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Significado de Romanos 6:12-14

Já que morremos para o pecado e podemos compartilhar uma nova vida na ressurreição de Cristo, somos capacitados a viver em retidão (a vida harmoniosa projetada por Deus para a humanidade). A advertência de Paulo é simples: não deixe que o pecado continue a guiá-lo. Não o obedeça. Nosso velho eu – nossa natureza pecaminosa – sempre tentará nos arrastar de volta à morte que vivíamos antes de colocarmos nossa fé em Cristo.

A palavra “pois” indica que as afirmações que se seguem estão fundamentalmente ligadas às evidências que a precedem. Antes do “pois”, Paulo explicou laboriosamente como os cristãos podem viver a vida da ressurreição agora que estão mortos para o pecado através da fé na morte e ressurreição de Jesus. Ao fazer isso, Paulo instrui os crentes romanos (cuja fé era anunciada em todo o mundo, Romanos 1:8), bem como refuta as acusações caluniosas contra seus ensinos.

Após o “pois”, Paulo adverte os cristãos romanos contra o retorno aos seus velhos caminhos pecaminosos. A afirmação não reine, pois, o pecado no vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências” (v. 12) implica que ainda é possível para um cristão viver pecaminosamente e obedecer a seus desejos egoístas. É por isso que Paulo continuamente lembra os crentes romanos de que eles tinham uma nova vida em Cristo, que estavam livres de seus velhos caminhos. Além disso, Paulo estava lidando com as caluniosas alegações das autoridades judaicas em Roma, que apresentavam erroneamente seu ensinamento para dizer que pecar era bom porque Deus seria mais glorificado ainda ao perdoar a pessoa. Paulo corrige essa falsa noção ao longo de sua carta aos romanos. Esta carta aos crentes romanos também ajudaria aos parceiros de ministério de Paulo, Áquila e Priscila, que hospedavam uma igreja em sua casa em Roma, a contrapor os argumentos das autoridades judaicas (Romanos 16:3; Atos 18:2, 18, 26).

Sim, Deus sempre perdoará aos nossos pecados, mas isso não significa que devemos pecar ainda mais. Não devemos mais continuar apresentando os membros do nosso corpo ao pecado como instrumentos de injustiça (v. 13) quando podemos desfrutar da nova vida que nos foi dada.

Paulo diz: “Não ofereçais os vossos membros ao pecado, como instrumentos de injustiça, mas oferecei-vos a Deus, como ressuscitados dentre os mortos” (v. 13). Tendo recebido espiritualmente a vida ressurreta em Cristo, os cristãos são chamados a viver como salvos, não como mortos no pecado. Paulo apresenta duas escolhas distintas: viver como um morta cujo corpo é escravo de suas próprias concupiscências e governado pelo pecado, ou apresentar-se a Deus como vivo e seus membros [corpo] como instrumentos de justiça para Deus (v. 13).

Uma vida assim está em harmonia com a maneira como Deus nos fez. Para vivermos em justiça, devemos caminhar pela fé no poder do Espírito. Paulo discute longamente a respeito de andarmos no Espírito no capítulo 8.

No versículo 14, Paulo traz seu argumento de volta: os cristãos não estão mais sob a lei. Eles são justificados pela graça, não pela lei. Eles recebem a graça por meio da fé na morte e ressurreição de Jesus (Efésios 2:8). O pecado ainda continuará no mundo e em nós, mas temos o poder de escolher a qual mestre queremos servir: ao pecado ou a Deus. Paulo não se refere à justificação diante de Deus como status legal; os cristãos são justificados aos olhos de Deus por causa do sacrifício de Cristo em seu favor. Ele colocaram sua fé na morte e ressurreição de Cristo e foram salvos do inferno e da morte. Porém, agora, como crentes, eles precisam escolher constantemente se querem viver em justiça em sua vida diária: Porque o pecado não terá domínio sobre vós; visto que não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça (v. 14).

A escolha é: queremos viver uma vida harmoniosa ou viver na morte que traz injustiça? Esta é a escolha. Esta é a consequência.

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