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Significado de Gálatas 2:15-17

Paulo continua sua repreensão pública e lembra Pedro da verdade do Evangelho. Obedecer à lei não justifica ninguém diante de Deus, somente a fé em Jesus nos justifica diante de Deus. Se alguém nos chama de pecadores por não obedecermos à lei, isso não significa que estamos pecando.

Paulo continua seu discurso repreendendo a hipocrisia de Pedro ao rejeitar aos gentios e associar-se às "autoridades" judaicas que pregavam a lei. O discurso de repreensão de Pedro continua até o final do capítulo 2. Nesta passagem, Paulo o critica e rejeita sua doutrina de obececer à lei, defendendo apenas a fé em Cristo. Ele declara que tanto ele quanto Pedro eram judeus por natureza e não pecadores entre os gentios, o que significava que, etnicamente, ambos eram judeus, não gentios pagãos. Os crentes gentios eram vistos como pecadores nos círculos sociais judaicos, porque eram incircuncisos e não seguiam às leis do Antigo Testamento.

Porém, Paulo afirma, ele e Pedro sabiam que um homem não é justificado por obras da lei, mas pela fé em Cristo Jesus. Mais uma vez, Paulo expressa que ele e Pedro, ambos judeus, haviam crido em Cristo Jesus, justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei. Eles criam em Cristo Jesus porque esta era a única maneira de se tornarem justificados diante de Deus, já que pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.

A justificação aos olhos de Deus simplesmente não envolve nossas ações de forma alguma. As obras não nos justificam diante de Deus. Ninguém, exceto Jesus, pode se colocar diante de Deus sem pecado. Rituais religiosos não nos justificam diante de Deus. Ninguém, não importa o que faça, pode ser justificado (salvo do inferno e levado ao Céu) por meio de obras.

Somente a fé em Jesus Cristo nos justifica. Paulo teve que lembrar a Pedro quanto a isso, porque Pedro estava agindo de forma a comunicar que os costumes e as leis judaicas deveriam ser obedecidos. Ao tratar aos crentes gentios como pecadores imundos, recusando-se a interagir com eles enquanto comiam, Pedro estava enviando uma mensagem de que eles precisavam ser circuncidados para não serem excluídos. Esse comportamento entrava em conflito com a unidade em Cristo (3:28), a liberdade em Cristo (5:1) e a verdade do Evangelho (v. 14).

Mas se, diz Paulo, ao procurar ser justificados em Cristo, nós mesmos também fomos considerados pecadores, Cristo é então um ministro do pecado? Nunca! É uma coisa boa ou ruim procurar ser justificado diante de Deus? Para a maioria de nós, nossa reação imediata é: "Uma coisa boa". Isso seria verdade caso fôssemos incrédulos não justificados diante de Deus. Porém, é bom procurar sermos justificados diante de Deus se já somos crentes em Jesus? Ou, dito de outra forma, faz sentido procurarmos ser justificados diante de Deus se já fomos justificados Dele?

Quando os crentes procuram ser justificados diante de Deus, eles estão dizendo que a morte de Jesus não foi suficiente; temos que acrescentar algo para sermos justificados. Assim, para um crente em Jesus, procurar ser justificado através das obras é, na verdade, algo contraproducente, um ato explícito de incredulidade, um ato que revela a necessidade de se acrescentar à obra de Jesus na cruz por nossas próprias ações.

Sempre que tentamos ”melhorar” a obra de Jesus na cruz, fracassamos e pecamos. Será que isso significa que Jesus falhou em Sua obra e agora é um ministro do pecado? De modo algum. Como Paulo explicará na próxima passagem, o que significa é que nos colocamos sob escravidão ao pecado novamente, estabelecendo regras a serem seguidas, o que sempre nos levará ao fracasso. Só há uma maneira de sermos justificados diante de Deus: através da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. Uma vez que tenhamos recebido esse dom, não há mais nada a "buscar" em termos de sermos justificados aos olhos de Deus. Ser justificado aos olhos de Deus significa ser declarado inocente, inculpável de todos os pecados - passados, presentes e futuros. Não há nada a acrescentar.

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