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Significado de Números 11:26-30
Aconteceu que dois homens permaneceram no acampamento (v. 26) em vez de irem à porta do tabernáculo como os outros anciãos (v. 24). Descobriu-se que o nome de um era Eldade e o nome do outro Medade. Não se sabe por que esses dois homens não se juntaram aos outros anciãos no tabernáculo. Apesar de não estarem lá, o Espírito repousou sobre eles também. Esses dois eram realmente parte dos "setenta" porque estavam entre os que haviam sido chamados - eles simplesmente não haviam ido à tenda como os outros sessenta e oito. Como os outros, eles profetizaram no acampamento, apesar de não estarem no tabernáculo junto aos outros.
O significado disso foi que a descida do Espírito Santo sobre os setenta homens foi um ato do Senhor, não de Moisés. Se todos os setenta tivessem profetizado na presença de Moisés, alguns poderiam ter interpretado isso como obra de Moisés. Esta foi uma demonstração clara da ação de Deus em Seu povo.
Enquanto os dois homens no acampamento profetizavam, um jovem correu e disse a Moisés: "Eldade e Medade estão profetizando no acampamento" (v. 27). Este jovem não teve seu nome divulgado, mas pode ter sido Josué, filho de Num (v. 28). Este era o mesmo Josué, assistente de Moisés, desde sua juventude (Êxodo 24:13, 33:11). Josué relatou a seu mestre: "Meu senhor, proíbe-lho”. Josué aparentemente pensou que Eldade e Medade não estavam autorizados a profetizar por não estarem no tabernáculo com Moisés e os outros anciãos. Ele também pode ter pensado que suas profecias fossem uma ameaça à autoridade de Moisés. Josué se dedicava a proteger a seu mestre.
Provavelmente de forma gentil, Moisés lhe disse: "Tens tu ciúmes por mim?” (v. 29). A palavra "ciúme" em hebraico é "qānā". No entanto, em certos contextos, pode significar "zeloso". Não sabemos em que sentido Josué foi "zeloso", mas ele poderia estar preocupado com a reputação de Moisés ser comprometida. Josué também podia pensar que os dois homens no acampamento haviam se envolvido em "profetizar" sem a autorização de Moisés, o que pode seria um desafio à autoridade de seu mestre. Tal desafio ocorre no capítulo 12.
Moisés responde de maneira a mostrar que ele não estava preocupado com sua autoridade. Moisés entendia que Deus era a verdadeira autoridade. Ao testemunhar o efeito do Espírito Santo sobre os outros homens, Moisés diz: Quem dera que todo o povo de Jeová fossem profetas (v. 29). O que ele viu o convenceu de que o povo de Israel estaria muito melhor se o Espírito (em hebraico, "ruah") viesse sobre todos.
Isso ilustra a humildade de Moisés. O capítulo seguinte nos mostrará que Moisés era o homem mais humilde de toda a terra (Números 11:3). Humildade é a capacidade de ver as coisas como elas são. Moisés percebia a realidade de que Deus era a autoridade sobre Israel e, portanto, ele não era seu protetor. Ele simplesmente via sua posição como uma questão de mordomia. Moisés não abusava de seu poder para enriquecer-se, nem para elevar-se. Em vez disso, ele servia fielmente no papel para o qual Deus o havia designado, ou seja, conduzir a Seu povo para fora da escravidão.
Após a investidura do Espírito Santo sobre os setenta homens, Moisés retornou ao acampamento, tanto ele quanto os anciãos de Israel (v. 30).
No Antigo Testamento, apenas certas pessoas eram ungidas com o Espírito Santo, como profetas, sacerdotes, reis e alguns outros. Essa unção era para um serviço especial e, às vezes, ia e vinha, como no caso de Saul (1 Samuel 16:14). No Novo Testamento, todos aqueles que crêem em Jesus para a vida eterna passam a ser habitação do Espírito Santo (Romanos 5:5, 8:15; 2 Coríntios 1:22; 2 Timóteo 1:14).