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Significado de Mateus 24:36-41

Jesus dá Sua resposta à primeira pergunta dos discípulos sobre "Quando essas coisas acontecerão?" Ele lhes diz que, embora os sinais que Ele havia dado indiquem que Sua volta estava muito próxima, "ninguém sabe o dia ou a hora de Seu retorno, mas somente o Pai". Ele faz um paralelo com Seu retorno aos Dias de Noé. O julgamento virá de repente sobre aqueles que não estão prontos, assim como aconteceu no dilúvio.

Os relatos paralelos do Evangelho quanto a este ensino são encontrados em Marcos 13:32-34  e Lucas 21:34-35.

Nesta seção, Jesus responde à primeira pergunta dos discípulos, que foi: "Quando essas coisas acontecerão?" (Mateus 24:3).

Ele começou a responder a essa pergunta dizendo-lhes que, quando eles virem as coisas que Ele lhes estava dizendo - a Abominação da Desolação (Mateus 24:15), a Grande Tribulação (Mateus 24:21) e o Sol, a Lua e as Estrelas escurecerem (Mateus 24:29) - então eles devem saber que a vinda de Jesus está às portas (Mateus 24:33). Essas coisas aconteceriam uma após a outra. A geração que as visse não passaria (Mateus 24:34).

Sua vinda será certa e segura. Jesus prometeu a Seus discípulos que esses sinais eram seguros e verdadeiros. Mas isso não significa que podemos saber de antemão quando o Filho do Homem retornará, até que esses sinais ocorram:

“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem mesmo os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.”

Esta foi a resposta de Jesus à primeira pergunta que os discípulos Lhe fizeram.

Esse dia e hora referem-se ao dia e hora do retorno de Cristo. Jesus disse que ninguém sabe quando será este dia e esta hora, exceto Deus Pai. Ele afirma que os anjos do céu não sabem quando será esse dia. Jesus compartilha que, surpreendentemente, nem Ele mesmo sabia quando seria esta hora.

O fato de o Filho não saber a hora de Seu retorno só faz sentido dada a humanidade de Jesus durante Seu ministério terreno. Esse desconhecimento era temporário e advinha do fato de que Jesus havia deixado de lado Seu privilégio divino (Filipenses 2:6-7). Pode ser que Ele não soubesse a hora naquele momento, mas agora, após Seu retorno ao trono celestial, Ele sabe.

Entre todos os outros que não sabem o dia ou a hora do retorno de Cristo está Satanás.

Pelo fato de o diabo não saber quando Jesus voltará, ele está constantemente vigilante e pronto para quando esse dia e hora chegarem. Sabemos que por volta do tempo em que Jesus vier, aparecerá o que a Bíblia descreve como a besta ou "anticristo", um líder mundial que se opõe a Deus e faz guerra contra os seguidores de Jesus (Daniel 8:23-26; 2 Tessalonicenses 2:3-4; 1 João 2:18;  Apocalipse 17:7-14).

É interessante especular que, pelo fato de o diabo não saber quando será essaa hora, ele está constantemente preparando potenciais anticristos, conscientes ou inconscientes, para estar pronto para aquele dia e hora. Algumas das figuras mais malignas da história foram alinhadas por Satanás para assumir o papel de anticristos, caso o dia do retorno de Cristo tivesse chegado durante o tempo de suas vidas terrenas.

Jesus, então, diz: Pois a vinda do Filho do Homem será exatamente como os dias de Noé. Aqueles que lerem e entenderem os sinais saberão que Jesus está às portas, assim como Noé sabia que o julgamento estava próximo. Todo aquele que não lê os sinais que Jesus deu será como todos os que não subiram à arca durante os dias de Noé.

Naqueles dias antes do dilúvio, a maioria das pessoas ignorava o sinal dado por Noé. Eles continuavam vivendo a vida como se nada estivesse aconecendo, comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento - atividades nas quais as pessoas se envolvem quando têm uma visão otimista do futuro. E isso continuou até o dia em que Noé entrou na arca. Os ímpios dos dias de Noé não entenderam, até que o dilúvio veio e os levou a todos. Ver os sinais não mudou em nada sua atitude. Eles não os entenderam, por isso não agiram.

Jesus fez um paralelo dessa falta de compreensão com o que ocorrerá no fim dos tempos. Como foi nos dias de Noé, assim será na vinda do Filho do Homem. Os ímpios, durante o fim dos tempos, também não entenderão ou darão ouvidos aos sinais. Eles não se arrependerão e, assim, serão julgados.

Jesus, logo a seguir, descreve como as pessoas serão levadas no dia do julgamento:  “Então haverá dois homens no campo; um será levado e um será deixado.” Da mesma forma, “duas mulheres estarão moendo no moinho; uma será levada e uma será deixada.”

Isso vai acontecer de repente. Para os ímpios que perdem esses sinais que vêm ocorrendo e que sinalizam o fim dos tempos e a vinda do Filho do Homem, tudo isso acontecerá como que sem aviso prévio. As pessoas estarão preocupadas com suas tarefas diárias quando o julgamento chegar e, por isso, serão pegas completamente de surpresa.

Jesus comparou a vinda do Filho do Homem como os dias de Noé. Uma vez que foi aos ímpios que o dilúvio levou embora no tempo de Noé, parece razoável interpretar, neste caso que, quando o Filho do Homem vier, serão os ímpios (não os justos) os que serão levados. Apoiando essa interpretação está o fato de que o mesmo verbo grego traduzido como "tomou" no versículo 39 em relação aos dias de Noé, é o mesmo verbo usado nos versículos 40 e 41 para "será tomado" em relação à vinda do Filho do Homem. Todos as três referências são o verbo grego "airow".

Como nos tempos de Noé, alguns foram julgados e alguns permaneceram. Jesus não acrescentou detalhes sobre esse evento, como isso ocorrerá, o mecanismo usado para fazê-lo acontecer ou para onde os ímpios irão. Jesus descreveu algo semelhante em Sua explicação da Parábola do Trigo e do Joio (Mateus 13:46-43). O joio é colhido e lançado ao fogo (Mateus 13:40), deixando o trigo, a quem Jesus identificou como "filhos do Reino" (Mateus 13:38).

É possível que os ímpios sejam ser arrebatados (apanhados) e levados diretamente ao julgamento. Em vez de serem levados ao céu, eles podem ser levados para a prisão, como no incidente da terra que se abre e engole os sacerdotes desobedientes no Antigo Testamento (Números 16:25-35) ou no lançamento da besta e do falso profeta ao lago de fogo (Apocalipse 19:20).

2 Pedro 3:3-9 comenta sobre o ensino de Jesus nesta passagem. Pedro, possivelmente lembrando o que Jesus havia dito no Monte das Oliveiras, escreve em sua segunda epístola algo muito semelhante ao que Jesus havia dito sobre Seu retorno e os dias de Noé. Pedro escreve que, nos últimos dias, pessoas zombariam dos fiéis (2 Pedro 3:3). Eles alegarão que Jesus não vai voltar e que Suas promessas são falsas. Eles serão julgados por zombarem de Deus, não pelo dilúvio, mas pelo fogo (2 Pedro 3:7).

Pedro encoraja seus leitores a não desanimarem, não importa quanto tempo demore até que o Filho do Homem retorne: "Com o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos é como um dia" (2 Pedro 3:8). Ele também lembra seus leitores sobre as oportunidades que Sua “demora” dá para que mais pessoas se arrependam e recebam misericórdia (2 Pedro 3:9).

Depois de sua traição e restauração, Pedro parece ter entendido o que Jesus lhe havia ensinado durante o tempo que passaram juntos. E ele se esforçou para ser fiel, mesmo diante da perda, rejeição ou morte.

Jesus respondeu às três perguntas dos discípulos (Mateus 24:3) na ordem inversa.

Suas perguntas, juntamente com Suas respostas, seguem:

Pergunta 1: "Quando essas coisas acontecerão?"

Resposta de Jesus: Essas coisas acontecerão dentro da geração que vir os sinais que descrevi (Mateus 24:34). Porém, ninguém, além de Deus, sabe de antemão quando será o dia ou a hora de Seu retorno (Mateus 24:36).

Pergunta 2: "Qual será o sinal da Sua vinda?"

Resposta de Jesus: Vocês não precisarão de um sinal. Quando o Filho do Homem retornar, será algo inequivocamente evidente (Mateus 24:27). Mas Ele deu três eventos precursores para sinalizar a Sua vinda, para que eles soubessem quando o tempo chegasse. Os eventos são a Abominação da Desolação (Mateus 24:15); a Grande Tribulação (Mateus 24:21); e o escurecimento do sol, da lua e das estrelas (Mateus 24:29).

Pergunta 3: "Qual será o sinal do fim dos tempos?"

Resposta de Jesus: O sinal de que o fim dos tempos está pronto para vir é que o Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho às nações (Mateus 24:14). Isso ocorrerá após o aumento das dores de parto, como guerras internacionais e desastres naturais (Mateus 24:7); perseguições (Mateus 24:9-10); e uma desintegração da sociedade pela iniquidade (Mateus 24:12).

Ao longo de Suas respostas, Jesus repetidamente adverte Seus discípulos a não serem enganados pelos muitos falsos profetas e falsos Messias (Mateus 24:4-5; 24:11; 24:23-26).

Depois de responder às três perguntas dos discípulos, Jesus lhes admoesta a estarem prontos e permanecerem fiéis (Mateus 24:43-51). Esta admoestação foi seguida por três parábolas: "A Parábola das Madrinhas de Casamento" (Mateus 25:1-13); "A Parábola dos Talentos" (Mateus 25:14-30); e "A Parábola das Ovelhas e dos Bodes" (Mateus 25:31-46).

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