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Significado de Sofonias 1:7
O profeta Sofonias pronuncia a decisão do SENHOR de julgar o povo de Judá por sua maldade (v. 4-6). Ele comunica que o Deus Soberano estava irado com Judá, que havia quebrado seu juramento sob o acordo de aliança com Ele. Reconhecendo a certeza e a severidade do julgamento, ele dá um conselho sábio a seus ouvintes: Cala-te diante do Senhor Jeová (v. 7).
Calar-se na presença de Deus significa demonstrar reverência a Ele, ficar maravilhado com Ele. É uma preparação para ouvir e compreender. Esse ato descreve a resposta adequada de alguém que reconhece o poder e a grandiosidade do SENHOR (Habacuque 2:20; Zacarias 2:13). O profeta coloca o termo cala-te no início da frase para enfatizar a importância do conselho, reforçado pelo uso de duas palavras para Deus: Senhor e DEUS.
O mandamento proclamado por Jesus como o maior de todos os mandamentos é precedido pelo comando "Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus, o Senhor é único" (Deuteronômio 6:4). Em seguida, segue o maior mandamento:
“Amarás, pois, a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” (Deuteronômio 6:5).
A declaração de Sofonias - Cala-te diante do Senhor Jeová - é semelhante, no sentido de que alerta Israel para a urgente importância de ouvir e prestar atenção ao que se segue.
A expressão “Senhor Deus” é uma combinação da palavra hebraica "Adonai", que significa "mestre" ou "governante", e a palavra hebraica "Yahweh", o nome de Deus na aliança (Êxodo 3:14-15). Sofonias usa os dois termos juntos para mostrar que o SENHOR era o mestre (governante) e o Deus da aliança de Judá, não Baal ou Milcom (v. 2-6). Como tal, o povo de Judá precisava se submeter apenas a Deus. Este é o primeiro e maior mandamento (Mateus 22:37-39).
Sofonias pede ao povo de Judá que se cale diante de seu Deus Susserano, porque o dia de Jeová está próximo (v. 7). A expressão “dia de Jeová” refere-se a um tempo de intervenção divina e julgamento (Joel 2:1; Amós 5:18; Zacarias 14:1; Atos 2:20; 1 Tessalonicenses 5:2), um momento em que o SENHOR agiria de maneira poderosa, de uma forma que alteraria substancialmente o status quo. Em certo sentido, todos os dias são o Dia do Senhor, uma vez que todas as coisas existem apenas por estarem sustentadas por Ele (Colossenses 1:17). O dia do SENHOR mencionado em Sofonias seria um dia de julgamento, quando Deus mudaria a estrutura política de Israel, referinido-se ao iminente julgamento de Deus sobre o povo de Judá.
Em Sofonias 1:8-18, o profeta descreve o julgamento que Deus derramaria sobre Judá, assim como sobre toda a terra. Com o benefício da história, vemos que esses versículos descrevem a invasão, cativeiro e exílio de Judá pela Babilônia. O versículo 7 descreve o iminente dia do SENHOR como um dia de festa. Deus chamaria a Seus convidados e eles "viriam para a festa".
Sofonias diz à sua audiência: Jeová tem preparado um sacrifício, tem santificado os seus hóspedes (v. 7). O termo “sacrifício” ("zevach" em hebraico) era um ritual específico, ou seja, o sacrifício de animais (especialmente ovelhas ou cabras). Durante o ritual, o adorador traria o animal ao santuário, colocaria as mãos sobre ele e o sacrificaria à entrada da "tenda da reunião" (Levítico 9:23-24). Em seguida, o sacerdote espalharia o sangue, queimaria o animal e se livraria dos restos (Levítico 1).
No nosso contexto, entretanto, o termo “sacrifício” não se refere a um animal, mas é usado ironicamente para o povo de Judá. Os convidados eram os babilônios, os inimigos de Judá (Habacuque 1 e 2). Judá estava prestes a ser derrotada pela Babilônia. Como Deus disse a Habacuque: "Eis que estou levantando os caldeus" para disciplinar a Judá por sua imoralidade e injustiça (Habacuque 1:6).
Na Bíblia, os “convidados” testemunhavam e celebravam um evento. Por exemplo, Hamã e o rei Xerxes vêm à mente como aqueles para os quais Ester planejou seu banquete (Ester 7:1-6). Da mesma forma, o salmista Davi celebrou o banquete que o SENHOR havia preparado para ele (Salmo 23:5).
Aqui em Sofonias, o SENHOR santificou Seus convidados para um sacrifício. Isso significava que Ele havia separado os adversários de Judá (ou seja, os babilônios) como Sua ferramenta para executar juízo sobre o Seu povo da aliança, Judá. Tal celebração não resultaria em regozijo para o povo de Judá, porque o inimigo os massacraria como se fossem animais.
Essas eram as tristes, porém claras disposições corretivas estabelecidas pela aliança de Israel e Judá com Deus, caso quebrassem seu juramento e deixassem de seguir a Seus mandamentos (Êxodo 19:8):
“Jeová fará vir contra ti de longe, das extremidades da terra, uma nação à semelhança da águia que voa impetuosamente, nação cuja língua não entenderás, nação de rosto feroz que não terá respeito ao velho, nem se compadecerá do moço” (Deuteronômio 28:49-50).
Isso representava um claro acordo na aliança entre o Deus Susserano e Seu povo. O povo judeu havia recebido amplas advertências dos profetas de Deus. Felizmente para Judá, durante o ministério de Sofonias, o povo se arrependeu e Deus suspendeu Seu julgamento (2 Crônicas 34:33). Deus adiou o julgamento durante esse período e, posteriormente, aplicou o julgamento quando os filhos de Josias levaram Judá a retomar aos caminhos perversos de seu avô Manassés.