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Significado de Filipenses 4:4-7
Paulo, agora, se volta a outro tema da carta, dizendo: Alegrai-vos sempre no Senhor, mais uma vez direi: alegrai-vos! Esses dois exemplos de "alegrar-se" marcam a sétima e a oitava vez que Paulo usa o termo "alegrar-se". Paulo estava preso. Ele esperava por mais dificuldades. Ele exorta os crentes em Filipos a escolher o mesmo caminho que ele, que poderia levá-los a severas perseguições também. O que havia para se alegrar?
A insistência de Paulo em se alegrar estava diretamente ligada ao tema principal, a escolha de uma "mentalidade" verdadeira e real. Paulo deixa claro que, se enxergarmos a realidade pelo que ela é, seguiremos o mesmo caminho seguido por Jesus, um caminho de obediência radical. Jesus abriu mão de Seu conforto para seguir um caminho de obediência radical, deixando o Céu onde era Deus para vir à terra como ser humano. Por causa de Sua obediência, Seu nome foi exaltado acima de todo nome. Ele ganhou a maior recompensa possível. (Filipenses 2:5-10). Essa mesma oportunidade nos é dada. Por isso, devemos alegrar-nos continuamente.
É claro que, quando Paulo os exorta a se alegrar, ele os estava convidando a tomar uma decisão: "Essas circunstâncias são para o meu bem, portanto, escolherei me alegrar". Quando escolhemos uma mentalidade verdadeira e real, uma mentalidade ancorada na eternidade, isso nos prepara para escolhermos também uma mentalidade de gratidão. Podemos ser gratos por termos recebido a oportunidade única de andar em obediência radical. Podemos ser gratos pela experiência de caminhar em fé e conhecer "o poder de Sua ressurreição e a comunhão de Seus sofrimentos, sendo conformados à Sua morte". (Filipenses 3:10).
Ao fazermos isso, chegamos a "conhecê-Lo" pela fé (Filipenses 3:10). Parece claro que este é o caminho para alcançarmos o "prêmio do chamado" e recebermos as recompensas que Jesus recebeu por Seu serviço fiel. Este é o caminho que nos permite entrar na alegria de nosso Mestre e servir juntos no Reino, em harmonia e serviço na Nova Terra (Filipenses 3:14, Mateus 25:23).
O grande prêmio do nosso chamado é o de reinar com Cristo. O exemplo de Cristo nos mostra que o caminho para reinar é trilhado através da disposição de servirmos ao próximo. Paulo eleva esse princípio, exortando os crentes em Filipos a deixar que seu espírito gentil fosse conhecido por todos os homens. O Senhor está próximo. A palavra traduzida como “gentil” também pode ser traduzida como "moderado", "equitativo", "paciente" ou "justo". É um espírito assertivamente colaborativo. Não é um espírito egoísta que evita o confronto, a fim de obter confortos pessoais. Tampouco é um espírito egoísta que usa a ameaça do confronto para intimidar ou obter vantagem. É um espírito similar ao que Paulo exortou o corpo em Filipos a ter em relação às mulheres em conflito, Evódia e Síntique (v. 2). É um espírito que busca a mentalidade de serviço mútuo. Ele os lembra de que o Senhor estava próximo, porque Paulo vivia na expectativa de que Cristo poderia voltar a qualquer momento e que os crentes deveriam viver com prontidão para aquele dia (1 Tessalonicenses 5:6).
Até agora, na conclusão desta carta, Paulo pede que eles assumissem a responsabilidade de se ajudar uns os outros, sem exigir nada em troca (incluindo resultados particulares). Ele pede que eles escolhessem uma mentalidade de gratidão pelo privilégio que temos de servir a Cristo ao servir uns aos outros. Ele pede para que eles fossem pacientes uns com os outros, reconhecendo que não podiam escolher por eles. Ele pede que eles fizessem tudo isso, ao mesmo tempo em que abraçavam os sofrimentos de Cristo, que sentiu a rejeição do mundo por se recusar a se curvar aos seus caminhos. Isso soava como um estilo de vida que poderia trazer muita preocupação. Paulo, então, diz: Não se preocupem com nada. Paulo esperava que eles fossem capazes de escolher não se preocupar. O apóstolo os convida a escolher uma mentalidade de gratidão e confiança em Deus.
A preocupação é, em sua raiz, uma tentativa de controlar o mundo ao nosso redor. Temos a ilusão de que podemos controlar coisas que, na verdade, estão fora do nosso controle. Paulo nos convida a escolher uma mentalidade verdadeira e reconhecer que Deus é quem está sempre no controle. Assim, em vez de tentar controlar as coisas preocupando-se, Paulo nos diz: Mas, em tudo, por oração e súplica, com ação de graças, que seus pedidos sejam dados a conhecer diante de Deus. Deus está realmente no controle. E Deus sabe o que é melhor para nós. Deus promete fazer com que todas as coisas operem para o nosso bem (Romanos 8:28-29). Assim, Paulo diz: "Levem até Deus o que vocês desejam e sejam gratos por tudo o que ocorrer, sabendo que Ele fará o que é melhor". É bom permitirmos que Deus conheça nossos desejos. Devemos, entretanto, confiar que Ele fará o que é realmente melhor, já que Ele sabe tudo e nós sabemos muito pouco.
Se seguirmos a este conselho, então a paz de Deus, que ultrapassa toda compreensão, guardará nossos corações e nossas mentes em Cristo Jesus. Quando escolhemos a mentalidade de que Deus sabe o que é melhor e fará o que é melhor, nos é prometida a paz de Deus. Quando confiamos, além da nossa compreensão, que Deus é bom e tem nosso melhor interesse no coração, mesmo quando não conseguimos conceber como é que Sua bondade pode acontecer em circunstâncias tão terríveis, obtemos uma paz que ultrapassa toda compreensão. Isso vem da escolha por uma mentalidade verdadeira enraizada no caráter e na natureza de Cristo, arraigada nas realidades eternas da criação. Esta paz de Deus protegerá nossos corações e mentes da ansiedade e da preocupação porque concentrará nosso coração e nossa mente em Cristo Jesus, o Criador do mundo, o sustentador do mundo, Aquele que levará todas as coisas à justiça. Este Jesus prometeu que, se O seguíssemos em obediência radical, Ele nos recompensaria de uma forma a superar qualquer coisa que possa ser imaginada (1 Coríntios 2:9).