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Significado de Mateus 24:42-51
Os relatos paralelos do Evangelho quanto a este ensino são encontrados em Marcos 13:33 e Lucas 21:36.
Quando Jesus deixou o templo em Jerusalém, ao qual Ele sua demolição, Seus discípulos fizeram a Ele três perguntas a respeito daquela predição e do fim dos tempos (Mateus 24:3). Ele respondeu às perguntas deles em ordem inversa, com o templo em vista, enquanto estavam sentados no Monte das Oliveiras (Marcos 13:3).
A primeira pergunta dos discípulos foi: "Quando essas coisas acontecerão?"
Jesus respondeu a esta pergunta por último. Sua resposta foi: Essas coisas acontecerão dentro de uma geração dos sinais que Eu descrevi (Mateus 24:34), mas ninguém além de Deus Pai sabe de antemão o dia ou a hora do Meu retorno (Mateus 24:36).
A segunda pergunta dos discípulos foi: "Qual será o sinal da sua vinda?"
Jesus respondeu a esta pergunta em segundo lugar. Sua resposta foi: Vocês não precisarão de um sinal. Quando o Filho do Homem retornar, será algo inequivocamente evidente (Mateus 24:27). Mas, Ele apresentou três eventos precursores para sinalizar a Sua vinda, para que eles soubessem quando o tempo estivesse próximo. Esses eventos eram: a Abominação da Desolação (Mateus 24:15); a Grande Tribulação (Mateus 24:21); e o escurecimento do sol, da lua e das estrelas (Mateus 24:29).
A terceira pergunta dos discípulos foi: "Qual será o sinal do fim dos tempos?"
Jesus respondeu a essa pergunta primeiro. Sua resposta foi: O sinal de que o fim dos tempos está próximo é que o Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho às nações (Mateus 24:14). Isso ocorrerá após o aumento das dores de parto, como guerras internacionais e desastres naturais (Mateus 24:7); perseguições (Mateus 24:9-10); e uma desintegração da sociedade pela iniquidade (Mateus 24:12).
Ao longo de Suas respostas, Jesus repetidamente adverte Seus discípulos a não serem enganados pelos muitos falsos profetas e falsos Messias (Mateus 24:4-5; 24:11; 24:23-26).
Depois de responder às três perguntas dos discípulos, Jesus lhes admoesta a estarem prontos e permanecerem fiéis (Mateus 24:43-51):
Portanto, estai alertas, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
O motivo da expressão Portanto era para que os discípulos soubessem que, à luz de tudo o que Ele acabara de lhes dizer, eles deveriam aplicar o que estavam prestes a ouvir. O que Ele lhes ordena a seguir, então, é que ficassem em alerta para esses sinais, porque eles não sabiam em que dia o Senhor voltaria. Uma vez que Jesus já havia falado que Seu retorno ocorreria depois que sinais específicos fossem observados, parece que Jesus estava, agora, adicionando outro elemento, a saber, que Ele retornaria nos ares, a fim de reunir os Seus.
Isso é indicado em 1 Tessalonicenses 4:13-18. No texto, Paulo explica que Jesus pode voltar a qualquer momento para receber tanto aos que estão vivos quanto aos que precederam Seu retorno pela morte. Esta aparição parece preceder o Seu retorno no final do período de grande sofrimento chamado por Jesus de Grande Tribulação (Mateus 24:21).
Este retorno de Jesus pode vir a qualquer momento. Os sinais podem começar a qualquer momento. Portanto, os crentes devem estar sempre prontos para o Seu retorno.
E quando nosso Senhor vier, Ele virá como Rei e Juiz. Aqueles que creram em Jesus como Salvador e, portanto, são Seus filhos, devem garantir que estejam prontos para terem suas ações julgadas, o processo que determinará suas recompensas.
Neste ponto, devemos fazer uma pausa e considerar o que isso significa para os crentes. Todo aquele que já creu em Jesus se tornou membro da família eterna de Deus (João 1:11-12). Eles nasceram na família de Deus unicamente pelo dom da graça de Deus com base na fé em Jesus (João 3:14-16; Efésios 2:8-9). Eles têm o dom da vida eterna que não pode ser perdido ou tirado deles (João 10:29, Romanos 11:29). Sua vida com Deus para sempre estará segura (Romanos 8:38-39).
Por que, então, Jesus diz a Seus discípulos para ficarem alertas, uma vez que suas vidas não estão em jogo?
Ele lhes diz para ficarem vigilantes para que não se esquecessem ou deixassem de entender a natureza das provações que sofreriam, levando-os a perder suas recompensas no Reino (Tiago 1:2-4; Romanos 5:1-5). Ele não queria que eles se desanimassem ou se cansassem de fazer o bem, perdendo, assim, sua herança no Reino (Mateus 19:21; Gálatas 6:9; Tiago 1:12; 1 Pedro 4:12-113; 2 Pedro 1:9-10; Apocalipse 21:7).
Jesus deseja que Seus filhos perseverem, para alcançar o prêmio eterno proveniente de agradarem ao Rei (1 Coríntios 9:24-27, Filipenses 3:8, 14). Ele deseja que eles permaneçam até o fim, para que reinem com Ele (Romanos 8:17-18; 2 Timóteo 2:12). Ele não dseja que eles percam suas recompensas no julgamento e sejam salvos no fogo do julgamento (1 Coríntios 3:11-15; Hebreus 10:35-36). Ele deseja não apenas que Seus discípulos recebam o dom da vida eterna, mas também que alcancem a experiência da vida eterna como recompensa (Romanos 2:7).
Esta foi a mensagem do Evangelho de Jesus sobre o Seu Reino desde o início do Seu ministério (Mateus 4:17; 6:1; 6:33; 7:13-14; 8:11-12; 10:32-33; 10:37-39; 13:24-30, 37-43; 13:44; 13:45-46; 13:47-50; 19:16-26; 19:27-30; 20:1-16; 20:25-28; 22:2-14)
Depois de Sua admoestação para estarem alertas porque eles não sabem em que dia seu Senhor virá, Jesus compara Sua súbita vinda com o aparecimento repentino de um ladrão no meio da noite:
“Mas, tenha certeza disso, se o chefe da casa soubesse a que horas da noite o ladrão chegaria, ele estaria em alerta e não permitiria que sua casa fosse invadida.”
Assim como o ladrão chega em uma hora desconhecida e inesperada, assim também virá o Filho do Homem. Jesus não quis dizer com isso que Ele estava vindo para roubar alguma coisa. Jesus estava simplesmente dizendo que Ele virá em um momento em que as pessoas não estarão esperando por Ele. É quando os ladrões vêm: quando não são esperados!
Essa comparação pode se aplicar também ao momento em que Jesus virá ao encontro de Seu povo nos ares (ver comentário sobre 1 Tessalonicenses 4:13-18). Também pode se aplicar aos que estão alheios aos sinais, assim como nos dias de Noé (Mateus 24:37-38).
Se o dono da casa soubesse a que horas o ladrão viria, ele estaria alerta e pronto para defender a sua casa da invasão e ter seus bens levados. Ele trancaria as portas, guardaria suas coisas e estaria vigilante para resistir ao ladrão.
Jesus reiterou este ponto importante: “Por esta razão, vocês também devem estar prontos; pois o Filho do Homem virá em uma hora em que vocês não acharem que Ele o fará.”
A maneira como permanecemos prontos para o retorno do Filho do Homem é viver nossas vidas todos os dias de tal forma que não nos envergonhemos em Sua vinda. Como Paulo disse aos crentes de Corinto: "Portanto, também nós temos como nossa ambição, seja em casa ou ausente, ser agradáveis a Ele" (2 Coríntios 5:9).
Lucas registrou uma versão estendida da exortação de Jesus:
"Estai em guarda, para que vossos corações não sejam sobrecarregados com a dissipação, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não venha sobre vocês de repente como uma armadilha; porque virá sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Mas mantenham-se sempre alertas, orando para que tenhais forças para escapar de todas essas coisas que estão prestes a acontecer e para estar diante do Filho do Homem." (Lucas 21:34-36).
Observe que a razão pela qual Jesus lhes falou sobre essas coisas não era para que evitassem as provações, mas para que tivessem força para suportá-las e sofrê-las bem, para que não se envergonhassem em Sua vinda. Ele não queria que os discípulos se distraíssem ou estivessem bêbados com os prazeres ou medos desta terra.
Novamente, Pedro compartilha sua visão apostólica sobre o que Jesus estava dizendo em sua segunda carta (ou epístola): "Mas o dia do Senhor virá como um ladrão, no qual os céus passarão com um rugido e os elementos serão destruídos com calor intenso, e a terra e suas obras serão queimadas" (2 Pedro 3:10). A aplicação desta passagem por Pedro foi para que seus leitores "fossem diligentes para serem encontrados por Ele em paz, imaculados e irrepreensíveis" enquanto "esperavam que estas coisas" acontecessem (2 Pedro 3:14).
A ilustração de Jesus sobre o ladrão também é semelhante ao que Ele ensinou a Seus discípulos no Sermão da Montanha, quando os aconselhou a não acumularem tesouros para si mesmos na terra, onde a traça, a ferrugem e os ladrões poderiam roubá-los, mas a acumularem tesouros imperecíveis e eternamente seguros no céu (Mateus 6:19-21). Em ambas as ilustrações, Jesus ensina Seus discípulos a tirar o máximo proveito da vida. No Sermão da Montanha, Ele os ensina a buscar recompensas Dele. Estas são recompensas que vão durar. As recompensas do mundo vão desaparecer.
Aqui, no Monte das Oliveiras, Ele os ensina a permanecerem vigilantes para que não percam as recompensas que alcançaram.
A admoestação de Jesus para estarem vigilantes para Seu retorno foi seguida por quatro parábolas:
Todas essas quatro parábolas provavelmente foram compartilhadas para ajudar os discípulos a se lembrar, processar e aplicar o que Jesus estava ensinando sobre Sua vinda e o fim dos tempos.