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Significado de Salmos 23:4-6
Enquanto os versículos 1-3 se dirigem a Deus indiretamente (na terceira pessoa, "Ele"), os versículos 4-6 se dirigem a Deus diretamente (na segunda pessoa, "Tu"). Isso marca uma transição no Salmo 23. É uma espécie de zoom. A primeira metade é uma declaração geral sobre a proteção e provisão de Deus. Ela aborda a necessária escolha de uma perspectiva tanto em relação às nossas circunstâncias quanto em relação à provisão de Deus, que sobrepassa o que vemos e experimentamos.
A segunda metade do salmo é direcionada à nossa visão do próprio Deus, ou seja, como devemos interagir com o nosso Pastor. As declarações são dirigidas ao próprio Deus.
O salmista inicia desta maneira: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo. Tudo o que foi dito na primeira metade (ver notas sobre o Salmo 23:1-3) é incondicional. Mesmo nas piores circunstâncias, a proteção, a paz e a salvação de Deus são existentes e disponíveis. Isso pode ser visto como um resumo dos três primeiros versos. Não importam as circunstâncias que encontremos, Deus supre a todas as nossas necessidades; temos tudo o que precisamos. Deus nos molda à Sua imagem. Na verdade, qualquer que seja a circunstância em que nos encontremos, ela será o melhor de Deus para nós, ainda que as circunstâncias sejam mais sombrias e nos levem a encarar a morte.
A expressão “sombra da morte” é usada dezoito vezes na Bíblia (metade delas no livro de Jó). É um coloquialismo usado para representar a mais terrível das circunstâncias, o ponto mais perigoso da vida.
O “vale” evoca imagens de restrição, quando estamos cercados por obstáculos, sem saída fácil.
Esses dois termos juntos - vale da sombra da morte - denotam o pior que as circunstâncias têm a nos oferecer.
Davi diz que, ainda que ele caminhe em meio a circunstâncias aterrorizantes, ele não temeria a mal algum. Por que? Porque o Pastor da paz estava com ele: Porque Tu estás comigo. A presença de Deus é a fonte de conforto, não importam as circunstâncias. A provisão de Deus fará com que todas as coisas cooperem para o nosso bem. Esse bem significa moldar-nos à Sua imagem. Não importam quão ruins ou terríveis estejam as condições ao nosso redor, o propósito redentor de Deus estará sempre em ação. Deus estará sempre nos conformando à Sua imagem, produzindo uma glória eterna que não acabará. A questão é: conseguiremos ver isso como uma realidade e escolheremos não temer mal algum?
A “sombra da morte” representa uma realidade circunstancial. Às vezes, as coisas são difíceis, até mesmo trágicas. Porém, o medo do mal é uma escolha. O salmo de Davi delineia isso. Ele podia experimentar o vale, mas não deixaria que as circunstâncias o levassem a temer o mal. A circunstância trágica - é importante enfatizar - não é o mal em si. Só somos tentados a temer o mal quando sentimos que não estamos mais no controle, ou quando não entendemos ou não desejamos passar por dificuldades. Mesmo dentro dessas realidades, Deus está lá. Tu estás comigo. Escolher essa perspectiva contra o medo do mal é (como lemos no livro de Jó) um ato de adoração. É um reconhecimento e uma certeza de que o Senhor é nosso Pastor e Ele nos guiará em direção a algo que trabalharpa para o nosso bem.
A presença de Deus é o grande poder, o grande conforto, a grande fonte de paz e descanso. Davi reforça isso dizendo: A Tua vara e o Teu cajado me consolam. As circunstâncias podiam ser terríveis, mas Davi sempre era confortado pelo conhecimento de que Deus estaria lá. Ele estava moldando todas as coisas para o seu bem, mesmo que isso estivesse além da sua compreensão.
A vara é frequentemente usada nas Escrituras para ilustrar uma ferramenta de correção (ver Êxodo 21:20, 2 Samuel 7:14 e Provérbios 22:15, 29:15 como alguns exemplos). Curiosamente, a palavra “vara” (em hebraico, "sebet") é mesma palavra para “ramo” (ou tribo), usada na descrição das doze tribos de Israel. Assim, a “vara” é uma ferramenta orientadora, corretiva e organizadora nas escrituras hebraicas.
O cajado era frequentemente usado para significar apoio, suporte, como uma bengala (2 Reis 18:21, Zacarias 8:4).
Assim, a vara da correção e o cajado de apoio são usados aqui como meios de orientação. A vara nos direciona para onde ir e onde evitar; o cajado nos sustenta quando os problemas dificultam nosso caminhar. Ambos são fontes de conforto no vale da sombra da morte, em circunstâncias de tragédia, confusão e dor. Tanto a vara quanto o cajado são instrumentos de Deus. Eles são uma extensão de Sua presença. Tu estás comigo. Não importam as circunstâncias, a presença de Deus é sempre um conforto quando escolhemos a mentalidade adequada. Não apenas em um sentido metafísico, mas em um sentido prático - a vara e o cajado de Deus nos guiam, apoiam e confortam, mostrando-nos o caminho. Este salmo nos orienta a escolher a perspectiva que nos conduza a este lugar de consolo. Quando escolhemos confiar em nossa própria "inteligência de ovelha", estaremos perdidos e vulneráveis.
A palavra “consolo” no hebraico é "naham", que também pode significar "consolação" ou "facilidade". Deus não elimina as circunstâncias, mas através de Sua presença a dor passa de insuportável para administrável. Sua presença é consolo. Tu estás comigo. A total confiança de Davi na bondade de Deus lhe permitia ver além dos grandes vales das circunstâncias da vida. Ele sabia que havia algo maior em ação, algo que se estendia além desta vida. Esta é uma grande fonte de consolo: sabemos que todas as coisas podem ser moldadas por Deus para resultar em bem.
O versículo 5 elabora sobre a bondade de Deus e os métodos de Seu consolo: Diante de mim preparas uma mesa na presença dos meus inimigos. Preparar uma mesa é algo bastante simples. Uma das razões pelas quais este salmo é tão popular é por causa de suas imagens claras e vívidas. As metáforas são óbias e facilmente compreensíveis. Neste caso, o salmista diz que Deus lhe prepara uma refeição para a qual ele é o convidado de honra. Ele prepara a mesa para Seu servo. Esta refeição é preparada no vale da sombra da morte.
Comer uma refeição é um exercício de intimidade, é algo familiar e relacional. Talvez seja a atividade mais relacional da qual os seres humanos participam - e é provavelmente por isso que Jesus fala de Si mesmo como o Pão da Vida e usa a última ceia como uma mensagem a Seus discípulos. É por isso que Jesus nos diz que a maneira de comprar o que queremos Dele, todo o tesouro que desejamos, é ouvir Sua voz e convidá-Lo a cear com Ele (Apocalipse 3:18-20). É por isso que os cristãos praticam a comunhão, uma parte relevante da refeição da Páscoa e uma disciplina familiar à história da igreja, como a prática de orar antes de comer. Há algo muito sagrado em comer juntos. A imagem aqui é de Deus preparando uma refeição e sentando-se para ter uma refeição íntima na presença das circunstâncias sombrias, na própria presença de inimigos.
Além disso, a palavra “preparar” é um verbo no tempo presente. Ou seja, não é algo passado ou futuro: é agora. Em outras palavras, é algo feito continuamente ao enfrentarmos nossos inimigos.
A palavra “diante” na frase é a palavra hebraica "panim", que literalmente significa “rosto”. É usada para se referir à fisionomia de uma pessoa, alguém a quem se encara diretamente (a mesma palavra é usada em Êxodo 20:3: "Não terás outros deuses diante de mim", o que significa que não devemos encarar outro deus que não seja o Senhor). O Senhor prepara a mesa na presença dos inimigos, porém na presença de Davi, face a face com ele. Davi não temia o mal por causa da presença íntima e da provisão de Deus, enraizada na escolha de sua perspectiva e em sua confiança no caráter e na essência de Deus como um Pastor benevolente, que buscava o melhor para Seu servo.
A frase “na presença dos meus inimigos” remete à sombra da morte no versículo 4. A palavra “inimigos” aqui é "sarar", podendo significar “angústia, aflição, vexame, vergonha”, etc. A raiz da palavra significa "cãibra". Portanto, a palavra é usada para aquelas coisas que nos sufocam. Os inimigos aqui são definidos como aquelas coisas que ameaçam sufocar a nossa vida. Na presença dessas forças, Deus prepara uma mesa para nos dar esperança e vida, mesmo em meio à ameaça da mais terrível das circunstâncias, ou do mais formidável dos adversários. Mesmo diante da morte.
Deus, de acordo com o cântico de Davi, não remove a aflição/inimigo/angústia. Ele prepara uma mesa em sua presença e permanece lá. Deus certamente é capaz de mover as circunstâncias, mas este salmo fala sobre Seu incrível poder de consolar, mesmo em meio à dificuldade. O salmo antecipa que o propósito de Deus para nós não é remover as dificuldades, mas nos cuidar dentro dela. Ao fazer isso, Deus nos molda à Sua imagem (Romanos 8:28-29).
Em seguida, Davi fala sobre o efeito desse conforto onipresente de Deus. Unges minha cabeça com óleo. Ungir significa literalmente "engordar". Este era um sinal de favor e prosperidade. Ungir com óleo era um sinal exterior de uma realidade espiritual. Os reis de Israel eram ungidos com óleo, significando seu alto e santo chamado para liderar a nação. A palavra "Cristo" significa "Ungido" e indica o alto e santo chamado de Jesus. A descrição aqui é de um sinal de favor e chamado. Davi foi ungido com óleo como rei pelo profeta Samuel (1 Samuel 16:12-13). Porém, aqui, Davi fala sobre ter sido ungido pelo Senhor, seu Pastor. Esta é uma unção espiritual.
Isso pode refletir o entendimento de Davi sobre sua humanidade e seu chamado a ser um rei-servo, conforme refletido no Salmo 8. O Salmo 8 afirma que os seres humanos foram coroados de glória e honra sobre toda a criação, a fim de silenciar a Satanás, o inimigo de Deus. Um quadro mais completo aqui é a elevação dos seres humanos por Deus ao seu devido lugar de governo como servos-líderes sobre a criação diante do vale da sombra da morte (Hebreus 2:6-9).
Davi continua: Meu cálice transborda. Outra metáfora simples sobre a abundância. O “cálice” representava a vida. O “cálice” é um canal de bênção, como nós devemos ser. Ele torna-se útil/significativo apenas por aquilo que o preenche. A unção significa estar cheios da presença de Deus. A palavra “transbordar” (em hebraico, "rvaya") só aparece duas vezes em todas as Escrituras. Aqui e no Salmo 66:12, onde é traduzida como "rico". A mensagem é clara: mesmo na presença da angústia, sob a coação dos inimigos, nas dificuldades tão grandes quanto o vale da sombra da morte, temos abundância, porque temos o Senhor como nosso Pastor.
A presença e provisão de Deus são o nosso consolo em todas as circunstâncias. Deus tem um plano para todas as coisas e redimirá a todas as coisas, até mesmo o sofrimento. Ele fará com que todas as coisas cooperem para o nosso bem, para nos conformar à imagem de Seu Filho (Romanos 8:28-29). Ele redimirá a todas as coisas e, através do sofrimento da morte, levará muitos filhos à glória (Hebreus 2:10).
A conclusão do Salmo 23 é o versículo 6. Ele funciona como uma espécie de fechamento e bênção. Ele se inicia com uma “certeza”, uma palavra usada para se dar ênfase. O termo destina-se a acentuar uma realidade inerente às palavras que a precederam. Termos como "claro!" ou "com certeza" indicam a mesma coisa que esta palavra pretende transmitir. A sugestão é que, à luz das evidências acima, seria absurdo se chegar a qualquer outra conclusão que não a que se segue.
Eis a conclusão: Certamente a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida. A palavra “seguir” em hebraico é "radap", significando "buscar". O que Davi sugere é que a bondade e a misericórdia do Pastor o perseguiriam. "Radap" significa literalmente "correr atrás." A bondade e a misericórdia seguem a presença de Deus. Elas são como a cauda de um cometa, atraídos gravitacionalmente por sua fonte. É um absurdo buscar a bondade e a misericórdia de Deus sem reconhecer Sua presença. Elas vão apenas onde Ele está.
Se a presença de Deus estava com Davi, ou está conosco, as manifestações da presença de Deus certamente nos seguirão também (o Novo Testamento as chama de frutos). Portanto, temos aqui o quadro completo da perspectiva que Davi escolhe. Ao longo do salmo ele convidando seus cantores a escolher esta mentalidade. A vida é cheia de dificuldades. Há inimigos, há vales. Porém, Davi confiava que o Senhor, como seu Pastor, o levava a tais circunstâncias porque Sua intenção era demonstrar Sua bondade e misericórdia. A essência deste Salmo é a capacidade de Davi de olhar para qualquer circunstância, não importa quão terrível, e dizer: "Isso tem que ser exatamente o que eu precisava". Esta é uma confiança total na intenção benevolente de Deus em todas as coisas.
Isso traz à mente um versículo escrito por Jeremias cerca de 400 anos depois do rei Davi:
"Eu sei os pensamentos que tenho acerca de vós, diz Jeová, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar um futuro e uma expectação" (Jeremias 29:11).
Esta é uma declaração sobre a intenção benevolente de Deus para com Israel. A declaração é feita em uma circunstância absolutamente terrível. Deus diz a Israel que os babilônicos estava prestes a invadir sua terra e uma grande percentagem de sua população morreria. A maior parte dos que vivessem seria exilada na Babilônia. Porém, mesmo na mais terrível das circunstâncias, Deus tinha uma intenção totalmente benevolente.
A expressão de confiança de Davi na intenção benevolente de Deus era absoluta. Seu uso da imagem do “vale da sombra da morte” e a “presença de seus inimigos” eram descrições categóricas das piores circunstâncias imagináveis. A afirmação de Davi era: "Não importa quão ruins as coisas pareçam estar, Deus ainda está no controle e tem meu melhor interesse em Seu coração".
Assim como a preparação da mesa por Deus, essas consequências da presença de Deus perseguiriam a Davi “todos os dias de sua vida”. Não há fim para a intenção benevolente de Deus para conosco. Ela nunca cessa. Ela não é condicional. Ela é abrangente e eterna.
Já seria incrível se parássemos por aqui. Mas, Davi acrescenta: E habitarei na casa de Jeová por longos dias. Aqui, “longos dias” é a tradução de duas palavras: "orek" e "yom", a primeira significando "comprimento" e a segunda "dias" ("yom" é a mesma palavra usada para “dias” na frase anterior - todos os dias da minha vida). Assim, a duração é “para sempre”. A confiança de Davi na intenção benevolente de Deus se estenderia à plenitude de sua vida na terra. Esta era sua confiança de que Deus teria o melhor interesse no coração por toda a eternidade (hoje e todos os dias).
Isso é digno de nota, uma vez que a Bíblia é clara de que Deus julgará os feitos dos crentes e os responsabilizará pelo que fizeram durante suas vidas na terra (Eclesiastes 12:14; 2 Coríntios 5:10). Uma das aplicações da afirmação de Davi aqui é que, mesmo nesse dia do juízo, a intenção de Deus será benevolente. Faz sentido que Deus queime todos os escombros das nossas vidas, nos preparando para uma eternidade melhor (1 Coríntios 3:11-17). Esse julgamento pelo fogo refinará os crentes e concluirá a nossa conformidade à imagem de Cristo (Romanos 8:29). No entanto, as Escrituras são bastante claras de que é infinitamente melhor sermos conformados à imagem de Cristo através de vivermos pela fé nesta vida (Romanos 8:17, Apocalipse 3:21). Adotar a confiança incondicional de Davi na benevolência de Deus para conosco, não importa a circunstância, é uma ferramenta essencial para vivermos o tipo de vida que produzirá as melhores recompensas de Deus no futuro.
As frases “todos os dias da minha vida” e “para sempre” possuem um claro alinhamento com o nome de Deus usado aqui, "Javé", significando "Existente" (ver notas sobre o Salmo 23:1-3). Deus é eterno. Assim, ser consolado, ungido e pastoreado por Deus nos une a algo que transcende o tempo.
A última das imagens claras aqui é “habitar na casa do Senhor para sempre”. É exatamente o que o texto diz: viver onde Deus vive, estar onde Deus está, em Sua casa. Se habitarmos na casa de Deus para sempre, ela deixará de ser apenas a Sua casa e passará a ser a nossa casa.
Jesus declarou a Seus discípulos:
"Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar; depois que eu for e vos preparar lugar, voltarei e tomar-vos-ei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (João 14:1-3).
Aqueles que crêem em Jesus podem ter total confiança de que habitarão para sempre com Deus na eternidade. Tudo o que é preciso para nascermos de novo é termos fé suficiente para olhar para Jesus, esperando Sua cura. Conforme Jesus afirmou em João 3:14-16, Ele foi colocado em um madeiro (cruz) assim como a serpente de bronze foi colocada no poste no deserto. Quando Moisés ergueu o poste, qualquer um que tivesse fé suficiente para olhar para ele, esperando ser curado, seria curado do veneno venenoso com o qual estavam sendo afligidos.
Da mesma forma, a raça humana é afligida pelo veneno do pecado. O pecado nos de Deus (Romanos 3:23). Jesus, porém, tomou sobre Si todo o nosso pecado. Todo pecado que foi cometido ou será cometido foi pregado na cruz (Colossenses 2:14). Se tivermos fé suficiente para olharmos para Jesus, esperando ser curados, seremos salvos. Deus realmente amou o mundo desta maneira.
Após sermos salvos da separação eterna do pecado, nascemos na família de Deus. Somos, então, predestinados a nos conformarmos à Sua imagem (Romanos 8:29). No entanto, continuamos com a capacidade de fazer escolhas. Podemos escolher em quem confiar. Se confiarmos que o Senhor é nosso Pastor, abraçaremos a qualquer circunstância como "exatamente o que precisávamos". Se fizermos isso, poderemos viver uma vida de total confiança em Deus em todas as coisas. Podemos "lançar sobre Ele todas as nossas ansiedades, porque Ele tem cuidado de nós" (1 Pedro 5:7). Podemos ter a fé de Jó, que aprendeu com muita dificuldade que conhecer a Deus pela fé era a maior de todas as experiências humanas.
Na medida em que deixamos de adotar a perspectiva do Salmo 23, perdemos o grande benefício da vida, ou seja, conhecer a Deus e uns aos outros pela fé. Esta vida é a nossa única oportunidade que temos de conhecer a Deus pela fé. Quando chegarmos ao céu, o conheceremos face a face. Adotar e aplicar a perspectiva que Davi nos mostra no Salmo 23 nos abre uma grande porta e nos guia no caminho para experimentar a maior realização possível nesta vida. Este é um salmo amado que tem proporcionado conforto através dos tempos. Mas, é também uma oportunidade de ação, de escolhermos a perspectiva de confiar em Deus em todas as circunstâncias.