Add a bookmarkAdd and edit notesShare this commentary

Significado de Mateus 22:37-38

Jesus responde à pergunta do advogado sobre o maior dos mandamentos. Ele diz que é o seguinte: "Amarás so Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento."

O relato paralelo do Evangelho quanto a este evento é encontrado em Marcos 12:29-30.

Jesus respondeu à pergunta do fariseu: "Qual é o grande mandamento da Lei?" (Mateus 22:35-36) citando uma passagem familiar do livro de Deuteronômio de Moisés.

“Disse-lhe: 'AMARÁS O SENHOR, TEU DEUS, DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA E DE TODO O TEU ENTENDIMENTO'.”

Ao responder a essa pergunta sobre o grande mandamento, Jesus citou Deuteronômio 6:5. Este é o fundamento de toda a moralidade. É o auge ético do comportamento humano. Serve como uma constituição divina pela qual toda atitude moral e pensamento, expressão e ação são finalmente medidos. Foi o fundamento da aliança de Deus com Israel. O bem-estar de Israel dependia completamente de seguirem a instrução de Deus de amarem-se uns aos outros, ao invés de seus próprios impulsos de satisfazer seus desejos carnais por meio da exploração dos outros.

A diretriz central deste mandamento é amar ao SENHOR, seu Deus, com a totalidade da vida e do ser de alguém. É uma responsabilidade estarmos completamente comprometidos com  Deus. É um mandato de Deus sujeitarmos todos os aspectos das nossas escolhas (internas e externas) de tal forma a servir a Deus e ao Seu Reino, sem qualquer concorrência ou rivalidade.

O grande e principal mandamento é dividido em duas partes.

A primeira parte instrui o que devemos fazer: Amarás ao Senhor, teu Deus.

A segunda parte é dividida em três passos que descrevem a maneira e a extensão ilimitada em que devemos fazê-lo: devemos amar a Deus, com todo o nosso coração, e  com toda a nossa alma, e com toda a nossa mente.

Amarás ao Senhor teu Deus

A frase de abertura Amarás o SENHOR, teu Deus, é um mandamento abrangente. Tem uma gama abrangente de implicações, incluindo valorizar, se deleitar, se dedicar, servir e obedecer.

O termo grego traduzido como amor nesta passagem é "Agapao". A forma nominal de "Agapao" é "Agape". Os escritores do Novo Testamento, como Mateus, geralmente evitavam ou usavam raramente os termos gregos mais difundidos para o amor, como  "Eros" (desejo) e "Philos" (companheirismo) em seus escritos. Em vez disso, eles pegaram o termo genérico e raramente usado para o amor - "Agapé" - e o infundiram com seu próprio significado.

Ao contrário do amor erótico, que significa procurar satisfazer um apetite - muitas vezes sexual, ou Philos, que se refere ao afeto de uma amizade mútua, o amor Agape aplicado à vida cristã passou a significar uma devoção sacrificial e incondicional a uma pessoa, causa ou sistema. É a escolha de amar, baseada em valores. O Agape também pode significa uma não-escolha, como em 1 João 2:15, que encoraja os crentes a não escolher ("Agape") as coisas do mundo. A chave para o Agape é amar as coisas certas. Isso começa com a escolha de amar a Deus e buscar Seus caminhos em primeiro lugar.

Todos os três tipos de amor orientam e dirigem nossas vidas. Os objetos que amamos não são apenas pessoas, coisas ou ideais que buscamos, encontramos e desfrutamos. Eles moldam profundamente o tipo de pessoas que nos tornamos. Aquilo a quem amamos nos muda. É por isso que o amor é uma força tão poderosa.

Às vezes, as coisas que amamos entram em conflito umas com as outras. Quando esses conflitos ocorrem, devemos escolher e priorizar quais coisas mais amamos. Idealmente, faremos isso com base em uma compreensão clara dos valores mais elevados e melhores, incluindo o principal mandamento.

Em última análise, só poderemos ter amor absoluto por uma pessoa, sistema ou coisa (Mateus 6:24). E é disso que trata o grande mandamento. Este é um mandamento para amar a Deus mais que todas as circunstâncias e aspectos de nossas vidas. Devemos buscá-Lo e servi-Lo com todo o nosso ser e com o maior fervor e devoção. Devemos colocar todos os outros amores sob o amor supremo de Deus, escolhendo acreditar que Seus caminhos são para o nosso bem (Deuteronômio 10:12-13).

Este mandamento, na Lei de Moisés, era a diretriz essencial para todo judeu. Ele instruía Israel a demonstrar um amor leal ao SENHOR, porque somente Ele seria o seu Deus. Suas leis foram concebidas para produzir o bem, para libertá-los dos desejos viciantes e construir comunidades baseadas no amor e no serviço. Isso distinguia Israel do paganismo politeísta explorador das culturas vizinhas e designava-as apenas aos propósitos de Deus. Ele fundamentou os judeus em sua identidade como povo escolhido de Deus.

Séculos mais tarde, nos dias de Jesus, a escolha de amar a Deus ainda era considerada como a expressão definidora do que significava ser um judeu fiel. Jesus era o Messias judeu e Ele era Deus. Todo o Seu ministério foi uma elaboração e cumprimento do grande e principal mandamento:

"Não pensem que vim para abolir a Lei ou os Profetas; Eu não vim para abolir, mas para cumprir." (Mateus 5:17).

Jesus falou sobre o princípio de colocar o grande mandamento de amar a Deus como o principal de todos ao ensinar a Seus discípulos que "Aquele que ama o pai ou a mãe mais do que a Mim não é digno de Mim; e aquele que ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mateus 10:37). Se Deus vem em primeiro lugar, então nada deve vir antes Dele - incluindo a família. Isto indica claramente que este amor é uma escolha, baseada na fé. A fé é crê que Deus sabe o que é melhor para nós e sempre busca o nosso bem. É uma crença de que, se seguirmos os caminhos de Deus, obteremos o melhor que a vida pode nos proporcionar. Todo o livro de Deuteronômio, citado por Jesus para responder a essa pergunta sobre o grande mandamento, é organizado em torno do princípio de que os caminhos de Deus são para o nosso bem e nos trarão as maiores bênçãos possíveis.

Após reflexão, isso deve ser intuitivo. Se uma família ou comunidade cuida uns dos outros, busca o melhor um para o outro, ama e perdoa uns aos outros, essa comunidade prosperará. Este é o caminho de Deus. Por outro lado, se uma comunidade vive competindo para ver quem pode explorar melhor uns aos outros, eles vão se separar.

Enquanto que a primeira parte do grande mandamento convida os ouvintes a amar a Deus, a segunda parte descreve até que ponto devemos amá-Lo.

Mateus registra que devemos amar a Deus de três maneiras específicas: com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com toda a nossa mente. Ou seja, com todo o nosso ser.

A primeira maneira pela qual somos ordenados a amar a Deus é com todo o nosso coração

O termo grego traduzido como coração é "kardia". Refere-se à parte mais interna de uma pessoa. Não é apenas a fonte de nossos desejos; o coração é a sede da nossa vontade.

A vida de uma pessoa e sua fidelidade é, em grande parte, uma projeção de seu coração:

"Como na água um rosto reflete o rosto, assim o coração de uma pessoa reflete a pessoa." (Provérbios 27:19).

Em toda a Bíblia, o coração é descrito como a fonte da vida de uma pessoa (Provérbios 4:23). Todos os amores, medos e em quem ela confia emanam de seu coração (Salmo 119:10, Provérbios 3:5; Provérbios 28:14, Romanos 10:10). O coração é onde as escolhas são feitas. Talvez seja por isso que nosso coração seja a primeira coisa com a qual devemos amar ao SENHOR, nosso Deus, no grande mandamento.

O coração predispõe a pessoa a saber se ela pode ou não ouvir e receber uma mensagem. Suas inclinações influenciam grandemente sua mente, seus pensamentos e opiniões. Se o coração está fechado para uma mensagem ou se levanta contra alguém, é muito difícil para a mente dessa pessoa ouvir e considerar a palavra que seu oponente compartilha:

"Para os puros, todas as coisas são puras; mas para os que estão contaminados e incrédulos, nada é puro, mas tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas." (Tito 1:15).

É por isso que ter um coração puro é tão vital. Um coração puro confia em Deus, teme  a Deus e ama a Deus acima de todas as outras coisas. É a pureza de coração que capacita as pessoas a ver a Deus (Mateus 5:8).

Existem três coisas básicas que qualquer ser humano pode controlar: 1) Em quem ou no que confiar ou depender 2) Qual perspectiva, atitude ou mentalidade adotar; e 3) Quais ações tomar. Todas essas três escolhas são feitas no nível do coração. Todas as nossas escolhas, todas as nossas atitudes, são expressões e reflexos do nosso coração (Provérbios 27:19, Mateus 12:34). Não há nada que façamos que não venha do nosso coração. Tudo o que somos flui disso.

Quando somos ordenados a amar a Deus de todo o coração, somos ordenados a amar a Deus com a própria fonte de nossas escolhas. Somos ordenados a submeter todos os nossos desejos e escolhas somente a  Deus. Devemos nos esforçar para escolher o que é melhor, como Ele gostaria que escolhêssemos. No próprio fundamento deste amor Agape está a escolha de que os caminhos de Deus são para o nosso bem.

O Salmo 37 nos dá uma grande visão de como começar o processo de alinhar nosso coração com o coração de Deus:

"Deleita-te no Senhor; e Ele lhe dará os desejos do seu coração." (Salmos 37:4).

Na medida em que nos deleitamos em Deus, Ele nos dá novos desejos que se alinham com Sua boa vontade para nossas vidas. Quando buscamos o que Deus busca para nós, vivemos em harmonia com Ele. Quando vivemos em harmonia com Ele, descobrimos a realização de nossos desejos mais profundos e mais fortes, desejos que excedem meros apetites, como o desejo de cumprir o propósito para o qual fomos criados.

Escolher seguir plenamente a Deus de coração é amar a Deus de todo o coração.

O segundo caminho para amar ao SENHOR, nosso Deus: com toda a nossa alma

O termo usado para alma em grego é "psuché". Refere-se à identidade central de uma pessoa, sua verdadeira vida. O "psuché" é a essência de quem uma pessoa é. É o seu caráter interior. O "psuché" continua a existir depois que o corpo retorna à terra. Os órgãos do "psuché" são o coração, a mente e a vontade. No livro de Gênesis, a Septuaginta grega (tradução grega do Antigo Testamento) diz que, quando Deus soprou no corpo do homem, "o homem se tornou um psuché vivo" (2:7). O homem tem um corpo; ele tem um espírito; mas ele é fundamentalmente uma alma ("psuché").

Quando Deus nos fez à Sua imagem, Ele nos fez um "psuché" único. Nosso "psuché" é o nosso "eu". Não há outra pessoa exatamente como você. Você é uma pessoa única e maravilhosamente criada (Salmo 139:14). Ninguém na história do cosmos tem seus dons, talentos, personalidade ou destino particulares. A alma de uma pessoa  (psuché) é quem esse indivíduo é, de forma única. E é a singularidade de cada alma que faz de cada indivíduo um indivíduo.

A palavra "Psuché" ocorre mais de cem vezes no Novo Testamento. Dependendo da tradução, é traduzida como "vida" cerca de metade do tempo e "alma" na outra metade. Isso também demonstra que "psuché" indica nosso "eu", nossa vida e identidade. É a essência de quem somos.

Quando somos ordenados a amar a Deus com toda a nossa alma, somos ordenados a amar a Deus com quem somos. Mas o que isso significa? Como O amamos com toda a identidade, nosso senso de identidade?

Nosso "psuche", nossa alma, nossa identidade, nossa personalidade, nosso eu é o primeiro presente de Deus para nós. Mas quem escolhemos nos tornar é baseado em nossa resposta a Deus.

As escolhas que fazemos influenciam, afetam e moldam a pessoa que nos tornamos. Novamente, as três coisas que decidimos são: 1. Em quem confiamos; 2. Que perspectiva teremos; 3. Nossas ações. Essas escolhas têm efeitos positivos ou negativos sobre o nosso eu ("psuche"). Todas as nossas escolhas nos aproximarão de nosso destino de ter um caráter real como Jesus ou nos levarão para longe dele. Nosso destino como crentes é sermos moldados no caráter real de Cristo (Romanos 8:28-29). Fica claro nas Escrituras que há imensas recompensas associadas à escolha de ver todas as provações e dificuldades da vida como oportunidades para refinar nossa fé e ganhar a coroa da vida (Tiago 1:2-3, 12; 1 Coríntios 9:24-27; 2 Timóteo 2:11-19; Filipenses 2:5-10; Apocalipse 3:21).

Se abraçarmos corajosamente a pessoa e a identidade que Deus nos fez ser, experimentaremos harmonia com Deus e perceberemos a plenitude do nosso destino divino, alcançando nosso maior potencial. Fazer a escolha corajosa de seguir a Deus de todo o nosso coração e alma é o caminho para nos tornar um "vencedor" (Apocalipse 3:21).

Isto é o que significa amar ao SENHOR, seu Deus, com toda a sua alma. É rejeitar as tentações mundanas e carnais de ser alguém menos do que Ele fez, e abraçar a boa identidade que Ele lhe deu. É escolher a vida e o destino eterno que Ele tem reservado para você.

Jesus promete uma recompensa de satisfação duradoura para qualquer um que supere e rejeite as exigências mundanas e os desejos carnais que nos levam a nos tornar menos do que Deus nos criou para ser. O mundo e a carne exercem uma tremenda pressão sobre nós, buscando nos forçar a rejeitar nosso eu divino e escolher uma identidade pobre e de segunda categoria. Grande parte da nossa era atual é consumida pela identidade. A era atual exige o direito de ser quem ou o que quisermos.

Como Esaú, que deixou de lado sua grande herança por uma tigela de sopa (Gênesis 25:29-34; Hebreus 12:16-17), Deus respeita o nosso direito de escolher rejeitar a incrível identidade e o destino inimaginavelmente maravilhoso que Ele tem reservado para cada um de nós. Nesse sentido, decidimos o que nossa alma se tornará. Mas Deus não poupa ninguém, especialmente os crentes, das consequências de suas escolhas (Mateus 16:27; Lucas 12:2-3; 2 Coríntios 5:10; Hebreus 12:7-11;1 Pedro 4:17). Nossa aceitação por Deus é um dom, recebemos o nascimento espiritual na família de Deus e O temos como herança simplesmente por recebermos esse dom através da fé (João 3:14-16; Efésios 2:8-9). Mas, assim como acontece com o dom do nascimento físico, a pessoa que decidimos nos tornar depende de como administramos nossas escolhas.

Há grande bênção e recompensa aos que superam as exigências do mundo e os desejos de carne, e confiam e amam a Deus seguindo Seus bons mandamentos para se tornar a pessoa única e magnífica que Ele nos criou para ser.

Ao ilustrarmos essas verdades, é importante lembrar que a eternidade de alguém, seja com Deus ou separada Dele, não é determinada por sua capacidade de seguir a qualquer mandamento — incluindo esse grande e principal mandamento.

Nossa salvação eterna e pertencimento à família de Deus é inteiramente baseada em crer em Jesus como o Filho de Deus (João 3:14-16). Ser justificado aos olhos de Deus  tem tudo a ver com o amor de Deus por nós, não com o nosso amor por Ele.  Deus justifica aos seres humanos com base na fé (Gênesis 15:6; Romanos 3:23-24; 4:3). Ser justificado aos olhos de Deus tem tudo a ver com a obra completa de Seu Filho na cruz e Sua ressurreição. Não tem nada a ver com nossas obras - sejam boas ou ruins. Ser justificado aos olhos de Deus é o dom de Deus para quem crê em Jesus. É um dom de pura graça com base na fé.

Efésios 2:8-9 afirma essa maravilhosa - até mesmo escandalosa - verdade de que é pela graça de Deus que somos salvos, através da fé em Jesus; e que essa salvação da penalidade do pecado não tem nada a ver com a nossa capacidade de nos comportarmos, antes ou depois de sermos justificados aos olhos de Deus, e recebermos o dom gratuito de nascermos em Sua família para sempre. Por causa de Jesus, não há mais nada a se fazer ou provar em relação à nossa herança eterna, a não ser recebê-Lo pela fé.

Dito isto, há bênçãos significativas nesta vida que podem ser desfrutadas e recompensas eternas na vida eterna a serem conquistadas por seguirmos a Jesus diariamente, andarmos pela fé, seguirmos ao Espírito.

Algumas bênçãos presentes decorrentes da obediência aos mandamentos do Senhor incluem:

  1. Parceria com Deus no estabelecimento do Seu Reino (Mateus 9:37-38; 28:18-20)
  2. Amizade e intimidade com Jesus (João 15:14-15; 17:3; Apocalipse 3:20)
  3. Contentamento e descanso (Mateus 11:28-30)
  4. Propósito e significado eternos (João 15:5)
  5. Oportunidades de ser uma verdadeira comunidade com outros crentes (1 João 1:7).

Algumas recompensas futuras por obedecermos aos mandamentos do Senhor incluem:

  1. Receber a aprovação de Jesus (Mateus 10:32-33; 25:21, 23)
  2. Obter nossa herança eterna (Mateus 19:16-24; 1 Pedro 1:4-9)
  3. Ter autoridade no Reino de Cristo (Mateus 18:4; 1 Coríntios 6:3; 2 Timóteo 2:12; Apocalipse 3:21)
  4. Receber glória e coroas eternas (autoridade) (Romanos 8:17-18; Tiago 1:12; Apocalipse 3:21; Hebreus 2:10; Filipenses 2:5-10)

Como crentes que receberam a vida eterna através do novo nascimento espiritual, se não amarmos a Jesus e O seguirmos nesta vida em nossas escolhas diárias, não iremos perder nosso lugar na família de Deus; Deus nunca rejeita a Seu povo. Porém, podemos, e iremos, tragicamente, perder as bênçãos presentes e a recompensa futura de não O amarmos e seguirmos.

Se rejeitarmos aos ensinamentos de Jesus e seguirmos ao mundo e a nossos desejos carnais, o melhor que podemos receber são as recompensas insatisfatórias e limitadas dos homens nesta vida (Mateus 6:2; 6:19; 23:6-7; Lucas 16:15; João 12:43; 1 João 2:16-17), e uma perda de recompensas futuras e nossa herança no novo céu e nova terra (Mateus 7:21-23; 10:33; 22:11-13; 25:28-30; 1 Coríntios 3:15, 2 Timóteo 2:12). A principal recompensa de seguirmos aos caminhos da injustiça é sermos entregue às nossas concupiscências, que se tornam vícios, a ponto de perdermos o controle da realidade (Romanos 1:24,, 2628).

Porém, a despeito de quais sejam as recompensas do mundo ou de Deus que um crente busque e encontre, nenhum crente perderá seu lugar eterno na família de Deus. Os dons de Deus são irrevogáveis e não podem ser perdidos (Romanos 11:29; João 10:28-29; Romanos 8:38-39, 2 Timóteo 2:13). Nossa posição na família de Deus como filhos é concedida com base em nossa fé em Jesus e nos foi dada com base em Sua graça, uma fé suficiente para olharmos para Jesus como Israel olhou para a serpente de bronze, esperando ser livres do veneno do pecado (João 3:14-16).

Seguimos Jesus em nossas vidas diárias confiando e obedecendo a Ele. Jesus iguala a fé obediente ao amor:

"Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos." (João 14:15)

Seguimos o primeiro e principal mandamento de amar a Deus ao obedecê-Lo. Se amamos ao Senhor nosso Deus com toda a nossa alma ("pusché"), tomaremos nossa cruz diariamente e perderemos nossa alma ("pusché") por Sua causa, para que possamos encontrá-la (Mateus 16:24-25; Lucas 9:23-24)

Mais uma vez, quando somos ordenados a amar a Deus com toda a nossa alma, somos ordenados a amar deliberadamente a Deus com tudo o que somos e com tudo o que estamos nos tornando.

Nós nos tornamos a pessoa que Deus criou e nos destinou a ser ao deixarmos de lado toda a maldade e recebermos com humildade a Palavra (Tiago 1:21). Nós nos tornamos essa pessoa ignorando as tentações sedutoras do mundo e não obedecendo aos desejos e concupiscências egoístas de nossa carne; e segundo, ouvindo e fazendo o que a Palavra de Deus ordena.

Tiago nos diz que o resultado de andarmos em obediência a Cristo é literalmente a salvação (libertação) de nossas almas ("psuché") (Tiago 1:21). No contexto de Tiago 1, quando substituímos nossos desejos carnais pela palavra implantada de Deus em nós, nossas almas ("psuché") são libertas de suas próprias concupiscências (Tiago 1:14). Para o crente que suporta e vence as provações desta vida confiando em Jesus, sua alma, vida, eu, identidade torna-se a pessoa gloriosa que Deus criou, e experimenta a plenitude de seu destino divino através da fidelidade nesta vida, no qual Deus promete grande recompensa (1 Coríntios 2:9). O escritor de Hebreus menciona a necessidade de perseverança na fé, a fim de ganharmos o maior prêmio da vida:

"Portanto, não jogue fora sua confiança, que tem uma grande recompensa. Pois você tem necessidade de perseverança, para que, quando tiver feito a vontade de Deus, possa receber o que foi prometido... Mas não somos daqueles que recuam para a destruição, mas daqueles que têm fé na preservação da alma (psuché)." (Hebreus 10:35-36, 39).

Quando andamos na fé de que as recompensas de Deus valem o preço (Hebreus 11:6) e continuamos nessa fé, ganhamos nossa recompensa completa, que liberta nossas vidas ("psuché") e nos leva a não desperdiçar essa imensa oportunidade.

A terceira área que nos é ordenada a amar a Deus é com toda a nossa mente

Ambos os escritores dos Evangelhos (Mateus e Marcos) que documentaram essa interação entre Jesus e o advogado fariseu registram que Jesus incluiu a mente como parte do grande mandamento. Isso é intrigante por algumas razões.

A razão mais óbvia pela qual é intrigante é porque a expressão original de Moisés desse mandamento não usou explicitamente a palavra mente.

"Amarás o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de  toda a tua alma e de todas as tuas forças." (Deuteronômio 6:5).

A versão de Mateus sobre a declaração de Jesus é: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua  alma, e de todo o teu entendimento."

A versão de Marcos sobre a declaração de Jesus é: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças" (Marcos 12:30).

O mandamento mosaico inclui explicitamente três maneiras pelas quais devemos amar o SENHOR, seu Deus: Com todo o coração, mente e força (força). O Evangelho de Mateus também cita Jesus se referindo a três maneiras de amar a Deus, mas inclui a mente em vez de "poder/força". Por fim, o relato do Evangelho de Marcos cita que Jesus nomeia quatro maneiras pelas quais devemos amar a Deus: as três maneiras originais de Moisés, mais a mente.

Qual é a razão para essas diferenças e como devemos entendê-las?

Uma possível razão pela qual Jesus usou a palavra mente, quando Deuteronômio não o fez, foi porque Moisés e seu público judaico estavam limitados à língua hebraica. Em hebraico não há palavra específica para mente. Em hebraico, o termo para coração, "Lebahb", inclui a mente. No pensamento judaico, o coração e a mente não são separados ou distintos. Os gregos (e, portanto, os romanos) fazem essa distinção. Como mencionado acima, os gregos viam o coração - "kardia" - como a fonte de emoções, desejos e escolhas. A mente, de acordo com os gregos, era o lugar do intelecto e da consciência mental.

Aparentemente, Jesus, em Sua articulação do grande mandamento, validou a distinção entre coração e mente. Ao fazer isso, Ele demonstrou o importante papel que a mente tem em amar a Deus.

Isso fornece uma explicação do por que Jesus incorporou a mente no principal mandamento.

Mas, por que Mateus eliminou as palavras "força" ou "poder", enquanto Marcos as manteve? Não estamos totalmente certos do raciocínio de Mateus para essa mudança.

É provável que Jesus tenha dito que devemos amar a Deus de quatro maneiras (coração, alma, mente e força) porque Marcos registrou todos as quatro. Mateus pode ter optado por manter o ritmo hebraico de Deuteronômio e o padrão das três maneiras de amar ao SENHOR, nosso Deus. Ele simplesmente escolheu enfatizar a mente em vez da "força". O público principal de Mateus é judeu e ele pode ter baseado essa decisão de incluir a mente no fato de que o conceito de mente é inferido na construção hebraica, sem ser declarado explicitamente em grego, tornando-o mais provável de ser negligenciado por Sua audiência judaica do que o termo explicitamente declarado e muito mais familiar de "poder". Portanto, ele escolheu listar a mente ao invés do poder.

Um fator menos óbvio, porém não menos intrigante, da inclusão de Jesus da “mente” é porque Mateus e Marcos usaram palavras gregas diferentes para a mente, na tentativa de captar o que Ele havia dito.

O termo usado por Mateus para a “mente”, no grego, é "dianoia". "Dianoia" refere-se especificamente à compreensão, pensamentos ou imaginação de alguém. É a mentalidade ou perspectiva de uma pessoa.

Marcos usou uma palavra grega diferente para a mente em seu registro sobre esta conversa. A palavra usada por Marcos foi "sunesis". Em um sentido amplo, também significa compreensão, mas é uma definição mais pictórica e não abstrata. Descreve um "fluxo de pensamento", literalmente, "uma corrida em conjunto" ou “convergência ideias”. A palavra "síntese" é derivada de "sunesis".

O fato de cada um ter usado diferentes termos gregos para o mesmo conceito (mente) sugere que Jesus fez esta afirmação em aramaico (provavelmente a língua em que Ele geralmente ensinava), de modo que Mateus e Marcos traduziram Suas palavras para o grego para seu público. Para mais informações sobre as diferentes línguas dos dias de Jesus, como foram utilizadas e como impactaram Seu ministério e a propagação do Evangelho, veja o artigo Tópicos Difíceis: "As Quatro Línguas da Judéia nos dias de Jesus. "

Os termos usados por Mateus e Marcos para a “mente” destacam que a mente de uma pessoa determina mais do que meramente os mecanismos para o pensamento. Ela também inclui o que essa pessoa raciocina. A mente e os pensamentos são a principal maneira pela qual uma pessoa vê o mundo. A mente é a percepção da realidade de uma pessoa, e é a sua principal maneira de considerar suas prioridades. Nesse sentido, a mente é uma das três coisas sobre as quais uma pessoa tem controle. Em particular, podemos escolher o que habita em nossa mente (2 Coríntios 10:5). A mente influencia a terceira coisa que controlamos - nossas ações. A mente, e suas percepções, impulsiona o comportamento de uma pessoa. As pessoas agem com base no que pensam ser real e importante. O segundo maior mandamento infere que os seres humanos sempre buscarão seus interesses. Ao convidar-nos a obedecer ao segundo maior mandamento, Jesus nos convida a escolher a perspectiva de que o nosso melhor interesse reside em fazer pelos outros o que gostaríamos que fosse feito por nós mesmos.

A verdade é como uma luz para a mente. A verdade não muda a realidade. Só nos permite ver a realidade com mais clareza. A falsidade é como a escuridão para a mente. Ela também não altera a realidade. A falsidade só torna mais difícil para a mente vê-la, criando uma ilusão de realidade.

Se a percepção da realidade de uma pessoa é verdadeira - se ela se alinha com a percepção de Deus de como as coisas são - ela aumenta grandemente sua capacidade de evitar algumas dificuldades e de lidar e superar as dificuldades encontradas. Mas, se sua percepção é falsa, ela aumenta muito a probabilidade de que as dificuldades e a miséria se agravem.

Depois dos desejos de uma pessoa, seus pensamentos são o que moldam aquilo que ela se torna. A projeção externa de nossas ações revela nossos pensamentos e autopercepções. Provérbios 23:7 diz:

"Pois assim como ela [uma pessoa] pensa dentro de si mesma, assim ela é." Nossos comportamentos externos são um reflexo da nossa autopercepção. É por isso que é fundamental termos uma imagem mental exata da nossa verdadeira identidade.

Todo ser humano é finito e sujeito aos efeitos do pecado e da Queda. Isso significa que nossas mentes são limitadas em sua capacidade de perceber a realidade. E isso significa que nossas mentes estão distorcidas e propensas a erros, e a acreditar em falsidades e enganos - até mesmo no mal. Isso foi apontado por Salomão, que escreveu Eclesiastes. Ele conclui que, se tentarmos compreender a realidade da vida através da razão e da experiência, alcançaremos apenas a loucura e o mal. Por outro lado, se abordarmos a vida através da fé, podemos aproveitar a vida e ter um bom testemunho diante de Deus no julgamento.

Uma mente pode crescer ou diminuir em sua capacidade de ver a realidade como Deus a vê. Cada pessoa é responsável por crescer ou negligenciar sua mente. O que uma pessoa faz com sua mente é uma de suas responsabilidades mais essenciais. Ser intencional quanto à escolha de perspectivas verdadeiras é uma das nossas responsabilidades mais importantes (Inscreva-se no devocional Balões Amarelos, que é um lembrete diário para escolher uma perspectiva verdadeira). É essencial entender que Jesus tenha dado tanta atenção à importância da mente em Sua declaração sobre o maior e principal mandamento.

E como é que amamos a Deus com toda a nossa mente?

Embora a adoção de um estilo de vida de aprendizagem, seja por meio da educação formal ou autodidata, possa desempenhar um papel importante no amor a Deus com a nossa mente, devemos lembrar que esses são sempre componentes secundários no caminho da obediência a este mandamento.

O conhecimento, embora bom em si mesmo, pode nos deixar arrogantes (1 Coríntios 1:8). A educação humana quanto à realidade e como as coisas funcionam, por mais benéficas que sejam, não são substitutos adequados à perspectiva de Deus. Amar a Deus com toda a mente tem pouco, ou nada a ver com o quanto uma pessoa sabe - basta considerar os fariseus e saduceus, que eram os especialistas religiosos credenciados dos dias de Jesus.

Acumular conhecimento e educação, sem Deus, tende a tornar uma pessoa arrogante, dando uma falsa sensação de independência Dele. O abuso de conhecimento e educação faz com que uma pessoa dependa de seu próprio entendimento, em vez de confiar em Deus (Provérbios 3:5-6). Tal conhecimento não abre ou ilumina a mente de uma pessoa, mas a encerra e escurece. O conhecimento e a educação por si só não podem nos salvar de nossas necessidades mais desesperadas. Só Jesus pode.

A principal maneira pela qual amamos a Deus com nossa mente é alinhando nossos pensamentos, perspectivas, mentalidade, etc. com os Dele. Fazemos isso ouvindo e considerando que o que Ele diz ser verdadeiro e bom; e confiando Nele. Em Tiago 1, a sequência apresentada pelo apóstolo para escaparmos de nossas próprias concupiscências e seguirmos a Cristo é:

  1. Aprenda a ouvir os outros e deixe de lado a falsa visão de que podemos controlar nosso ambiente pela raiva (Tiago 1:19-20);
  2. Ouça e receba a palavra de Deus, de tal forma que ela seja implantada em sua alma (Tiago 21).
  3. O resultado será que nossa alma/vida (psuché) é salva (libertas) de nossas concupiscências interiores e somos capazes de viver uma fé viva.

Amamos a Deus com a nossa mente quando aceitamos a Sua visão da realidade como última e absoluta. Deixamos de lado nossas opiniões e perspectivas obscuras e adotamos Sua compreensão e valores.

Obviamente, nossa compreensão imediata das coisas dificilmente é a compreensão completa que Deus tem das coisas. Deus é onisciente. Temos uma capacidade limitada de saber as coisas. Seu conhecimento é perfeito; o nosso é deformado e obscuro. Seus caminhos são mais elevados do que os nossos:

"'Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos são os Meus caminhos', declara o Senhor" (Isaías 55:8).

Assim, a Bíblia ensina várias maneiras pelas quais podemos começar a adquirir a perspectiva de Deus. Esforçar-nos por adquirir a perspectiva de Deus quanto à realidade e Seu papel em nossas vidas é amar a Deus com toda a nossa mente.

Há três maneiras pelas quais a Bíblia nos ensina a humildemente começar a adquirir a perspectiva de Deus: através da oração; da leitura das Escrituras; e da permissão dada a Cristo para organizar nossos pensamentos diários.

  1. Oração

"Mas se algum de vós carece de sabedoria, peça-lhe a Deus, que dá a todos generosamente e sem reprovação, e ela lhe será dada." (Tiago 1:5).

Nesta passagem em particular, a oração é por sabedoria, para que sejamos capazes de enxergar todas as circunstâncias como oportunidades para crescer em fé e ganhar a coroa da vida (Tiago 1:2-3; 12).

"Não vos preocupeis por nada, mas em tudo, pela oração e súplica com acção de graças, deixai que os vossos pedidos sejam dados a conhecer a Deus. E a paz de Deus, que excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus." (Filipenses 4:6-7).

2. Escrituras

"A lei do Senhor é perfeita, restaurando a alma; o testemunho do Senhor é certo, tornando sábios os simples." (Salmos 19:7).

"Tua palavra é uma lâmpada para os meus pés e uma luz para o meu caminho" (Salmos 119:105).

"Portanto, todo aquele que ouve estas minhas palavras e age de acordo com elas, pode ser comparado a um homem sábio que construiu sua casa sobre a rocha." (Mateus 7:24).

"Portanto, deixando de lado toda a imundície e tudo o que resta da maldade, em humildade recebam a palavra implantada, que é capaz de salvar suas almas. Mas provai-vos praticantes da palavra, e não meros ouvintes que se iludem." (Tiago 1:21-22).

3. Pensamentos diários

"...levando todo pensamento cativo à obediência de Cristo". (2 Coríntios 10:5).

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honroso, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa reputação, se houver alguma excelência e se alguma coisa digna de louvor, detenha-se nestas coisas." (Filipenses 4:8).

"Coloque sua mente nas coisas acima, não nas coisas que estão na terra." (Colossenses 3:1).

Quando oramos buscando a sabedoria de Deus, buscamos Sua perspectiva por meio de Sua Palavra e convidamos Jesus a ativamente curar nossos pensamentos ao longo do dia. Ao fazermos isso, estamos amando a Deus com nossa mente. E quando obedecemos ao mandamento, nossa perspectiva muda e somos renovados e transformados.

"E não vos conformeis com este mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que possais provar qual é a vontade de Deus, aquilo que é bom, aceitável e perfeito." (Romanos 12:2).

Quando fazemos isso, mudamos de uma mentalidade de egoísmo, pecado e hostilidade - literalmente a morte - para uma mentalidade de serviço, amor e harmonia - literalmente vida (Romanos 8:6).

Como crentes, temos acesso à mente de Cristo através do Espírito de Deus que vive dentro de nós (1 Coríntios 2:16). Deus nos revelou Seus pensamentos (1 Coríntios 2:10). Não estamos limitados a ver as coisas através das loucuras do ponto de vista do mundo. Podemos ver as coisas em nossas vidas como Deus as vê. Através do Seu Espírito, nós, como crentes, podemos ver Sua ação e avaliaar o que realmente importa (1 Coríntios 1:14).

Quando vemos a vida através da perspectiva de Deus - especialmente quando percebemos como Ele nos vê - compreendemos as incríveis oportunidades do Reino que estão diante de nós todos os dias. E tudo o que pensávamos saber sobre o mundo muda. Lugares comuns se tornam o lugar de tesouros escondidos (Mateus 13:44). A humildade e serviço aos outros se tornam o caminho para a grandeza eterna (Mateus 20:25-28). Mostrar misericórdia é muito mais vantajoso do que buscar retribuição (Mateus 18:21-35). Ir além se torna uma alegria, em vez de um fardo (Mateus 5:41).

Quando amamos a Deus com todas as nossas mentes, também podemos ter a atitude e a mentalidade que também estavam em Cristo Jesus, que “pela alegria posta diante d'Ele suportou a cruz, desprezando a vergonha, e se sentou à direita do trono de Deus" (Hebreus 12:2).

O grande e principal mandamento

Depois de responder à pergunta do fariseu citando a lei de Moisés sobre amar a Deus de todo o seu coração, alma e mente, Jesus ofereceu Sua resposta.

Ele disse ao advogado dos fariseus: Este é o grande e principal mandamento. Foi a maneira de Jesus de informar aos que ouviam Sua resposta que aquela era a Sua resposta final à pergunta.

O grande mandamento era a fonte da ética judaica. O restante dos mandamentos de Deus fluíam rio abaixo deste. Ou seja, os outros mandamentos eram maneiras de seguir este grande mandamento em circunstâncias diferentes e particulares. Foi isso que o tornou grande e o colocou acima de todos os outros.

Este ainda é o grande e principal mandamento hoje, caso o sigamos como ele foi dado  e amemos a Deus de todo o nosso coração, alma, mente e força. Assim, estaremos seguindo todos os outros mandamentos. Se não amamos a Deus de todo o coração, alma, mente e força, é provável que qualquer obediência que tenhamos aos outros mandamentos de Deus seja vazia e oca.

Select Language
AaSelect font sizeDark ModeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.