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Significado de Daniel 8:1-2

A Babilônia ainda era a potência mundial, mas não por muito tempo. Belsazar, neto de Nabucodonosor, estava em seu terceiro ano de governo. Daniel viaja para Susã, capital de Elão, e tem uma visão ao lado de um rio.

No terceiro ano, quando Belsazar era rei da Babilônia, Daniel recebe outra visão. Belsazar era neto de Nabucodonosor; ele havia visto a mão escrevendo na parede do palácio durante uma festa, informando que seu reinado havia terminado, na mesma noite em que o Império da Babilônia caiu diante dos medo-persas (Daniel 5:5). Porém, os capítulos de Daniel não são apresentados cronologicamente, já que aqui em Daniel 8 Belsazar ainda era o rei e Babilônia ainda era o grande poder do mundo antigo, embora fosse um reino em declínio.

Daniel observa que esta visão (capítulo 8) ocorreu após a visão que ele havia tido. Ele se refere à visão ocorrida no "primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia" (Daniel 7:1). Estamos agora no terceiro ano do reinado de Belsazar. A visão do primeiro ano do reinado de Belsazar mostrou a Daniel quatro bestas saindo do mar, representando o império babilônico e os impérios que viriam depois dele. No final da visão, Deus julga ao império final e a seu rei blasfemo, lançando-os no fogo do juízo. Deus, então, estabelece Seu Reino na terra e escolhe um Rei para governá-lo para sempre. Essa visão segue ao padrão do sonho de Nabucodonosor em Daniel 2, onde a estátua representa os grandes impérios humanos que são finalmente eliminados por Deus, quando Ele traz Seu reino eterno à terra.

A visão de Daniel aqui no capítulo 8 também mostra reinos em guerra e profetiza sobre os reinos por vir. Porém, ela se concentra em um rei específico que perseguiria ao povo judeu no futuro. Daniel escreve: “Eu vi na visão (ora, foi assim que, quando vi, eu estava no castelo de Susã, que é na província de Elão).

Susã (também conhecida como Shushan) era a capital de Elão. Elão anteriormente fora um império próprio, uma região a leste da Babilônia e da Suméria, parte do atual Irã. Elão é mencionado pela primeira vez na Bíblia como filho de Sem, filho de Noé (Gênesis 10:22). Susã era o local de residência do rei persa Xerxes (Assuero) no Livro de Ester (Ester 1:2) — veja o mapa em Recursos Adicionais na barra lateral.

Daniel especifica onde estava na área de Susã, repetindo: Vi na visão e eu estava junto ao rio Ulai”. Não se sabe onde ficava o rio Ulai; possivelmente era parte do rio Karkeh, a 35 quilômetros de Susã, ou talvez um canal artificial perdido na história.

O local onde Daniel estava quando teve a visão não parece ser relevante. Daniel poderia tê-lo mencionado para esclarecer sua localização, já que vivia no exílio como escravo do império babilônico quando Deus lhe enviou a visão. Ele também poderia ter mencionado esse detalhe específico para enfatizar que a visão havia sido um evento real ocorrido em um lugar e tempo da história.

Daniel contextualiza o que havia acontecido com ele. Não há em sua atitude pretensão alguma de se vangloriar. Ele não se promove como profeta ou vidente. As visões aconteceram sem serem solicitadas ou anunciadas e claramente não foram experiências agradáveis (Daniel 8:27). Porém, Daniel era o homem a quem Deus havia escolhido para revelar esses eventos do futuro próximo e distante várias vezes (Daniel 2, Daniel 7, Daniel 9, Daniel 11). Ele foi fiel ao registrar a cada um deles, não importando a aflição que lhe causassem.

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