Add a bookmarkAdd and edit notesShare this commentary

Significado de Deuteronômio 24:19-22

Moisés pede aos proprietários de campos e pomares que deixem uma parte de sua colheita para o estrangeiro, o órfão e a viúva.

Continuando a questão de como os israelitas deveriam tratar aos desfavorecidos, Moisés volta-se à questão da alimentação. Suas instruções incluem três principais produtos agrícolas no antigo Israel: grãos, azeitonas e uvas.

Começando com os grãos, ele diz ao povo: Quando colherdes vossa colheita em vosso campo e tiverdes esquecido um feixe no campo, não voltareis para buscá-lo (v.19). O feixe referia-se ao grão colhido, cortado e agrupado.

O fazendeiro israelita deveria cortar seus grãos (geralmente, trigo e cevada), mas era proibido de voltar e pegar os feixes deixados para trás. O que restava ou fosse esquecido deveria ser deixado para o estrangeiro, o órfão e a viúva, já que estavam entre os menos afortunados da sociedade israelita (vv.17,18). Ao mesmo tempo em que este ato de generosidade beneficiava aos sem-terra e aos pobres, também rendia resultados positivos para o agricultor. Eles deveriam fazer esse ato de generosidade para que o Senhor, seu Deus, o abençoasse em toda as obras de suas mãos.

O mesmo princípio em relação aos grãos era aplicado em relação à oliveira. Aqui, os fazendeiros não deveriam passar dos ramos novamente (v.20). No antigo Israel, as oliveiras eram essenciais para a produção de azeite. As azeitonas eram escolhidas a dedo, sacudidas ou arrancadas da árvore por uma longa vara. Por lei, os fazendeiros israelitas só podiam passar por cima dos ramos uma vez (os ramos se referem ao ramo principal da árvore). Quaisquer azeitonas que não caíssem da primeira vez deveriam ser deixadas para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva.

Isso também era verdade para as uvas. Os proprietários de terras e os ceifeiros foram instruídos a colher as uvas de sua vinha uma vez (v.21). Eles não podiam passar por cima das uvas e colher os cachos que haviam sido deixados para trás. Mais uma vez, qualquer sobra era deixada para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva.

O motivo por trás de tal tratamento para os destituídos era lembrar a cada israelita que eles já haviam sido escravos na terra do Egito (v.22). Este lembrete motivaria as pessoas a tratar o estrangeiro, órfão e viúva de maneira benevolente.

O Deus Susserano prometia recompensar a Seus vassalos (neste caso, os agricultores israelitas) por sua ação de caridade para com os necessitados, porque tal atitude realmente refletia ao próprio caráter de Deus. De fato, o SENHOR foi quem havia dado a terra a seu povo, fazendo-a produzir frutos em abundância. Assim, compartilhar uma porção de grãos com os mais necessitados não faria com que o povo de Israel sofresse dificuldades econômicas. Pelo contrário, traria maior riqueza e prosperidade. Além disso, deixar uma parte das colheitas para trás lhes permitiria participar das bênçãos da terra que o Deus Susserano (Governante) havia dado a Seu povo.

Vale notar que os pobres mantinham a dignidade do trabalho e de fazer escolhas por si mesmos. Ainda lhes restava colher o que sobrava. Este princípio de "colher" é uma parte central da história de Rute. Ela era pobre e ia aos campos recolher os produtos que sobravam da lavoura, a fim de prover para si mesma e à sua sogra (Rute 2:2-23).

Select Language
AaSelect font sizeDark ModeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.