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Significado de Romanos 9:6-8
Paulo escreve esta carta aos cristãos romanos para combater certas autoridades judaicas em Roma que tentavam arrastar os crentes de volta à Lei Judaica como o único caminho para a justiça.
Veremos no capítulo 16 que a equipe de Paulo em Roma incluía Priscila e Áquila, marido e mulher, com os quais ele havia pregado o Evangelho durante suas viagens missionárias (Romanos 16:3). Parece provável que Priscila e Áquila tenham pedido a ajuda de Paulo, resultando nesta epístola.
Como Paulo deixa claro ao longo da carta, Deus nunca é culpado pelas ações dos homens. Deus não podia ser culpado por Israel ter se afastado Dele: “Porém não é como se a palavra de Deus haja falhado” (v. 6).
Suas promessas não haviam falhado. A resposta humana ao que Deus nos oferece é o que afeta nossas vidas. Muitos israelitas não haviam feito o que seu pai Abraão fez, embora fossem descendentes dele; eles não haviam se comportado como Abraão, um grande homem de fé: “Pois nem todos os que são de Israel são israelitas; 7nem por serem descendência de Abraão são todos filhos” (v. 6,7).
Abraão era o pai dos que cressem (Romanos 4:16). Os judeus que haviam rejeitado a Cristo não haviam seguido o exemplo de Abraão. Eles buscaram a justiça através da Lei, o que inevitavelmente os levou a se colocar sob o pecado. Em vez de buscarem a fé em Deus, que leva à verdadeira justiça, eles seguiram a trilha da futilidade, tentando obter justiça por meio da Lei (Romanos 9:30-32).
Israel, em seu mais alto nível espiritual, não era apenas uma nação ou uma raça. Era uma família espiritual formada pelos que cressem (Romanos 4:16).
Israel, como podemos ver na lista de descrições em Romanos 9:4, deveria ser o exemplo na terra usado por Deus para mostrar os povos como eles deveriam viver. Israel deveria ser uma nação santa, um exemplo ao qual todos pudessem seguir. Deus colocou Israel na seção transversal do mundo. As principais rotas comerciais passavam por Israel: "E vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19:6). Porém, isso não estava acontecendo.
O povo de Israel havia abandonado sua fé em Deus e passado a seguir à Lei como meio de alcançar a justiça. Eles procuravam se justificar, em vez de confiarem em Deus. Seus líderes haviam rejeitado ao Salvador quando Ele veio para viver entre eles em carne: “Isto é, não são filhos de Deus os filhos da carne (descendentes biológicos), mas os filhos da promessa são considerados como descendência” (v 8).
Os descendentes espirituais de Abraão eram os que vivessem pela fé. Oa filhos de Abraão não eram os filhos da carne. Pelo contrário, eram aqueles que criam em Deus, aqueles que eram da fé, filhos da promessa.
Nascer fisicamente na nação de Israel não significava ser espiritualmente filho de Deus. Para ser um descendente espiritual de Abraão (feito justo através de sua fé), a pessoa precisaria viver em fé; a mesma fórmula valia para que alguém fosse reconhecido como filho de Deus (Romanos 8:30). É a isso que Paulo se referia ao citar Gênesis aqui: "os filhos da promessa são considerados como descendência" (v. 8).
Abraão teve dois filhos, Ismael e Isaque. Isaque era o filho da promessa; portanto, foi por meio dele que Deus disse a Abraão que seus descendentes seriam considerados. Da mesma forma, os filhos da promessa seriam aqueles que vivessem pela fé. Isso se aplica a todos os seres humanos. Embora Israel tivesse um lugar muito especial, as bênçãos de Deus não se limitariam aos descendentes biológicos (da carne) de Abração. Ao invés disso, as bênçãos de Deus seriam concedidas aos que eram da fé, aqueles que seguissem ao exemplo de fé de Abraão (Gênesis 15:6; Romanos 4:3).
O próprio Jesus teve uma longa discussão com os israelitas sobre a herança (João 8:37-59). No debate, a multidão afirmava ser filhos de Abraão e filhos de Deus. Jesus lhes diz que se eles realmente fossem filhos de Deus, eles amariam ao Filho de Deus. Em vez disso, eles estavam se comportando como se seu pai fosse Satanás (João 8:43-44).
Aqueles israelitas tinham o Filho de Deus em carne diante deles e, ao invés de abraçarem a Jesus, eles O odiaram. No final de João 8, eles até mesmo tentaram apedrejá-Lo. Aqueles que são de Deus crêem em Sua Palavra e em Suas promessas.
Em todo o Antigo e Novo Testamento, Deus estende Suas mãos a Seu povo. Quando Cristo veio como a figura máxima da intervenção divina, Israel O rejeitou. No entanto, Deus não rejeitou a Seu povo.