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Significado de Lucas 16:19-31
Não há paralelo aparente desta parábola nos relatos dos outros Evangelhos.
Lucas registra mais uma parábola de Jesus, comumente conhecida como "O Rico e o Lázaro". Esta parábola parece ter sido contada a uma audiência composta pelos discípulos de Jesus e pelos fariseus que zombavam Dele (Lucas 16:14).
Antes de começarmos, é importante mencionar que este Lázaro não se refere ao amigo amado de Jesus que morreu e ressuscitou dentre os mortos. Aquele Lázaro não era um mendigo; a história dele é registrada em João 11:1-46. No entanto, é interessante Jesus ter escolhido o nome Lázaro para a figura desta parábola na qual se discute sobre a ressurreição. Se existe algum significado conectando essas duas histórias, ele não é aparente.
A razão de Jesus ter escolhido o nome Lázaro para esta história pode ter sido por causa do significado do nome Lázaro, "Aquele a quem Deus ajuda". Isso se encaixa na idéia básica de que Deus ajuda aos humildes e zomba dos escarnecedores (Provérbios 3:34; Tiago 4:6; 1 Pedro 5:5b). Jesus não dá nome ao homem rico, talvez para permitir que qualquer pessoa se colocasse no lugar dessa personagem.
Jesus acabara de repreender aos fariseus por ostentarem a lei de Deus e justificarem suas iniquidades. Ele os adverte de que Deus conhece seus corações e aponta para seu pecado de achar que as opiniões humanas sobre a justiça não têm nenhuma consequência aos olhos de Deus (Lucas 16:15). Ele indica que a Lei de Deus é mais duradoura do que a própria existência da terra em que viviam (Lucas 16:16-17), antes de mencionar a questão do divórcio como uma das maneiras pelas quais eles violavam a Seus mandamentos, ao mesmo tempo em que afirmavam ser justos por seguir a seu próprio sistema de regulamentos religiosos (Lucas 16:18).
Um dos pontos principais da “Parábola do Rico e do Lázaro" é que as consequências de nossa resposta às Leis de Deus são transferidas para a vida após a morte. As consequências morais não terminam com a nossa morte física. Em vez disso, elas parecem ser mais plenamente reveladas e intensificadas ainda na próxima vida. Este ponto é mais profundamente compreendido dentro do contexto no qual a parábola é apresentada. O contexto básico da parábola era a zombaria dos fariseus contra os ensinamentos de Jesus sobre as riquezas terrenas (Lucas 16:1-14), quando Jesus (que era Deus) destaca a perpetuidade da Lei de Deus (Lucas 16:15-18).
A aplicação deste ponto sobre a perpetuidade da Lei de Deus é que agora (nesta vida) é o momento de ouvirmos a Deus e seguirmos a Seus mandamentos, a fim de experimentarmos melhores resultados na vida após a morte. A implicação é a de que aqueles que não ouvem a Deus e seguem à Sua palavra (nesta vida) experimentarão tormento (após a morte física).
A perspectiva que temos nesta vida e aqueles a quem ouvimos vai influenciar muito na próxima. Ouviremos aos homens que depositam sua confiança nas riquezas terrenas (Lucas 16:15, 16:9)? Ou ouviremos a Deus e a Seus profetas, escolhendo Sua perspectiva sobre como viver e servir (Lucas 16:10, 16:13)? Jesus apresenta esta parábola antes de Sua morte e ressurreição e antes do envio do Espírito Santo, que habitaria nos crentes (Atos 2:4). Discutiremos as possíveis aplicações aos crentes do Novo Testamento mais adiante neste comentário.
O Prólogo da Parábola
"A Parábola do Rico e do Lázaro" começa com um prólogo descrevendo a vida terrena de duas figuras: um homem rico e um homem pobre chamado Lázaro.
O homem rico vivia uma vida materialmente confortável.
Vestia-se habitualmente de púrpura e linho fino. As roupas do rico eram caras e luxuosas. A púrpura era um símbolo da realeza no mundo antigo, porque seus corantes eram raros e difíceis de fabricar. O homem rico não é descrito como parte da realeza nesta parábola, mas o fato de ser capaz de dar-se ao luxo de usar habitualmente roupas púrpura indica que ele era muito rico. O linho fino era macio e confortável, em oposição às roupas comuns. Também era a roupa das pessoas ricas e bem relacionadas (Lucas 7:25).
Jesus diz que esse homem rico se deleitava com os luxos materiais. Ele vivia alegremente em esplendor todos os dias. A Bíblia não condena ou chama de pecador às pessoas que desfrutam de riqueza material. Deus concede riquezas, em parte, para nosso prazer (1 Timóteo 6:17). Porém, as Escrituras deixam claro que nunca devemos depositar nossa confiança ou nossa identidade em tais coisas. Em vez disso, devemos generosamente usar nossa riqueza para servir aos outros e, assim, garantir um bom lugar no Novo Céu e na Nova Terra (1 Timóteo 6:17-19).
Apenas como perspectiva, as famílias americanas que ganharam cerca de 60 mil dólares em 2022 (aproximadamente a média nacional) detêm mais riqueza do que 91% de todas as outras famílias do planeta.
A segunda figura desta parábola é a de um pobre homem chamado Lázaro.
Lázaro era um mendigo, posicionado à porta do rico, que implorava por dinheiro e provisões. Enquanto o rico vivia em esplendor, Lázaro ansiava por ser alimentado das migalhas que caíam da mesa do rico. Em outras palavras, a comida que o rico jogava fora era a melhor refeição de Lázaro. Além disso, Lázaro sofria algum tipo de aflição e estava coberto de feridas horríveis. Jesus acrescenta que até os cães continuamente lambiam suas feridas. Isso sugere que suas feridas estavam abertas, não tratadas.
Assim viviam o rico e o pobre Lázaro.
E desta maneira é concluído o prólogo desta parábola.
A transição da parábola
Morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão.
Jesus diz que, ao morrer, Lázaro é levado por anjos ao seio de Abraão. O eu imaterial de Lázaro (seu espírito e sua alma) são levados pelos anjos. Os anjos são seres espirituais que servem a Deus. Aparentemente, uma de suas tarefas é trazer as almas daqueles que morrem fisicamente ao Paraíso.
O seio de Abraão, conforme descrito por Jesus, é um lugar ou uma região do Hades, provavelmente o mesmo lugar que o "Paraíso".
O Hades é aparentemente o lugar para o qual as pessoas vão ao morrer para aguardar seu julgamento no final dos tempos (Mateus 25:31-36; Apocalipse 20:11-13). O Hades possui dois compartimentos para os mortos, separados por um grande abismo intransponível. Um compartimento do Hades é o seio de Abraão, representado como um lugar de conforto, um ambiente agradável com água fresca. É possível que o seio de Abraão seja o lugar do Paraíso ao qual Jesus promete ao ladrão penitente na cruz que ele iria após sua morte (Lucas 23:43). O outro compartimento do Hades é um lugar de tormento, agonia e fogo, possivelmente o lugar chamado "Tártaro" (2 Pedro 2:4).
Para saber mais sobre o Hades, leia nosso comentário: "O que é o inferno? O Hades e o Tártaro na Bíblia".
Abraão era o patriarca de Israel. Ele era um homem de fé e, por sua fé, Deus o considerou justo (Gênesis 15:16; Romanos 4:3). Deus o abençoou e prometeu que o faria pai de muitas nações (Gênesis 17:4-8). A palavra grega traduzida como “seio” é "kolpos". "Kolpos" é uma palavra interessante. Ela literalmente descreve a frente do corpo entre os braços. Em outras palavras, descreve o espaço do abraço ou o lugar em que uma pessoa pode carregar ou segurar alguém em seus braços contra seu próprio corpo. Da mesma forma, "kolpos" também pode significar a dobra de uma roupa acima do peito amarrada por um cinto ou uma faixa, usada para se transportar coisas pesadas. Neste sentido, "kolpos" seria como um grande bolso usado para transferir coisas de um lugar a outro.
A imagem literal que o termo “seio de Abraão” invoca está centrada no que Abraão carrega ou abraça, ou seja, o que os braços de Abraão, ou a dobra de sua vestimenta, seguram e carregam de um lugar para outro. O termo “seio de Abraão” é usado para descrever o lugar de retenção das almas dos justos (como Abraão) até que esta terra se acabe e o Novo Céu e a Nova Terra estejam prontos para serem habitados após o julgamento final.
Embora esta parábola não o diga explicitamente, o contexto da parábola implica que o seio de Abraão é o lugar para onde as pessoas que viveram pela fé em Deus (como Abraão fez) irão ao morrerem, enquanto aguardam seu julgamento final. Da mesma forma, o lugar da agonia, do tormento e do fogo é o lugar para onde aqueles que desconsideraram a Deus e Suas leis por meio de zombaria rebelde ou negligência são transportados.
Na descrição desses lugares no Hades nesta parábola vemos que nem o seio de Abraão nem o lugar da agonia eliminam a identidade ou a consciência de uma pessoa. O egoísmo permanece intacto depois da morte. Também fica claro que as sensações de dor e prazer também são experimentadas.
O contexto circundante da parábola também apoia a implicação de que o seio de Abraão é apresentado como um lugar reservado aos que serviram a Deus como seu mestre e o lugar do tormento como o lugar reservado aos que serviram ao dinheiro como seu mestre (Lucas 16:13). O homem rico descrito nesta parábola parecia estar focado apenas nos prazeres que o dinheiro podia comprar e ignorava a Lei de Deus. Depois de sua morte, ele entende que seu tolo desrespeito pelas leis de Deus era a causa de estar no lugar de tormento e não no Paraíso. Além disso, Jesus conta esta parábola como advertência para o que aconteceria aos fariseus que amavam ao dinheiro e tinham acabado de zombar de Seu ensinamento (Lucas 16:14).
Morreu o pobre e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão; e o rico também morreu e foi sepultado.
O pobre Lázaro foi cuidado pelos anjos e levado ao seio de Abraão ao morrer, mas quando o rico morreu ele não foi para o seio de Abraão. Ele acaba no lugar do tormento no Hades.
É interessante notar a afirmação de Jesus de que o rico foi sepultado, já que Ele não faz menção sobre Lázaro ser sepultado. Isso pode indicar duas coisas. Primeiro, como parte da parábola, seria natural que o homem rico fosse enterrado com um funeral elaborado. Seus muitos amigos e o mundo em que vivia teriam tomado conhecimento de seu falecimento e o enterrado com honrarias, enquanto poucas pessoas dariam atenção ao falecimento do pobre Lázaro.
A segunda coisa que Jesus pode ter indicado ao dizer que o homem rico foi enterrado é que todas as suas esperanças e ambições terrenas, bem como todos os benefícios de suas riquezas acumuladas haviam chegado ao fim ao morrer e ser enterrado. Suas riquezas e o esplendor diário não podiam mais ajudá-lo (Lucas 16:9). Ambas as interpretações quanto ao seu enterro podem ser aplicadas conjuntamente.
Igualmente interessante é o fato de Jesus não descrever ao homem como rico após chegar ao Hades. O termo “homem rico” é usado apenas para descrever sua vida e como foi enterrado. O restante da parábola usa os pronomes masculinos "ele" e "dele" para se referir ao homem no Hades. A razão disso é bastante clara: o homem não era mais rico (tentaremos refletir sobre esta importante mudança na continuação deste comentário).
O ex-rico tinha dois pedidos a fazer ao pai Abraão. O primeiro foi que Abraão tivesse misericórdia dele. O segundo era que Abraão enviasse Lázaro para alertar a seus irmãos que se arrependessem.
O primeiro pedido do ex-rico: "Tenha misericórdia de mim"
O restante desta parábola se concentra no homem que anteriormente fora rico e sua perspectiva no lugar de tormento no Hades. É a partir de sua perspectiva que Jesus extrai Seus pontos principais, que são:
Ao chegar no Hades, o ex-rico é levado ao lugar do tormento. Desse lugar de tormento, o homem outrora rico levanta os olhos e vê Abraão ao longe, bem como a Lázaro no seio de Abraão.
A frase “levantar os olhos” pode ser literal ou figurativa. O lugar do tormento no Hades pode estar abaixo do seio de Abraão no Hades e, portanto, o ex-rico literalmente olha para cima. Figurativamente, as circunstâncias dos dois homens estavam agora invertidas (Mateus 19:30). O outrora homem rico estava agora em dor e agonia, enquanto o pobre Lázaro estava em um lugar de conforto; nesse sentido, o outrora homem rico agora estava abaixo de Lázaro e olha para cima. Os sentidos literal e figurativo de seu olhar para cima podem se aplicar ao mesmo tempo.
É a partir dessa postura que o ex-rico faz seu primeiro pedido a Abraão.
O outrora rico clama a Abraão no Paraíso, do outro lado do grande abismo. Ele diz: "Pai Abraão, tem misericórdia de mim".
O primeiro pedido foi para que Abraão tivesse misericórdia dele. O ex-rico via tanto a Lázaro, a quem reconheceu, quanto a Abraão, que só conhecia por sua reputação. Ele chama ao pai Abraão pelo nome. Isso provavelmente ocorre porque ele reconhece ao Pai Abraão como uma autoridade no Hades, a pessoa mais propensa a lhe prestar auxílio. O fato de Abraão ainda ser reconhecido e manter sua identidade é algo digno de nota.
A misericórdia que o ex-rico pede ao pai Abraão é que Lázaro fosse enviado até ele e mergulhasse a ponta do dedo em água para esfriar sua língua.
Este simples ato significaria um grande alívio para o ex-rico, pois ele estava em agonia no fogo, possivelmente comparável ao copo de água fria dado a alguém em nome de Jesus. Cristo promete que todo aquele que fizer isso não perderá sua recompensa (Marcos 9:41). O ex-rico não havia sido misericordioso com o pobre Lázaro quando ambos vivam na terra. Sabemos que ele não havia trazido ao pobre doente para dentro de sua casa e cuidado dele. O máximo que o texto nos diz é que o ex-rico permitia que Lázaro comesse das migalhas que caíam de sua mesa de vez em quando. Assim, como o ex-rico havia sido impiedoso com o pobre Lázaro, agora ele receberia a mesma medida de misericórdia no Hades (Mateus 7:2; Lucas 6:38).
Do outro lado do grande abismo do Hades, o pai Abraão responde ao homem que estava em lugar do tormento. É interessante notar que eles são capazes de se comunicar através do abismo. Ele se dirige ao ex-rico com o termo “filho”. Isso indica que o homem era judeu e descendente do pai Abraão.
Abraão diz: Lembre-se de que durante sua vida recebeste coisas boas, e também Lázaro coisas ruins; mas agora ele está sendo consolado aqui, e tu estás em agonia.
É notável que Abraão conheça os feitos do homem anteriormente rico, embora tivesse morrido havia cerca de dois mil anos no momento desta história. Não sabemos como Abraão adquiriu tal conhecimento. O Apocalipse contém outro vislumbre do conhecimento terreno por parte daqueles que estão no céu, quando os santos, martirizados por seu testemunho, perguntam a Jesus quanto tempo Ele esperarria antes de julgar aos que os haviam executado (Apocalipse 6:9-10).
A palavra “lembrar” dita por Abraão é importante porque estabelece uma ligação clara entre o respectivo lugar de cada homem no Hades e sua vida na terra. Este é outro lembrete de que a forma como vivemos na terra conta para a próxima vida (Mateus 10:32-33; 19:28-29; Lucas 9:23-26; Romanos 8:17-18; 1 Coríntios 3:11-15; 9:23-27; 2 Coríntios 5:9-10; Colossenses 3:1-4; 2 Timóteo 2:11-13; Hebreus 10:35-39; 11:6; Tiago 1:12; 1 Pedro 1:3-6; 4:12-19; 2 Pedro 1:5-11; Apocalipse 2:7; 2:11; 2:17; 2:26-28; 3:5; 3:12; 3:21).
A conexão entre a vida atual e a vida após a morte é explicada pelo pai Abraão. Ele aponta ao ex-rico como ele e o pobre Lázaro encontraram ao bem que buscavam: o ex-rico havia buscado e encontrado luxo na terra; o pobre Lázaro havia buscado as verdadeiras riquezas para a vida seguinte (Mateus 7:7; Lucas 11:9; 16:10-11).
O ex-rico recebera toda a extensão das recompensas que buscava em sua vida. Ele pôde desfrutar do esplendor das roupas finas, etc. Porém, essas coisas foram enterradas com ele e deixaram de existir. Não havia mais esplendor nas recompensas às quais ele havia buscado. O bem daquelas coisas havia acabado e não existia mais. Abraão diz ao ex-rico que ele havia recebido todo o seu bem. Em outras palavras, "você alcançou tudo o que queria, teve sua recompensa na íntegra, mas agora tudo desapareceu ".
O pobre Lázaro também recebe o seu bem. Aparentemente, ele havia seguido ao princípio que Jesus aconselha Seus discípulos a buscar, ou seja, os tesouros de seu Pai no céu e não dos homens ou das coisas da terra (Mateus 6:1; 6:19-21; Lucas 16:8-13). O pobre Lázaro parece ter confiado em Deus nas provações e sofrimentos — coisas que normalmente consideramos ruins mas que, na verdade, trabalham para um eterno peso de glória além de qualquer medida (2 Coríntios 4:17). Ele agora estava sendo consolado e recompensado com a coroa da vida (Tiago 1:2-4, 9-12). Na parábola, o pobre Lázaro recebe o bem ao qual havia buscado durante sua vida na terra. O outrora homem pobre estava, agora, sendo ajudado por Deus (o significado de seu nome, "Aquele a quem Deus ajuda").
O ex-rico havia buscado aos bens temporários, desfrutando deles por um tempo, mas agora estava sem nada e isso o deixa em agonia. O pobre Lázaro havia suportado ao seu sofrimento (como Jó) e procurado agradar a Deus. Agora, ele estava recebendo o bem duradouro e verdadeiro que esperava alcançar. Cada um deles estava colhendo as consequências do que havia feito na vida. Seria injusto alterar as coisas agora.
Abraão diz ao ex-rico: Lázaro agora está sendo consolado aqui no seio de Abraão, e você está aí em agonia. Esta é uma negação contundente a seu primeiro pedido.
Este lugar no Hades não é "o lago eterno de fogo" mencionado em Apocalipse 19-20, porque o Hades será lançado no lago de fogo quando o antigo céu e a velha terra forem destruídos (Apocalipse 20:14).
Para saber mais sobre o Lago de Fogo, consulte: "O que é o inferno? O Castigo Eterno e o Lago de Fogo".
Depois de dar ao ex-rico esta resposta firme de que Lázaro não deixaria o paraíso para aliviar sua agonia, Abraão adiciona um detalhe que demonstraria por que seu pedido era uma impossibilidade:
Entre nós e vós há um grande abismo, de modo que aqueles que desejam passar daqui para lá não serão capazes; e ninguém pode atravessar de lá para cá.
Este detalhe é interessante e relevante. É interessante porque, embora o ex-rico pudesse ver as pessoas do outro lado do abismo e se comunicar com Abraão, nenhum dos lados podia atravessar o abismo para o outro. Não está claro se este abismo é literal ou se é uma separação dimensional.
O detalhe é interessante porque, ironicamente, não acrescenta praticamente nada à história. A razão pela qual Jesus o inclui tem a ver com Sua explicação de como era a estrutura do Hades - o seio de Abraão como o lugar para os mortos fiéis e o lugar de tormento para os mortos infiéis, com um grande abismo separando aos dois compartimentos. É improvável que Jesus tivesse acrescentado esse pensamento sem que significasse algo. Como o detalhe não altera a parábola, a conclusão mais provável é a de que Jesus não estava apenas falando de forma figurada, mas dando detalhes reais sobre a vida após a morte.
O segundo pedido do ex-rico a Abraão: "Mande Lázaro avisar meus irmãos".
Tendo negado a seu primeiro pedido para que Abraão tivesse misericórdia dele, o ex-rico faz um segundo pedido ao Pai Abraão:
Então, te peço, pai, que o envies à casa de meu pai - pois tenho cinco irmãos - para que ele os avise, para que não venham também a este lugar de tormento.
O segundo pedido do ex-rico tinha a ver com aqueles a quem ele amava, ou seja, seus cinco irmãos na casa de seu pai. Ele não queria que eles experimentassem o tormento que ele estava vivendo. Ele sabia que, se continuassem a viver suas vidas como ele havia vivido a dele, eles seriam enviados para aquele lugar de agonia no Hades e não para o seio de Abraão. É por isso que ele pede a Abraão que enviasse ao pobre Lázaro dos mortos até seus irmãos — para adverti-los a se arrepender e mudar seus caminhos antes que fosse tarde demais. Mais uma vez, é notável que o ex- rico se lembre de sua vida na terra e tenha compaixão por sua família que ainda vivia lá.
É interessante notar que o número de irmãos nesta parábola é de seis - o ex-rico mais seus cinco irmãos. Seis é muitas vezes um número simbólico para o homem ou a humanidade na Bíblia (Deus criou o homem no sexto dia da criação — Gênesis 1:26-31). Isso pode ter sido uma maneira de sugerir como os irmãos eram autossuficientes e acreditavam tolamente ser capazes de cuidar de si mesmos sem a ajuda de Deus. Esta era a atitude dos fariseus representados pelos irmãos do ex-rico nesta parábola. Os fariseus haviam acabado de zombar de Jesus e não deram ouvidos ao Messias de Deus. Nem os seis irmãos, nem os fariseus, pareciam seguir à sabedoria de Salomão:
"Confiai no Senhor de todo o vosso coração e não vos apoieis no vosso próprio entendimento" (Provérbios 3:5).
Abraão lembra ao ex-rico que seus irmãos tinham a Moisés e aos profetas. Eles deveriam ouvi-los. A lei de Moisés apresentava os mandamentos de Deus e os profetas entregavam as advertências de Deus a Israel. Juntas, a expressão Moisés e os Profetas era uma referência às escrituras judaicas do Antigo Testamento. As leis e as profecias estavam disponíveis a seus irmãos e eram um alerta suficiente para que vivessem de acordo com a vontade de Deus.
A frase “Moisés e os Profetas” é também uma referência ao que Jesus acabara de dizer aos fariseus algumas linhas antes: "A Lei e os Profetas foram proclamados até João; desde aquela época o Evangelho do Reino de Deus tem sido pregado, e cada um deve se esforçar para entrar ele" (Lucas 16:16).
O ex-rico temia que seus irmãos não ouvissem às autoridades de Moisés e dos profetas, talvez porque também zombassem da palavra de Deus (como os fariseus faziam). O ex-rico suplica a Abraão: "Não, pai Abraão, se alguém for até eles dentre os mortos, eles se arrependerão!"
Seria realmente notável se alguém voltasse dos mortos e advertisse aos vivos sobre como era a vida após a morte e como melhor se preparar para ela. "Certamente", pensou o ex-rico, "até mesmo escarnecedores como meus irmãos ouviriam a alguém que voltasse à vida e respeitariam ao que uma pessoa tão notável compartilhava, e então se arrependeriam e seriam poupados daquela agonia".
Abraão tinha mais notícias decepcionantes para o ex-rico:
Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, não serão persuadidos, mesmo que alguém ressuscite dentre os mortos.
Dentro desta parábola, a resposta do Pai Abraão era clara: Mesmo que alguém ressuscitasse dos mortos para avisar a seus irmãos de nada adiantaria, pois eles ignoravam e zombavam dos ensinamentos de Deus. O segundo pedido do ex-rico também é negado.
É claro que todos os que rejeitam à mensagem de Jesus demonstram a verdade dessa exclamação de Abraão, pois Jesus ressuscitou dentre os mortos.
As Lições da Parábola
Uma das lições de Jesus era a de que os que não dão ouvidos às Escrituras não darão ouvidos ao Messias ressuscitado.
Dentro da explicação do Pai Abraão, não adiantaria enviar a alguém que ressuscitasse dos mortos para avisar aos irmãos do ex-rico porque eles não davam ouvidos às escrituras. Jesus apresenta aqui uma mensagem sutil, porémpoderosa, aos fariseus zombadores.
Jesus seria Aquele que ressuscitaria dos mortos em breve. Ele era Aquele que cumpriria a Lei de Moisés (Deuteronômio 18:15-19; Mateus 5:17) e o que os profetas haviam predito (Mateus 1:22-23; 12:17-5; 21:5; João 1:45). Embora os fariseus ensinassem as escrituras, eles não as seguiam nem davam ouvidos a Moisés e aos profetas.
Anteriormente, Jesus repreendera aos fariseus hipócritas por desrespeitarem à ordem de Deus para agirem com justiça e amarem a Deus e ao próximo:
"Mas ai de vós, fariseus! Porque pagais o dízimo de hortelã, a arruda e todo tipo de erva de jardim, e ainda assim desprezais a justiça e o amor de Deus; mas estas são as coisas que você deveria ter feito sem negligenciar as outras" (Lucas 11:42).
Os fariseus tinham acabado de zombar do que Jesus havia ensinado sobre a vida futura (Lucas 16:14). Infelizmente, muitos deles, juntamente com os saduceus, continuariam a rejeitar a Jesus e Seus ensinamentos depois de ressuscitar dos mortos, buscando erradicar a mensagem do Evangelho e Seus seguidores (Mateus 28:11-15; Atos 6:9 - 8:3).
Este foi um dos pontos principais de Jesus nesta parábola: Se vocês não ouvirem às escrituras, não ouvirão ao Messias mesmo depois de Ele ter sido ressuscitado dos mortos. Se vocês rejeitarem à primeira, vocês rejeitarão ao segundo.
Há um alerta aqui para os leitores de hoje. Podemos ser tentados a dizer que ouviríamos e seguiríamos a Jesus caso Ele aparecesse diante de nós hoje. Porém, como disse Abraão ao ex-rico na parábola, se não ouvirmos ao que Deus nos diz nas escrituras de Moisés e dos Profetas (e nos Evangelhos e Epístolas) não vamos estar interessados em ouvir ao Senhor ressuscitado se Ele nos falar pessoalmente. Dizer o contrário seria adotar os delírios do ex-rico.
Esta lição não apenas prenuncia como Jesus ressuscitaria dos mortos, mas também era uma profecia de que os fariseus continuariam a zombar de Seus ensinamentos e O rejeitariam como o Messias, mesmo após Sua ressurreição. Observamos isso em Atos, onde as autoridades religiosas continuaram a rejeitar à mensagem do Reino de Jesus mesmo depois de Ele ter ressuscitado dos mortos.
A segunda lição na "Parábola do Rico e do Lázaro" é que as consequências de nossas escolhas em relação a seguir ou não às Leis de Deus se transferem para a vida após a morte.
As consequências morais não terminam com a morte física. Em vez disso, elas parecem ser mais plenamente reveladas e intensificadas. As decisões sobre como vivemos neste mundo físico, em fidelidade ou infidelidade, ouvindo a Deus ou zombando Dele, afetarão a experiência da vida a seguir (em conforto ou agonia). Jesus apresentou esta parábola antes de Sua morte, ressurreição e o envio do Espírito Santo para habitar nos crentes (Atos 2:4).
Vamos, agora, discutir as possíveis aplicações desta parábola aos crentes do Novo Testamento.
Possíveis Aplicações aos Crentes do Novo Testamento
Como "A Parábola do Rico e do Lázaro" é uma parábola e não um mero discurso, é importante tomá-la neste contexto. Jesus parece acrescentar alguns detalhes para nossa iluminação em relação à vida após a morte.
Conforme mencionado anteriormente, o Hades é um lugar par ao qual os espíritos dos humanos vão depois da morte. A palavra Hades vem da mitologia grega, descrevendo um lugar com dois compartimentos, um para os justos e outro para os injustos. Aparentemente, a cultura grega tinha conhecimento suficiente sobre o tema para citado por Jesus. Jesus pode ter adicionado Seus próprios rótulos para os dois compartimentos, em vez de usar os nomes gregos, a fim de revisar adequadamente ao conceito grego e adaptá-lo à realidade. Em vez de "Elysium", Jesus chama a divisão do paraíso de "seio de Abraão". Ele deixa claro que os que estão no Paraíso são aqueles que haviam buscado suas recompensas em obediência a Deus durante suas vidas na terra.
Será que o Hades ainda funciona nos mesmos termos para os crentes do Novo Testamento? Sabemos que o Hades existirá até que seja lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:14). Sabemos que, quando os crentes morrem, eles entram na presença do Senhor (2 Coríntios 5:8). Também sabemos que o Senhor está em Seu trono no céu. Dado que temos apenas vislumbres da dimensão espiritual aqui, parece improvável se traçar um quadro completo sobre o tema. Não nos parece garantido que as partes do Hades sejam aplicáveis aos crentes do Novo Testamento; porém, os princípios da "Parábola do Rico e do Lázaro" certamente são repetidos no Novo Testamento.
Primeiro, sabemos que Deus salvará a todos os crentes do fogo eterno no julgamento final (Mateus 25:31-33; Romanos 8:29-39). Isso é importante, pois Deus não rejeita a Seus filhos. De acordo com a tradição judaica, o ex-rico, reconhecido como filho de Abraão, passaria um tempo no Hades para um período de refinamento. Esta posição pode ser apoiada por versículos bíblicos como Romanos 11:26 e aqueles relacionados à aliança de Deus com Israel (Deuteronômio 7:6-8). No entanto, isso não parece consistente com os detalhes da parábola, já que existem informações sobre o Hades e sobre o seio de Abraão, mas nenhuma indicação de que o ex-rico estivesse sendo refinado, ou seja, levado ao arrependimento. Ele só queria que a dor fosse removida e procurava conforto, ou seja, a mesma atitude básica que o havia trazido à condenação no Hades.
Não está claro se o seio de Abraão tem alguma função para os crentes do Novo Testamento. Com relação a isso, entretanto, não há necessidade de debruçar-nos sobre detalhes, uma vez que o Novo Testamento nos fornece detalhes suficientes quanto à vida após a morte, criando um bom modelo para a aplicação prática da "Parábola do Rico e do Lázaro": a fidelidade nesta vida gerará enormes recompensas na próxima.
O Novo Testamento afirma que todos os que crêem em Jesus estarão com Ele para sempre no céu, mesmo que sejam infiéis na maneira como vivem suas vidas (2 Timóteo 2:13). No entanto, isso não significa que Deus nos poupará das consequências de nossas escolhas, incluindo a desobediência. A Bíblia nos diz para esperarmos por um julgamento aterrorizante caso continuemos a pecar deliberadamente depois de termos recebido o conhecimento da verdade (Hebreus 10:26-27), pois "O Senhor julgará a Seu povo" (Hebreus 10:30).
Esta advertência pode aplicar-se à vida na terra, bem como à vida após a morte. Conforme descrito em Romanos 1:24,,, 2628 trazemos a ira de Deus sobre nós mesmos nesta vida ao obedecermos às concupiscências da nossa cane ao invés de obedecermos aos mandamentos de Jesus; a ira de Deus se derrama sobre nós, concedendo o que pedimos. Como resutlado, somos entregues à nossa própria carne. O uso que Jesus faz da imagem do Geena pode se aplicar a essa situação (veja nosso Tópico Difícil Explicado: Geena). Escolher ao pecado é como escolher viver no lixão, onde carcaças em decomposição apodrecem e queimam. Esta era a realidade do Vale de Hinnom (conhecido como Geena) usado por Jesus como imagem de julgamento. O Geena é muitas vezes traduzido como "inferno". Nesta aplicação, seria o "inferno na terra".
Esta admoestação para evitarmos o julgamento de Deus também se aplica à vida dos crentes do Novo Testamento. O Novo Testamento deixa claro que cada crente será julgado pelo fogo da santa presença de Deus. Assim como os lábios do profeta Isaías foram limpos com uma brasa de fogo ao entrar na sala do trono de Deus, nossas vidas serão limpas pelo fogo do julgamento de Deus (Isaías 6:5-6). Isto é para o nosso bem, para que sejamos plenamente conformados à imagem de Cristo, nosso destino final (Romanos 8:29).
Paulo retrata este julgamento para os crentes como materiais que são testados por sua qualidade. Ele usa a metáfora das nossas escolhas e ações durante nossas vidas e a aplica à construção de um edifício, cujo fundamento é Cristo. Assim, a presença ardente de Jesus queimará as obras temporais (como madeira, feno e palha). Estes materiais são como os feitos do homem rico, ou seja, os crentes que recebem suas recompensas na terra. Não restará nada desses feitos terrenos na eternidade. Porém, as outras ações são como ouro, prata ou pedras preciosas, que só alcançam mais pureza através do fogo. Estes materiais são como os feitos duradouros do Pobre Lázaro, que viveu a vida para a aprovação de Deus. Na primeira carta de Paulo à igreja de Corinto ele escreve:
"...o trabalho de cada homem se tornará evidente; pois o dia (do juízo) o mostrará porque deve ser revelado com fogo, e o próprio fogo testará a qualidade do trabalho de cada homem. Se a obra de alguém que ele construiu sobre ela permanecer, ele receberá uma recompensa" (1 Coríntios 3:13-14).
Os principais temas que esses ensinamentos do Novo Testamento têm em comum com a parábola do homem rico e do Lázaro são:
Independentemente da história do homem rico, fica claro que, para os crentes do Novo Testamento, mesmo aqueles cujas obras terrenas serão queimadas serão salvos da separação eterna de Deus. Na mesma passagem em 1 Coríntios 3 lemos:
"Se o trabalho de alguém for queimado, ele sofrerá perda; mas ele mesmo será salvo, ainda assim pelo fogo" (1 Coríntios 3:15).
O relato de Jesus sobre "A Parábola do Rico e do Lázaro" oferece uma oportunidade única para uma reflexão sobre as ramificações do processo pelo qual cada crente passará em seu refinamento. Podem haver tempo e dor substanciais associados ao processo de julgamento das obras sendo queimadas (madeira, feno, palha) para sermos conformados a Cristo no julgamento. Podemos sentir arrependimento, como o ex-rico sentiu. Ao refletir, ele desejou ter vivido sua vida na terra de forma muito diferente. Passada a oportunidade, ele desejou que seus irmãos não trilhassem o mesmo caminho.
Em Apocalipse, o lago de fogo é descrito como a segunda morte (Apocalipse 20:14). Não sabemos o que é o lago de fogo, mas sabemos que ele receberá a morte e o Hades (Apocalipse 20:14), consomindo aos que não creram em Cristo, aqueles cujos nomes não forem encontrados no livro da vida (Apocalipse 20:15). Este lugar foi preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25:41 ). Apesar de não serem consumidos por este fogo, parece que os crentes podem ser danificados por ele, já que estar fora do alcance da segunda morte (lago de fogo) é uma das recompensas para os que vencerem como Jesus venceu (Apocalipse 2:11). A convergência desta passagem - 1 Coríntios 3:13-15 e a "Parábola do Rico e do Lázaro" - podem demonstrar o quadro dos crentes do Novo Testamento que pecam durante esta vida e como eles serão tratados na próxima.
Se isso for verdade, fica evidente que qualquer dificuldade, desconforto ou custo pelos quais possamos passar para lidar com o pecado nesta vida será mais do que recompensado na próxima. Qualquer dificuldade, custo ou rejeição que soframos por seguirmos aos mandamentos de Cristo serão mais do que recompensados na próxima vida. A Escritura também é explícita quanto a isso:
Os crentes experimentarão ou o conforto ou a agonia futura (1 Coríntios 3:11-15). É aos crentes, ou seja, aos que têm o dom da Vida Eterna, que o autor de Hebreus adverte: "Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10:31). É interessante notar que as Escrituras proclamam que "Nosso Deus é um fogo consumidor" (Deuteronômio 4:24; Hebreus 12:29).
Os crentes do Novo Testamento podem aplicar esta "Parábola do Rico e do Lázaro" como um guia para alcançarem boas recompensas, tanto agora quanto na era futura, caso:
Uma das maiores recompensas disponíveis para os que vencerem é reinar com Cristo. Como afirma Paulo:
"Se suportarmos, também reinaremos com Ele" (2 Timóteo 2:12a).
Lemos em Apocalipse:
"Aquele que vencer, eu lhe concederei que se sente Comigo em Meu trono, como eu também venci e me sentei com Meu Pai em Seu trono" (Apocalipse 3:21).
Em tudo isso, é importante lembrar que a aceitação de Deus é gratuita a todos os que O receberem. Deus nos concede isso por meio de Jesus, por causa de Seu grande amor (João 3:16). A graça de Deus vem pela fé. Deus nos concede a salvação eterna da separação Dele, adotando-nos como parte de Sua família (João 3:14-16; Efésios 2:8-9). Isso é algo incondicional. Porém, mesmo que o novo nascimento nos insira de forma incondicional e irrevogável na família de Deus, ainda temos responsabilidade por nossas escolhas, que têm consequências imensas.
As recompensas eternas, como a de celebrar com o Messias em Seu Reino, são concedidas aos crentes fiéis que ouvem a Deus e obedecem a Seus mandamentos pela fé. Porém, a falta de fé resulta na perda das recompensas. O dom da Vida Eterna não é merecido nem pode ser perdido; no entanto, a recompensa da vida eterna só é experimentada por aqueles que escolhem andar nos caminhos de Deus (Mateus 7:21; 8:10-12; 10:32-33; 25:1-13; Lucas 19:12-26; 2 Timóteo 2:11-13).
Para saber mais sobre como receber o Dom da Vida Eterna, consulte: "O que é a Vida Eterna? Como Alcançar o Dom da Vida Eterna".
Para saber mais sobre as recompensas da Vida Eterna, consulte: "Vida Eterna: Receber o Dom vs Herdar o Prêmio".