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Significado de Oséias 13:9-11
Ao continuar Sua acusação contra os israelitas, o Senhor lamenta sua derrota e dirige-se diretamente a eles: É à tua destruição, ó Israel, que estás contra Mim, contra a tua ajuda (vs 9). Os israelitas seriam destruídos por causa de seu ato intencional de se voltar contra seu Deus Susserano, Javé (Eu Sou). A consequência natural de uma cultura de exploração e violência é a destruição. Tal cultura se retro-alimenta. Além disso, a aliança de Israel com Deus prescrevia que, caso quebrassem a aliança e afundassem na exploração pagã, seriam devorados por invasores estrangeiros (Deuteronômio 8:19-20, 28:49-50).
O versículo 9 descreve o SENHOR como a ajuda de Israel. O SENHOR era a única ajuda de Israel porque Ele os havia redimido do cativeiro egípcio há muito tempo, guiando-os pelo deserto e conduzindo-os à Terra Prometida. E pelo fato de Deus ter abençoado Israel além da medida (Deuteronômio 32:10-14), o povo ficou orgulhoso e se voltou contra Ele.
A palavra hebraica traduzida como “ajuda é "ezer". É a mesma palavra usada para descrever o papel da mulher:
"Então o Senhor Deus disse: 'Não é bom para o homem ficar só; Farei dele um ajudante adequado para ele'" (Gênesis 2:18).
Isso demonstra que o desígnio e o papel atribuído à mulher é um chamado elevado, que faz parte da imagem de Deus. Deus é uma ajuda ("ezer"). Na maioria das vezes, quando "ezer" é usado no Antigo Testamento, refere-se ao caráter de Deus. Portanto, rebaixar as mulheres em seu desígnio natural é denegrir a imagem de Deus.
O povo de Israel arrogantemente fabricou ídolos e os adorou, em vez de adorar o SENHOR, seu Deus. A adoração a ídolos é uma forma de autojustificação; nos convencemos de algo que sabemos não ser verdade para justificar nossos comportamentos. No caso do paganismo, a adoração a ídolos justificava a exploração e a busca de apetites sensuais em detrimento dos outros (Oséias 4:2).
Então, enquanto o SENHOR lamentava a destruição de Israel, Ele os lembra de que era sua única fonte de ajuda ("ezer"). Portanto, a baixa valorização de Deus por Israel e sua lealdade a Baal trariam sua destruição. O único Ajudante de Israel se transformaria em seu adversário, de acordo com a aliança, agindo como um leão feroz para rasgá-los em pedaços (vv. 7-8).
Tendo lamentado a destruição de Israel, o SENHOR, então, usa a ironia para perguntar a Israel: Onde está agora o seu rei para que ele possa salvá-lo em todas as suas cidades (vs 10)? A resposta inferida é: "Seu rei não irá salvá-lo". O cumprimento dessa profecia de que o rei de Israel se tornaria impotente para salvá-los se cumpriu quando Oséias era rei de Israel. O "rei da Assíria o calou e amarrou [Hoshea] na prisão" (2 Reis 17:4b). Isso ocorreu porque Oséias parou de pagar tributo à Assíria, com base em um acordo que fez com o Egito (2 Reis 17:4a). Subsequentemente:
"Então o rei da Assíria invadiu toda a terra e subiu a Samaria e a cercou por três anos. No nono ano de Hoshea, o rei da Assíria capturou Samaria e levou Israel para o exílio na Assíria (2 Reis 17:5-6a).
A pergunta de Oséias mostra que o rei de Israel era impotente para ajudá-los quando Deus enviasse o inimigo para invadir suas cidades. Os israelitas haviam confiado em seu estabelecimento militar (Oséias 8:4) enquanto ignoravam sua verdadeira fonte de ajuda, o SENHOR. Porém, seus líderes militares se tornariam impotentes diante do julgamento de Deus (Oséias 10:14, 11:6). Deus implementaria a parte da maldição de seu acordo de aliança, à qual eles haviam escolhido negligenciar (Deuteronômio 28:15-68).
O SENHOR faz um paralelo com a pergunta: Onde está agora o seu rei, fazendo uma pergunta retórica semelhante: [onde estão] os seus juízes a quem pediste: "Dá-me um rei e príncipes"? (v. 10)?
Esta segunda pergunta pode se referir aos quatrocentos e cinquenta anos de autogoverno, quando os juízes governaram em Israel. Deus deu a Israel líderes chamados "juízes" naquela época que "os livraram das mãos daqueles que os saquearam" (Juízes 2:16). Quando Israel pediu um rei em vez dos juízes de Deus, Deus disse que eles O estavam rejeitando (1 Samuel 8:7). Deus estava perguntando não apenas onde estava o rei que os libertaria, mas também onde estavam os juízes que os haviam livrado no passado. A resposta era que Israel não tinha nenhum dos dois.
Deus havia prometido julgamento sobre Israel por pedirem um rei. Deus lhes diz que os reis se voltariam para os tiranos e os oprimiriam, e quando eles clamassem por socorro, Ele não os responderia, porque lhes dera o que haviam pedido (1 Samuel 8:18).
As palavras de Israel captam melhor a essência de seu apelo:
"Haverá um rei sobre nós, para que também sejamos como todas as nações, para que nosso rei nos julgue e saia diante de nós e lute nossas batalhas" (1 Samuel 8:20).
Assim, no livro de Oséias, Deus lembra ao povo o que Ele havia feito naquele tempo: Eu te dei um rei em Minha ira e o levei embora em Minha ira (v. 11).
Embora ofendido pelo apelo do povo, que implicava sua rejeição de Sua autoridade soberana (1 Samuel 8:7), o Deus Sussernao concede seu desejo (1 Samuel 8:22). Isso gerou opressão em Israel (Oséias 4:2). Porém, agora, Deus julga o rei, levando-o embora. Foi o rei da Assíria quem capturou ao rei de Israel, derrotou seu exército e exilou seu povo. No entanto, Deus recebe o crédito por este evento, dado que Ele é quem nomeia a todas as autoridades (Romanos 13:1, Provérbios 21:1).
O SENHOR lembra aos israelitas de seu pedido para mostrar quão rebeldes eles tinham se tornado ao longo de sua história (Atos 7:52). Eles haviam acumulado pecados por muito tempo e agora as consequências de seus pecados estavam próximas. Eles haviam quebrado sua aliança com Deus e agora as provisões corretivas seriam invocadas (Deuteronômio 8:19-20, 28:15-68).
A frase “Lhes dei um rei e o tirei” usadas no versículo 11 mostra que somente Deus controla os assuntos dos homens. Só Deus é o Rei dos reis que detém a iniciativa na ascensão e queda dos reis humanos. A ira de Deus se derrama sobre toda injustiça (Romanos 1:18). Em Romanos, Paulo explica que a ira de Deus é a remoção progressiva da proteção de Deus, de modo que aqueles que buscam os caminhos da iniquidade colhem sua própria destruição. Ser capturado pela luxúria leva ao vício que a uma mente degradada (Romanos 1:24, 26, 28).
Neste caso da era de Oséias, Israel estava sofrendo as consequências naturais de escolher a cultura pagã da exploração, justificada através do culto pagão, que produziu uma cultura de engano, exploração e violência em Israel (Oséias 4:2). Eles agora seriam entregues a uma nação estrangeira, que exploraria seus líderes como eles haviam explorado a seu próprio povo. Isso estava de acordo com os princípios bíblicos de justiça (Mateus 7:2). Também estava de acordo com o acordo de aliança que Israel fez com Deus, na qual eles prometeram obedecer aos Seus mandamentos (Êxodo 19:8).