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Significado de Mateus 7:28-29
A narração de Mateus retorna logo após a fala de Jesus. A primeira coisa que Mateus deixa evidente é que Tendo terminado Jesus este discurso, as multidões admiravam-se do Seu ensino. No início do sermão de Jesus, Mateus deixa claro que Ele falava com Seus discípulos no monte (Mateus 5:1). A palavra traduzida como Multidões é “ochlos” e significa um ajuntamento de pessoas. Mateus usa ochlos em Mateus 9:23 que diz:
“Quando Jesus chegou à casa do chefe da sinagoga, vendo os tocadores de flauta e a multidão em alvoroço...”
Neste versículo, fica claro que a “multidão” se refere a um ajuntamento dentro dos limites da casa. Quando Mateus diz Jesus estava ensinando as multidões, ele certamente está se referindo ao grupo de discípulos que ouvia Jesus no monte. Após descerem de lá, eles são encontrados por uma “grande multidão” (Mateus 8:1). Mateus adiciona o adjetivo “grande” como uma distinção ao grupo menor de discípulos que haviam seguido a Jesus ao monte para ouvir Seu sermão. É interessante notar que os discípulos que fizeram o esforço de seguir Jesus foram os únicos a serem grandemente abençoados por Seus ensinamentos maravilhosos.
Excepcionalmente, o que levou as multidões (discípulos) a ficarem maravilhadas não foi a incrível mensagem sobre o Reino de Deus que Jesus acabara de se referi. Os ensinamentos apresentados por Jesus eram consistentes com as Leis dadas por Moisés. Eles sabiam que deveriam seguir os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17; Deuteronômio 5:1-21). Eles sabiam que deveriam amar a seu próximo (Levítico 19:18). Eles sabiam a respeito dos dois caminhos que levavam ou à vida ou à morte (Deuteronômio 30:15-20). Os ensinamentos de Jesus não eram novidades. As coisas que Jesus estava ensinando eram as mesmas que Moisés havia ensinado. O que os maravilhou foi Sua autoridade. Ele confrontava a hipocrisia dos que apenas seguiam a lei de forma externa e o fazia com muita autoridade. Ele repreendeu as pessoas por não viverem de forma consistente com as leis que Moisés havia dado.
As multidões ficaram maravilhadas pela forma como Jesus comunicava a mensagem. Mateus registra: Ele ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas. O público não estava maravilhado com a Sua capacidade de falar, mas com Sua autoridade.
Sempre que os escribas ensinavam, eles apelavam à maior autoridade possível como evidência do que diziam. Na tradição dos rabinos, os pensamentos de um mestre não eram maiores que sua autoridade. Os rabinos normalmente apresentavam longas listas de outros mestres para embasar o que ensinavam. “Aprendi esta mensagem com o rabino fulano, aluno do rabino cicrano, discípulo do rabino beltrano...”, e assim por diante.
Durante todo o Seu sermão, Jesus apela à maior autoridade existente, Ele mesmo. Todas as vezes (14 no total) que Ele afirma “Eu vos digo…”, aquilo era um tapa teológico na cara dos judeus. Era isso, mais que qualquer uma das mensagens radicais ensinadas por Ele, que maravilhava as multidões. Mateus destaca o espanto das multidões como forma de simpatizar com a admiração de seus leitores, como se ele próprio estivesse perplexo e admirado com eles: “Sim, Ele disse ISSO!”
O fato de Jesus ter sido totalmente homem deve nos levar a ficar maravilhados também.