verdadeira justiça, que é alinhar nosso comportamento com a sabedoria de Deus. A verdadeira justiça é para nosso benefício. Ela nos ajuda a prosperar porque passamos a viver a vida de acordo com o princípio moral de causa e efeito de Deus. A retidão deles se alinhava com o padrão de sua própria criação. Como sua religião era uma competição moral de quem seguiria melhor suas regras, tudo era apenas um teatro. Uma vez que seu padrão moral realmente vinha de si mesmos, fazia sentido que seu desejo fosse pela aprovação de outras pessoas.
Quando agiam gentilmente era porque queriam que as pessoas pensassem neles como gentis. Quando eram generosos, era porque queriam que os outros pensassem neles como generosos. Quando oravam a Deus ou jejuavam era porque queriam que as pessoas pensassem neles como espirituais. Sua motivação para fazer boas ações era para que os homens as vissem e os admirassem.
Sua Má Religião girava em torno das opiniões dos homens, a quem eles procuravam controlar e manipular. Seu status e influência - seu ganhar e perder - dependiam de como os outros os percebiam.
Jesus advertiu a Seus discípulos contra isso no Sermão da Montanha:
"Cuidado de praticar a tua justiça diante dos homens para ser notado por eles; caso contrário, não tendes recompensa com o vosso Pai, que está nos céus." (Mateus 6:1).
Se fizermos nossas obras justas para sermos notados pelos homens, Jesus advertiu: "Tereis a vossa recompensa integral" (Mateus 6:2, 6:5, 6:16). E perderemos nossa recompensa de nosso Pai Celestial (Mateus 6:4, 6:6, 6:18). Os líderes religiosos haviam substituído a justiça de Deus, adquirida através da fé, pela justiça proveniente de regras (Romanos 9:30-32).
Com certeza, os escribas e fariseus impunham jogos morais na busca pela recompensa dos homens, não de Deus. Porém, seus corações e ações foram muito além de serem meramente investidores imprudentes. Eles eram francamente perversos e corruptos. A única coisa com a qual eles se importavam era que os homens os percebessem como justos. E isso porque, já que os homens os percebiam como justos, eles poderiam facilmente explorar e abusar de qualquer um que fosse menos importante do que eles.
Mais tarde, em Seus "Oito Ais", Jesus descreve as maneiras opressivas pelas quais os escribas e fariseus enganavam os homens para poder abusar das pessoas às quais eles diziam servir em nome de Deus.
Esses abusos incluem:
Este era o pior estado de sua Má Religião. Ao fazer sua lista de regras, eles violavam diretamente aos Dez Mandamentos (Êxodo 20:13, 16).
Durante o Sermão da Montanha, Jesus expôs tais homens como "hipócritas" - que fingiam ser justos. Naquele sermão, Jesus apresentou três maneiras sobre como esses hipócritas exibiam sua falsa justiça para os outros verem: dar aos pobres, orar e jejuar.
"Portanto, quando derdes aos pobres, não toqueis uma trombeta diante de vós, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para que sejam honrados pelos homens." (Mateus 6:2a)
"Quando orais, não deveis ser como os hipócritas; porque adoram ficar de pé e rezar nas sinagogas e nas esquinas para que possam ser vistos pelos homens". (Mateus 6:5a)
"Sempre que jejuar, não coloque um rosto sombrio como os hipócritas, pois eles negligenciam sua aparência para que sejam notados pelos homens quando estiverem em jejum." (Mateus 6:16a)
Aqui, Jesus mostra a Seus discípulos e à multidão que O ouvia duas maneiras pelas quais os escribas e fariseus se vestiam, a fim de chamarem a atenção para sua (falsa) justiça:
Os escribas e fariseus usavam vestes e acessórios religiosos para se tornarem facilmente identificáveis como figuras religiosas. Não há nada inerentemente errado em fazer isso. Note como Jesus não repreende aos fariseus por usarem filactérios ou terem bordas. De fato, é provável que o próprio Jesus usasse vestes semelhantes; vemos isso quando a mulher tocou as bordas de sua veste (em Mateus 9:20, a palavra "franja" é também traduzida como "borda").
Ele os repreendeu por sua motivação para usar tais vestes: eles as usavam para serem notados pelos homens.
Os filactérios eram pequenas caixas ou recipientes com um pequeno rolo das Escrituras dentro. Eles eram presos a uma faixa de couro e usados no braço esquerdo ou na testa. Os filactérios vinham de uma interpretação literal das exortações de Moisés sobre como viver e ensinar os mandamentos de Deus (Êxodo 13:9, 13:16; Deuteronômio 6:8):
"Portanto, imprimirás estas minhas palavras no teu coração e na tua alma; e os amarrarás como sinal na tua mão, e eles serão como frontais na tua testa." (Deuteronômio 11:18)
A preocupação central desses mandamentos teem a ver com o coração. O coração é aquilo com o que Deus mais se importa, não a nossa aparência (1 Samuel 16:7). A razão pela qual Moisés disse para amarrar Suas palavras na mão e como frontais na testa era para que fossem um lembrete sempre presente, "COMO um SINAL", para o seu coração (Deuteronômio 11:18). Porém, os fariseus aumentaram seus filactérios e os tornaram maiores para parecerem mais impressionantes aos olhos do povo.
Havia uma ironia em como os fariseus aplicavam essa Escritura. Externamente, eles mostravam como seguiam corretamente aos mandamentos de Deus, mesmo quando zombavam deles. Eram sinais externos de virtude, a fim de mascarar e esconder seu comportamento abusivo. Eles distorciam o mandamento de Deus de levarem seu coração a amar a Deus e aos outros e o transformavam em um teatro a ser visto pelas pessoas, chamado “a justiça dos fariseus”, com o propósito de explorá-las.
Os escribas e fariseus também faziam a mesma coisa com as bordas de suas vestes, alongando-as para serem notadas pelos homens. As autoridades religiosas, muitas vezes, usavam xales com bordas. Eles faziam muito barulho sobre suas bordas. Quanto mais longas as bordas, mais justo era o mestre. As bordas eram, supostamente, uma exibição exterior de sua justiça. Alguns judeus chegavam a acreditavar que as bordas de um rabino tinham um poder especial porque eram literalmente a justiça dele (Mateus 9:20-21).
Seus filactérios aumentados e bordas alongadas eram exibições externas de seus egos morais inflados. A Má Religião infla o ego e faz tudo girar em torno de "mim mesmo". Isso nos leva ao orgulho e a adotar uma falsa perspectiva, resultando em uma automutilação. A Boa Religião orienta adequadamente o ego. Ela entrega-se a Deus e busca o bem dos outros. Isso nos permite ver a realidade como ela é, que é a essência da humildade. Ver a realidade como ela é nos permite entender que deixar de lado a nós mesmos e servir aos outros é, na verdade, o caminho que nos conduz a gozar de bênçãos pessoais.