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Significado de Salmos 121:3-4
A partir do versículo 3 e ao longo do restante do salmo, a voz do salmista muda da perspectiva da primeira pessoa do singular (eu, meu) para a segunda (tu, teu) e terceira pessoa (ele, seu). Por que a mudança? Os estudiosos da Bíblia sugerem uma série de razões, incluindo:
A noção de "clamor e resposta" parece ser a explicação mais simples, prática e, portanto, a mais provável. De qualquer forma, devemos notar que a ênfase no Salmo 121 não é necessariamente dada aos méritos da fé do salmista. Em vez disso, a ênfase é dada ao sujeito final dessa fé exuberantemente: o Senhor Jeová.
Ele não permitirá que o teu pé vacile. Sempre habilidoso, o salmista anônimo evoca uma imagem adequada às montanhas. Antigamente, os peregrinos chegavam a viajar até quase mil quilômetros "acima", em direção a Jerusalém. Eles faziam a caminhada principalmente a pé; apenas alguns poucos ricos eram capazes de garantir sua viagem em um burro, cavalo ou carroça. Ao trilharem as inclinações dos terrenos, um infeliz deslize dos pés poderia levar rapidamente a um tombo ou uma queda com consequências terríveis. A vigilância de Deus sobre Seu povo era ativa e pessoal. Ele não permitiria impedimento algum para o progresso deles em direção ao Seu templo. Deus é soberano até mesmo sobre as circunstâncias infelizes da vida.
Nenhuma força do acaso pode impedir o buscador fiel de encontrar descanso em Deus, ou de encontrar o bem que Deus pretende a cada pessoa (Romanos 8:28). O destino final do crente é conformar-se à imagem de Cristo (Romanos 8:29). Nenhuma circunstância, nenhum contratempo, nenhuma decepção ou dificuldade pode nos impedir de caminhar em fé e confiança em Deus. Está exclusivamente sob nosso controle escolher levantar nossos olhos e depender de Deus. Quando o fizermos, poderemos ter a certeza de que nunca ficaremos desiludidos; nossos pés não vão vacilar. É notável que as circunstâncias da subida a Jerusalém era feita em obediência ao mandamento de Deus relacionado à peregrinação anual. A imagem transmitida aqio é que, quando confiamos em Deus e andamos em Seus caminhos, podemos ter a certeza de que Sua obra será concluída em nós e nos tornaremos tudo o que Ele pretende que sejamos (2 Timóteo 3:17; Hebreus 13:20-21; Tiago 1:4).
Não dormitará aquele que te guarda. Não era incomum entre os povos antigos explicar momentos de infortúnio como períodos em que as divindades estavam distraídas ou ignorantes quanto aos assuntos comuns da vida, talvez até mesmo tirando um necessário cochilo (ver 1 Reis 18:25-29, especialmente o v. 27, para uma referência contextual referente às divindades e ao seu “sono”.) Quando as soluções para circunstâncias negativas não são aparentes, a fé como a do salmista é sempre mais eficaz. Sua fé era baseada em uma relação de amor e confiança em Deus, não nas demandas ou percepções de desempenho de divindades que podiam ser manipuladas para a realização de desejos pessoais.
O Salmo 121 nos assegura que o Senhor “guarda” (hebraico "shamar") o crente. Javé é o guardião supremo, guarda, protetor; sempre vigilante, sempre presente no meio do Seu povo; Ele conhece e atende a todas as suas necessidades, até mesmo dos vacilos dos pé nos caminhos mais traiçoeiros. Deus trabalha para completar toda boa obra dentro de nós, em todos os momentos (2 Timóteo 3:17; Hebreus 13:20-21; Tiago 1:4, 21).
Eis que não dormitará nem dormirá aquele que guarda a Israel. A repetição poética do conceito relembra seu ponto mais importante: Javé, o Criador do céu e da terra, é o guardião de Israel - o povo estabelecido como as primeiras testemunhas da fidelidade de Deus. Nunca haveria um momento em que o Senhor não trabalhasse para guardar e cuidar de Seu povo. O cochilo — sono leve — pode até vir sobre os cansados. O Senhor, porém, "não desfalece nem se cansa" (Isaías 40:28). O sono — submersão total em um estado inconsciente de quietude — não pode vencer ao Senhor.
O Criador de tudo descansou no último dia da criação (Gênesis 2:2-3). Esse descanso era para desfrutar do fruto de Seus trabalhos, ou seja, abençoar e santificar a tudo o que Ele havia feito. O descanso do Senhor não foi para se recuperar da exaustão produzidas por Seu trabalho. Mesmo em repouso, Deus, que não dormita nem dorme, permanece atento à sua criação e à humanidade, a quem ama com especial atenção.