AaSelect font sizeSet to dark mode
AaSelect font sizeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.
Significado de Obadias 1:17-21
O livro de Obadias encerra com uma nota positiva para o povo da aliança de Deus. O profeta descreve a restauração de Israel no dia do Senhor. Deus destruirá a Edom em Sua ira (vv. 15-16) e restaurará a Israel. Assim, no Monte Sião haverá aqueles que escaparão, e será santo. O Monte Sião é usado aqui como sinônimo de Jerusalém (por exemplo, 2 Samuel 5:7; Zefenias 3:14).
O Monte Sião ficava na parte sudeste da cidade de Jerusalém, no reino meridional de Judá. Era o lugar onde Davi residia. Diz-se que Deus habitava no Monte Sião porque era a sede da autoridade em Israel (Isaías 8:18). Representava o lugar onde Deus vivia entre o Seu povo.
A frase “no Monte Sião haverá aqueles que escaparão” pode se referir à sobrevivência do povo de Israel na tribulação. Ser santo pode se referir a um tempo futuro em que o templo seria restaurado em Jerusalém e o Messias se assentaria no trono de Israel. Isso é profetizado em Ezequiel 40-44 e Zacarias 14:9-21.
Embora Edom tenha entrado pela porta de Jerusalém e "saqueado suas riquezas" (v. 13), a cidade seria santa novamente no fim dos tempos (Zacarias 14:20-21). Naqueles dias, a casa de Jacó possuirá seus bens. O fato de Israel possuir novamente suas riquezas parece significar que eles seriam restaurados à sua terra e habitariam em segurança (Romanos 11:26). Em última análise, haverá uma Nova Jerusalém onde o próprio Jesus é o templo e onde a justiça habita (Apocalipse 21:22:2 Pedro 3:13).
Assim, a casa de Jacó será um fogo e a casa de José uma chama. A frase “casa de José” provavelmente represente o reino do norte de Israel com as dez tribos. A tribo dominante do norte era Efraim, descendente de José. A “casa de Jacó” pode se referir ao reino meridional de Judá ou a todo Israel. Em ambos os casos, isso pode apontar para um tempo em que Israel e Judá seriam reunidos outra vez (Oséias 1:11). Isso é afirmado em Apocalipse 7, onde representantes de todas as tribos, exceto Dã, estão presentes no fim dos tempos. No entanto, também pode indicar um momento em que Judá e Israel estariam em aliança contra Edom.
O termo “fogo” denota uma manifestação física de destruição, enquanto o termo “chama” se refere à parte gasosa do fogo, visível aos olhos humanos (Joel 1:19; 2:3). O SENHOR usa esses termos aqui simbolicamente para retratar Seu julgamento sobre Edom (Amós 1:4, 7, 10, 12, 14; 2:2, 5). Quando o fogo queima em um campo, geralmente ele o deixa estéril e desolado. Da mesma forma, Deus usará os sobreviventes de Israel e Judá como Seu instrumento de juízo para destruir a terra de Edom. Como resultado, a casa de Esaú será como restolho.
O termo “restolho” refere-se aos talos cortados das plantas deixadas nos campos após a colheita dos grãos. Uma vez que queimavam rapidamente, são usados aqui para retratar a destruição dos edomitas. Israel e Judá os incendiarão e os consumirão, para que não haja sobreviventes da casa de Esaú. Sua destruição seria completa e definitiva, pois o Senhor falou. Se isso apontar para um tempo em que o reino do norte de Israel e o reino do sul de Judá estarão em aliança contra Edom, isso significa que a morte de Edom ocorreria através deles antes da queda de Israel em 722 a.C. Se o texto estiver falando de um evento do fim dos tempos, quando Israel será unido e restaurado, então isso pode ocorrer nas batalhas do fim dos tempos. (Como sempre acontece com a profecia bíblica, pode ser ambas as possibilidades).
No futuro (até o momento em que este artigo foi escrito), quando o Deus Susserano restaurar a Israel e Judá, eles recuperarão os territórios que um dia pertenceram a eles. A repartição será a seguinte: os do Neguebe, isto é, os israelitas no sul, possuirão a montanha de Esaú que pertencera a Edom. E os da Sefarade (literalmente, "encostas") se mudarão para a planície filistéia, que se refere às planícies costeiras no oeste. Alguns grupos sem nome (talvez o remanescente das tribos do norte) possuirão o território de Efraim e o território de Samaria. (Por favor, veja os mapas na barra lateral).
O nome “Efraim” é usado para o reino do norte de Israel porque Efraim era a tribo mais proeminente naqueles dias (Oséias 13:1). Samaria era a capital do reino do norte, o que fazia com que o reino do norte às vezes fosse referido como Samaria (1 Reis 16:24-29; Amós 4:1). Aqueles que viviam em Benjamim possuirão Gileade, uma região montanhosa a leste do rio Jordão (Deuteronômio 3:13). Benjamim era uma das duas tribos que compunham o reino de Judá (junto com a tribo de Judá).
Finalmente, os exilados dos filhos de Israel, que estão entre os cananeus até Sarepta, e os exilados de Jerusalém que estão em Sefarade possuirão as cidades do Neguebe.
Sarepta era uma antiga cidade localizada na estrada costeira entre Tiro e Sidon, na Fenícia. Foi o lugar onde a viúva alimentou ao profeta Elias (1 Reis 17:1-9). A identidade de Sefarade é desconhecida. Há quem pense que é a Espanha. Outros pensam ser Sardes, no oeste da Ásia Menor. De qualquer forma, o texto nos diz que aqueles que estiverem nesta região se estabeleceriam ao sul de Israel.
Quando o SENHOR restaurar ao Seu povo da aliança, os libertadores subirão ao Monte Sião para julgar o monte de Esaú. O termo “libertar” provavelmente se refira aos exilados que retornariam do reino meridional de Judá. O Monte Sião é usado novamente como sinônimo de Jerusalém. Ou seja, os libertadores de Jerusalém governariam a terra que havia pertencido a Edom e o reino será do Senhor. Um dia, Deus derrotará a todos os Seus adversários, restaurará ao Seu povo da aliança e estabelecerá Seu reino universal.
A profecia de Obadias apresenta os atos de julgamento e restauração do SENHOR no Dia do SENHOR. Deus julgará a Edom e todas as nações gentias por sua desobediência e rebelião. Porém, Ele restaurará a Israel e Judá. Essa profecia servia para confortar ao povo de Judá, lembrando-o do amor e da aliança de Deus com eles. Assim, trazia esperança para Judá. Esta esperança está disponível a todos os que hoje depositam sua confiança em Jesus Cristo. Quando aceitamos a Jesus, Deus nos adota em Sua família (Efésios 1:5). Como tal, "não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher" (Gálatas 3:28). Somos todos um só Corpo em Cristo.